quarta-feira, 29 de junho de 2011

Não Aguento Mais Tanta Pressão

O ex-presidente quando se dirigia para o povo pra enaltecer algo relacionado ao Brasil, ele sempre falava uma frase: “Nunca, antes na história do Brasil”. Esta frase pegou e de certa posso dizer que: Nunca antes na minha vida tive que passar por tanta pressão como estou passando agora.

Estou no limite, muitos no meu lugar teriam feito alguma “bobagem”. Se tivesse coragem e dinheiro, me mandaria pra longe daqui, longe desta pressão que está me afetando e muito.

Hoje quando cheguei na faculdade, ao iniciar a aula de linguagem II com a professora Letícia fui surpreendido com uma prova, só que esta prova era com consulta, mas se bem que estava difícil também.

Me sentia perturbado, pensando nas duas provas que terei que fazer neste mesmo dia, ou seja, três provas no mesmo dia!!!! Ninguém aguenta!

Demorei “um milênio” para começar a responder a prova e quando eram 10h30min minutos tivemos que parar para atender os nossos pacientes, se bem que nem estava a fim de atender o meu paciente devido à preocupação e o desânimo com o desfecho da minha situação.

Enxerguei a professora Vanessa nos corredores da clínica, um amor de pessoa que me conhece muito bem. Não foram poucas as vezes que ele me ajudou. Por isso não pude deixar de cumprimentá-la com um abraço e um beijo no rosto.

Voltei pra sala e para a prova que para mim já estava decretando a minha reprovação na cadeira de Fonoaudiologia e Linguagem II, mas sempre tem um, mas em tudo, a professora Letícia “deu uma colher de chá” para que terminássemos a avaliação em casa e entregasse amanhã para ela.

Por um lado me aliviei um pouco, mas ainda tenho duas provas para fazer hoje e não consegui estudar como deveria para fazê-las.

Ando sem tempo pra nada, não consigo nem respirar, cada minuto parece um segundo. Impressionante.

E aí de manhã antes de sair de casa meu pai me cobrou para que procurasse os professores para que me avaliem de forma diferente. Disse pra ele que já fiz isso e ele pediu que pressionasse ainda mais.

Não falei nada, fiquei quieto. A minha parte eu fiz que foi procurar os professores e humildemente expor a situação.

É tão constrangedor passar por isso ou ter que encarar o professor. Difícil, muito difícil.

Tenho duas provas hoje, uma amanhã e outra na sexta-feira.

Então posso dizer que: “Nunca antes na história da minha vida passei pelo que estou passando”. É muita pressão. Não aguento mais.

Abraço a todos!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Cinco Provas em Quatro Dias

O semestre está acabando, mas preferiria que estivesse apenas começando. É torturante demais ter que passar pelo o que estou passando.

Comecei o tratamento agora e infelizmente tenho apenas mais duas semanas de aula, sendo que nesta só vai ter provas e mais provas, torturas e mais torturas. Não sei o que fazer.

Meu psicólogo disse que deveria estudar como se fosse pra passar, mesmo que não acredite nisso.

Estudar é o que tenho mais feito nestes dias, até deixei de fazer locução, coisa que adoro para poder me centrar nos estudos.

Só esta semana serão cinco provas em quatro dias. Sinistro!

Me considero em exame nas sete disciplinas porque na de estágio de fonoaudiologia escolar acredito que já esteja aprovado.

À tarde terei aula de audiologia clínica e depois quero dar continuidade nos slides que estou fazendo de um dos professores que me dá esta disciplina. Preciso pensar no fazer com o paciente de quarta e de quinta-feira.

Não consigo pensar em mais nada a não ser nestas benditas provas. É muita tensão que já nem sei mais o que escrever.

Abraço a todos!

sábado, 25 de junho de 2011

Estou com medo! Tive um Pesadelo

A frase que intitula o post diz tudo e quem acompanha o que escrevo nestas linhas virtuais sabe perfeitamente o que estou passando, esta maldita pressão, esse medo que tenho do meu pai, a falta de compreensão.

Ser "eu" não é fácil, todos tem os seus problemas e conversando com algumas colegas percebi que não era o único que estava mal em uma disciplina. A diferença é que fui forçado a fazer oito cadeiras, se bem que eu aceitei porque pensei que as coisas seriam diferentes devido as minhas dificuldades que deixei bem claras para a coordenadora quando então, eu tranquei a faculdade.

Após ter feito isso, meu pai começou a me tratar de forma hostil e eu me sentia muito mal por isso.

Comecei a largar currículos, indo atrás de emprego. Neste meio tempo o meu pai trocou uns e-mails com a coordenadora do meu curso e pelo que me falaram, as coisas seriam bem diferentes.

Regressei para a faculdade e as dificuldades também retornaram juntas, iniciei acompanhamento psicológico e depois psicopedagógico. Infelizmente o tratamento com a psicopedagoga começou tarde demais, acho que nem deu cinco consultas ainda.

Ando apavorado como se fosse uma criança com medo de fantasma, coisa incomum para um rapaz de 24 anos.

Penso tantas coisas como, por exemplo, se não tivesse reingressado para faculdade, se ao invés de ter continuado morando com o meu pai, fosse morar com a minha mãe, sei lá...

Me sinto perdido sei saber o que escolher e que caminho tomar, o medo me domina.

Sei que tenho muito o que mudar e amadurecer, mas para o meu pai falta uma coisa muito importante: a compreensão. Ele não me compreende, ele não escuta só ele está certo.

Reitero que não sou perfeito, tenho muitas falhas, mas uma coisa que preso muito é a compreensão, gosto de ouvir as pessoas, conversar, mesmo que não concorde com o que dizem, mas sei respeitar a opinião de cada um.

Toda esta situação vem gerando um desgaste enorme para o meu pai e a minha madrasta, vendo os dois discutirem na minha frente ontem, fez com que me sentisse muito mal e desejasse ir pra bem longe dali.

E aí entra uma frase que faz parte da música "Pais e Filhos" da Legião Urbana: “Estou com medo”! Tive um pesadelo. Eu estou com medo, medo do meu pai, medo de reprovar e vivo um pesadelo que é tudo isso e mais os conflitos internos que tenho comigo.

Talvez fuja para algum lugar.

De noite quando me tranquei no quarto pensei: se não fosse a minha mãe, acho que já teria me matado.

Amo muito a minha mãe, ela me deu muito amor, carinho e sempre fui apegado a ela quanto que a minha irmã sempre foi mais próxima ao meu pai.

É complicado! Não sei o que fazer, poderia ficar escrevendo até... Aliás, isso eu gosto de fazer.

Estou na faculdade, daqui a pouco irei para o laboratório de anatomia fazer umas aulas de reforço, tentarei conversar com professor a respeito da forma de me avaliar, embora que para mim seja constrangedor pedir isso.

São medos e pesadelos, pesadelos e medos que imperam e o que fazer para contorná-los? Não sei.

Abraço a todos e obrigado pela força!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Vontade de Desistir e Largar Tudo

Vontade de desistir, fugir e largar tudo. É muito sofrimento esta sobre carga que carrego nas costas e pra completar, mais uma: o meu pai se incomodou comigo e tudo aconteceu, ou melhor, começou quando mostrei o resultado da ressonância magnética para ele e minha madrasta.
Meu diz que este exame não deve ser mostrado para os professores porque ele nos e-mails que trocou com a coordenadora do curso "tentou puxae para o meu lado", ou seja, disse que por causa destes transtornos poderia chegar a convulsionar e outra, os professores solicitaram que eu fizesse acompanhamento neurológico e como não deu nada no exame eles poderiam alegar outros motivos para não conseguir estudar, jogando mais ou menos a responsabilidade para cima de mim.
A minha madrasta argumentou sobre o meu aspecto psicológico (de como estou me sentindo), mas para o meu pai o que conta é este exame que não deu em nada e aí os dois começaram a discutir. Abaixo reproduzo a resposta que o professor de embrilogia me deu daquele e-mail que enviei a tarde e o que meu pai respondeu sobre esta mensagem que encaminhei pra ele.

Prezado *Ikki,


Não vejo problemas algum quanto a vc me rocurara para tenatr resolver seus desafios academicos. Porem Chamo a atenção que está um tanto quanto tarde para esta ação, pois a mais de 2 meses quando fechamos a primeira avaliação me coloquei a sua disposição. Mas bem, agora não adianta discutirmos o passado, assim proponho que vc me procure para tentarmos discutir um pouco mais sobre a materia antes da prova de quarta feira. Depois conversarei com a Profa. Leticia para verificaropoutros possoveis encaminhamentos.
O que mandei para o meu pai:

Pai:

Conversei com o professor Marcelo de anatomia humana e virei amanha fazer uma aula de recuperação, to "chorando" para que ele me ajude. Ele se mostrou bem preocupado. Já o professor Pedro é outro caso porque você pode perceber que na sua resposta ele coloca que se colocou a minha disposição e o que aconteceu realmente é que quando ele entregou a primeira prova para mim e pra minha colega de curso, disse que deveriámos estudar e procurar monitoria. Apenas isso.

Este e-mail repassei para a psicopedagoga e o psicológo para deixá-los cientes do que está acontecendo.

Daqui a pouco irei na *Maria comunicar que não irei na loja amanhã e também apanharei o exame de ressonância.

Sei que de nada adianta dizer isso, mas me sinto muito mal porque sei que falhei contigo.

Até mais.

*Ikki
E o que ele me respondeu:

Pois é seu *Ikki:

Assim vem falhando comigo faz muiiiiito tempo!!! Está na hora de crescer, e gostaria de acreditar que isso aconteça um dia.

Quais conclusões queres que eu tire, depois que o resultado da ressonância deu o que deu?

Te falta senso de responsabilidade e a garra que sempre cobras dos jogadores do teu time.

Se o prof. *Pedro te chamou a 2 meses, por que não foste falar com ele?

Te vira, vai falar com os professores e com quem tem cuidado de ti. Tenho feito tudo que posso, inclusive me humilhado. Por tua causa, a Luana e eu discutimos, tenho tido agastamento com os professores, mobilizado a dra. Marilene e o dr. Fábio (atenciosíssimos!) Todos engajados tentando tirar as pedras do teu caminho.

Será que vale a pena continuar depois desse semestre?

Caso não continues, o que pensas fazer a partir de agosto?

Te compares com aqueles que, às 7 horas ou antes, encontras indo para o trabalho, enquanto tens o privilégio de ir estudar.

O que se planta se colhe. Tenho oportunizado tudo e mais um pouco. E embora tolerante, estou cansando, desanimando ... Quem sabe eu mesmo esteja precisando do dr. Fábio.

P.S.: Podes passar cópia desse e-mail ao dr. Fábio e à dra. Marilene. Mas envie tudo (o e-mail do professor Guinther o teu e o meu).

Tá feia a coisa, repassei esses e-mails para o meu psicologo e a psicopedagoga.
Não sei o que farei daqui a duas semanas, talvez entre num onibus e desapareça. Por um momento chego a me arrepender da escolha que fiz, acho que deveria ter continuado com a faculdade trancada, ter ido morar com a minha mãe e procurado um emprego. É bucha!

Abraço a todos!

Indo atrás dos professores

De manhã tive aula de anatomia, uma aula de revisão do que irá cair na prova semana que vem. Cairá de tudo um pouco. É muita coisa!

O meu pai quando estava me levando pra faculdade pediu que eu conversasse com professor de anatomia, expusesse a minha situação, perguntando se não há outra forma de me avaliar.

É até meio constrangedor para eu ter que chegar no professor e falar das dificuldades, que estou fazendo acompanhamento psicopedagógico, psicológico e neurológico.

Fiquei mais um pouco no laboratório de anatomia após a aula ter terminado, estudando e tentando acomodar as estruturas do sistema digestório, respiratório, urinário e cardiovascular.

Acredito que hoje tenha conseguido entender melhor as estruturas, tanto que fiquei bem compenetrado ao ponto de pedirem para que saísse porque era o horário de almoço. Vendo o professor, perguntei:

- Marcelo, posso trocar uma palavra contigo?

- Pode -- Respondeu bem solicito

E aí nem sei como reproduzir o que falei, apenas disse que estava tendo dificuldades para estudar e ele me perguntou quanto havia tirado na primeira e na segunda avaliação, respondi que na primeira tinha tirado 2,0 e na segunda 1,5. Percebi que o semblante dele era de preocupação e quando falei das notas.

Contei que como o curso estava em extinção e eu havia reprovado em algumas cadeiras, estava fazendo oito cadeiras. O Marcelo ficou espantado e até disse:

- Báh, mas oito cadeiras é muito!

Pedi pra ele se poderia ver algum horário para que eu pudesse estudar no laboratório de anatomia e ele disse que poderia vir em qualquer horário.

Depois da conversa que tive com o Marcelo vim direto para o laboratório de informática e a primeira coisa que fiz foi passar o e-mail para o professor de embriologia aplicada a histologia que reproduzo logo abaixo:

Boa tarde, *Pedro:

Preciso muito conversar contigo. Não sei se a professora (Coordenadora do Curso) expôs a minha situação.

Infelizmente o curso de fono está em extinção na instituição, uma pena, já que a mesma na minha opinião tem uma das melhores estruturas para se fazer o curso, mas enfim.

Devido a isso, estou fazendo oito cadeiras porque sou da última turma do curso e está bem difícil de conciliar esta quantidade toda de disciplinas que para muitos soa como absurdo.

Como tenho essas dificuldades, comecei a fazer acompanhamento psicológico, psicopedagógico e neurológico porque é muita responsabilidade e eu não estou conseguindo dar conta.

Para mim é até constrangedor estar me expondo desta maneira e também pelo fato de estar fazendo a disciplina de embriologia pela terceira vez.

Acredito que para você, como professor, não seja nada agradável ter que olhar o rosto de um aluno pela terceira vez.

E o pior de tudo é que todos do curso (professores, coordenação, alunos) estão na pressão para que todos se formem logo e para mim isso gera um tremendo desgaste emocional porque percebo que não consigo corresponder às expectativas que a mim são depositadas e eu também fico frustrado por não conseguir driblar as dificuldades.

Não é ético da minha parte comentar, mas a minha colega de curso a *Gabriela faltou duas semanas, ela também estava com dificuldades e não sei se desistiu da disciplina.

Então, eu não sei o que dá pra fazer, vou tentar marcar monitoria, encaixar horários. Sei que talvez esteja abusando da sua atenção, mas não teria como dar alguns trabalhos para fazer.

A situação está difícil tanto que a psicopedagoga que estou consultando, mais o psicólogo marcarão um horário para conversar com a professora *Carla pra ver se há outra forma para que os professores possam me avaliar.

Peço desculpas se o que escrevi, possa ter sido considerado inconveniente, mas é que estou muito preocupado.

Att.

*Ikki
Esta exposição é muito difícil, é constrangedor, mas não posso esperar que os outros façam isso por mim.

Ando preocupado porque tem mais duas semanas de aula, sendo que na outra terei um "festival" de provas seguidas: terça, quarta, quinta e sexta-feira. Como estudar para todas as avaliações? Não sei, mas me esforçarei embora seja difícil demais.

Abraço a todos!

P.S: Os nomes dos professores foram alterados para preservar a identidade dos mesmos e a deste blogueiro.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Em busca de um sentido

Olho para o céu
Tento entender
Mas não consigo compreender


Dias de guerra
Dias de luta
Dias dificeis pra encarar


Olho para o céu em busca de um sentido
Em busca de uma razão
Mas não consigo encontrar
Não consigo.

Eu tenho que lutar
Não posso desistir
Eu tenho que persistir

Sozinho em Casa

Estou sozinho em casa, meu pai e a minha madrasta foram para Jaguarão (RS) e hoje é feriado ainda bem porque quinta-feira é um dos dias mais longos pra mim por causa das quatro cadeiras que tenho que fazer neste dia.
Olhando a minha agenda, vi que tenho quatro provas em apenas três dias, não sei nem como fazer para estudar. É muita coisa!
Antes de meu pai sair com a minha madrasta, disse que havia decidido em não ir na loja fazer locução e iria aproveitar o final de semana para estudar.
Amanhã conversarei com a gerente, ela irá entender a situação.
São muitas avaliações, fora os exames que provavelmente terei que realizar. Por tanto preciso "me mexer"

Abraço a Todos!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tenho que ir até o fim

Passei à tarde no computador, navegando em sites, assistindo alguns vídeos, tentando esquecer e relaxar, mas não tem como. Só de pensar na nota medíocre que criei já fico preocupado e conversando com a professora de linguagem II falei que queria que o tempo parasse agora, pois assim quem sabe poderia me organizar melhor porque não está sendo fácil.


Logo mais terei aula de embriologia e parece que a minha coordenadora conversou não só com este professor, mas também o de anatomia.


Não sei como vai ser, se o professor de embriologia vai me procurar pra conversar, não sei mesmo.


Tudo o que sei é que o tempo está passando, tenho mais duas semanas de aula e as minhas notas estão sofríveis.


Ainda não estou tomando medicamento, pois primeiro é preciso que a psicóloga termine a avaliação cognitiva comigo. Sobre a ressonância, o exame está pronto e não consegui apanha-lo.


Quando terminar de fazer essa avaliação encaminharei tudo para a neurologista e aí sim ela poderá receitar o medicamento adequado para o meu problema, mas enquanto isso tenho que esperar e essa espera me angustia e faz sofrer ainda mais.


O que eu não posso fazer é desistir e ir até o fim, mesmo que... Não quero escrever isso.

Abraço a todos!

O meu paciente e a prova de otoneurologia

Darei um tempo na idéia de tentar voltar a compor. A minha cabeça está cheia de mais para pensar nisso agora.


Hoje consegui atender o meu paciente, usei as mesmas palavras que havia usado nas semanas anteriores. Ele falou todas corretamente com um pouco de dificuldade, mas pelo menos, acho que a terapia está começando a vingar porque já estava bastante preocupado.

Fico feliz em poder ajudá-lo.

E o que me entristeceu foi à nota que tirei na prova de otoneurologia, fui muito mal, tirei 2,0 e agora não sei o que vai acontecer. Juro que estudei, mas talvez não tenha sido o bastante, fazer o que?

Semana que vem terei uma "overdose" três avaliações seguidas, terça, quarta e quinta feira. Tentarei me puxar, embora ache muito complicado passar nestas disciplinas.

Abraço a todos!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Estou tentando compor uma música

Estou tentando compor uma música, mas estou esbarrando nas dificuldades. Faz tempo que não crio nada, ando enferrujado, mas vontade é o que não falta.

Esses dias enquanto caminhava pela rua fiz uma canção que depois esqueci e agora venho pensando em escrever algo que se torne o meu hino de superação.

Preciso parar um pouco e relaxar talvez assim as idéias apareçam.

Eu tenho um processo de composição que é mais ou menos o seguinte: começo escrevendo a letra e a melodia vai se criando na minha cabeça. Alguns compositores de mão cheia escrevem primeiro e depois criam a música e vice-versa.

Quero muito voltar a escrever, ou melhor, aprimorar este lado que tenho porque sempre gostei de música e o meu maior sonho de infância era ter uma banda de rock, tanto que às vezes na forma de falar, ou no gestual ajo como um roqueiro, mas sem ser escandaloso.

Lembro que numa tarde compus duas ou três músicas de uma vez só para essa guria que mencionei nos posts anteriores. Acho que estava bem inspirado na época.

Bom é isso, sem ter o que fazer e com vontade de escrever me despeço, vou dormir que amanhã será um longo dia. Quem sabe amanhã eu consiga escrever alguma coisa.

Abraço a todos!

Dificuldades para lidar com o paciente

Tenho um paciente com problemas de emissão, ou seja, emite letras como, por exemplo, alho, ele fala alo. Faz duas semanas que iniciei um exercício que faz parte de um tipo de terapia chamada: modelos por ciclos. Não sei explicá-la, mas o que sei é que devo estimular o paciente através do bombardeio que é quando falo as palavras e o paciente deve prestar atenção na forma como articulo para depois repetir.

O problema é que não tenho idéia do que possa fazer com ele amanhã, estou perdido, a não ser que eu continue exercitando as mesmas palavras trabalhadas na semana anterior.

Outra coisa preocupante é que ele apesar de ter dez anos, tem uma fala infantilizada e pelo que a psicóloga dele me contou, é muito mimado pela avó.

Preciso achar um jeito de trabalhar com ele, mas não sei como, às vezes nem tenho vontade de atendê-lo e o meu papel é ajudá-lo a falar de forma correta.

Fico extremamente chateado quando não consigo produzir, me preocupo porque como vejo o meu psicólogo e a psicopedagoga como pessoas que podem me ajudar a enfrentar as minhas limitações, ele também me vê, ou melhor, a sua mãe/avó me vê como a solução do problema desta criança.

Conversarei com a professora, pois não sou obrigado a saber tudo e enquanto estiver na faculdade infelizmente terei que aprender a lidar com os mais diferentes tipos de situações.

Abraço a todos!

O 400 (Quadringentésimo) Post

Em março de 2010 criei o blog "Encarando a Distimia". A idéia de criar um diário virtual surgiu quando havia criado um no qual abordava questões relacionadas a vinhos e produtos coloniais que vendíamos quando tínhamos a nossa loja. O blog não obteve sucesso e eu o deletei, mas a idéia de ter um lugar a onde pudesse expor os problemas e os meus dilemas me seduzia porque precisava "colocar pra fora" o que guardava dentro de mim.



No inicio foi difícil por que não estava acostumado a me expor deste jeito, porém com o tempo fui me "soltando", me habituando e hoje este blog faz parte da minha vida, sinto necessidade de acessá-lo e de escrever, às vezes vem aquele bloqueio, mas mesmo assim preciso acessá-lo.


Neste meio tempo mudei a interface e o nome do blog e penso em novamente mudar o nome, só que não faço a mínima idéia. Cheguei até a ensaiar um com o nome "Em busca de Mim", e agora "Encarando a Depressão". Talvez monte outro blog, sei lá, esse aqui não vai ser definitivo, não com esse nome.

Pretendo continuar escrevendo, pois este é um exercício saudável para mim, embora que me cobre de mais quanto aos erros de português.


Dividir experiências é algo legal e digo isso porque através deste canal conheci algumas pessoas, fiz algumas amizades, mesmo não as conhecendo pessoalmente.


Não pensei que em tão pouco tempo, um ano e alguns meses (sou péssimo em números) chegasse à marca de 400 (quadringentésimos) posts, precisei procurar no Google porque nem sabia como falar e tão pouco escrever esse número.


Espero um dia só escrever coisas boas e não ruins, quero ter a inspiração para compor os meus poemas e as minhas músicas. Que daqui pra frente tudo seja diferente! Pelo menos é isso que eu espero.


Abraço a todos!
Estou Lutando!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Todos estão do meu lado

Não estou mais sozinho nesta luta que todos já sabem. A minha madrasta, minha mãe, irmã e pasmem: o meu pai. Sim. Ele também está muito preocupado comigo e fora eles, o meu psicólogo e psicopedagoga também estão juntos comigo e vão brigar por mim se for o caso.

Depois que a psicopedagoga ligou para o meu pai (eles ficaram 20 minutos no telefone falando a meu respeito) as coisas melhoraram; a nossa relação melhorou porque ele deve ter compreendido que eu não estava fazendo tipo nenhum, que eu sou alguém que neste momento precisa não só de apoio financeiro, mas emocional também.

Como escrevi no post anterior a minha segunda-feira foi movimentada. De manhã fiquei em casa, à tarde meu pai me deixou no centro e fui para a faculdade apanhar o livro de audiologia na clínica, depois fui para o laboratório de informática, vi as notícias e peguei o caminho de volta para o centro.

Estava começando a dar uns pingos, pensei em pegar um ônibus, mas resolvi voltar a pé mesmo. Quando estava quase chegando no centro o celular toca, era a psicopedagoga perguntando se havia esquecido da consulta, disse que não e que logo, logo chegaria no seu consultório.

Apertei o passo e me dei conta que havia invertido os horários pensando que a primeira consulta seria com o psicólogo e a segunda com a psicopedagoga. Troquei a ordem dos fatores, ou seja, os horários.

Cheguei ao consultório dela tentando me recompor e como estava atrasado o tempo de atendimento foi curto, mas o suficiente para que ela conversasse comigo e também marcasse uma reunião com o meu psicólogo e o meu pai. A principio era para a minha madrasta ir junto, mas como tinha aula, não poderia faltar. Eu também deveria participar, porém como estava cheio de atividades e ainda precisava estudar, optei por não ir.

Tanto o psicólogo como a psicopedagoga foram os meus representantes nesta reunião, ambos perguntaram se queria que abordasse mais alguma coisa na reunião e eu falei que não, porém deixei claro os meus anseios, como ando me sentindo ultimamente e também que sabia perfeitamente o quanto todos estão engajados em me ajudar.

Meu pai foi pra reunião e quando voltou ele me disse o quanto fui elogiado e que o psicólogo e a psicopedagoga vão "brigar" por mim. Ele estava indignado com a forma que os professores mesmo sabendo das minhas dificuldades estão me avaliando porque eles pediram para o meu pai que eu começasse a fazer um acompanhamento multidisciplinar e meu pai cumpriu o combinado e agora só falta eles cumprirem o que prometeram.

Devido ao fato de o curso estar em extinção, todos estão na pressão, os professores, a coordenação e eu, mas isso não quer dizer que se reprovar terei que concluir a graduação em outra instituição. A universidade tem que dar condições para que possa concluir os meus estudos.

É uma briga feia, mas eu como aluno tenho os meus direitos e isso deve ser reconhecido. Se não tiver como terminar os estudos que a faculdade devolva para o meu pai cada centavo que ele pagou das disciplinas que cursei.

O meu pai me mostrou uma reportagem sobre um senhor de 80 anos que se formou em direito, casualmente este homem foi aluno dele. O que meu pai quis dizer com isso? Bem, o meu pai foi docente e segundo ele, o professor passa o aluno se quiser e eu acredito nisso porque já passei por diversas situações como, por exemplo: ao fazer uma prova não tinha noção do que responder e se a professora não me instigasse a pensar, provavelmente teria entregado a prova e reprovado nesta cadeira.

Então, vai ser marcada uma reunião a onde meu pai, o meu psicólogo, a minha psicopedagoga pressionarão os meus professores para que revejam a forma como me avaliam.

Não estou mais sozinho nesta luta! Esse apoio é o meu combustível, se eu estiver dando 100% nos estudos, tentarei dar 150%.

Abraço a todos!
Estou Lutando!

Estou me aproximando de Deus

Ontem foi um dia especial, fui ao culto, cantei as músicas do hinário e prestei atenção em cada palavra que a pastora falava.

É impressionante, mas as palavras da pastora se encaixavam perfeitamente com a situação em que estou vivendo e não foi difícil me emocionar ouvindo tudo que ela dizia.

Nunca fui religioso e até condeno esses fanáticos que pregam a palavra de Deus, tudo tem um limite. Sobre esses fanáticos, lembro de uma história que a professora que me dá mais de uma disciplina contou. Ela estava em casa quando um desses fanáticos apertou a campainha de sua residência, prontamente ela foi atender e quando a pessoa a viu, perguntou se ela teria um tempo para conversar, a minha professora respondeu que não teria tempo para conversar, mas que para Deus sim.

Antes de qualquer coisa quero deixar bem claro que não estou aqui para pregar, longe disso, até porque tenho um grande amigo que é Ateu. Cada um faz as suas escolhas!

É inevitável todas às vezes que piso naquela igreja, sinto uma emoção forte, pois foi lá que ocorreu a celebração da minha formatura de ensino médio, a escola em que estudei fica justamente ao lado da igreja e por isso nem preciso falar da emoção que sinto quando piso naquela igreja, ou caminho pelo pátio do colégio. Tenho raízes muito fortes, uma história de derrotas e vitórias. Tive os momentos de tristeza, mas vivenciei muitos de extrema felicidade.

A pastora encerrou o culto e foi até a porta se despedir de todos, quando chegou a minha vez, ela me reconheceu desejou um bom final de semana e me abraçou. Já estava indo embora quando ouço a voz de uma moça me chamando, era uma colega de colégio, ela estava ali porque era o culto de um ano de falecimento do seu avô, o namorado dela venho em seguida e conversamos os três, trocamos algumas palavras e nos despedimos.

Sai da igreja me sentindo bem. Esqueci de comentar sobre o momento que cheguei na igreja, é impressionante como você é bem recebido lá, as pessoas chegam e te cumprimentam com um aperto de mão e um sorriso no rosto.

Enfim amigos é isso. Tenho muitas coisas pra escrever, mas se fizer neste post vai ficar cansativo demais pra ler. O que posso dizer é, estou me aproximando de Deus, não que eu esteja esperando por um milagre, mas farei a minha parte e o que vier será conseqüência.

Abraço a todos!
Estou Lutando!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

CPM 22 - Esperança Pra Lutar



CPM 22 - Esperança pra lutar
Composição: Badauí


Tão bom...
Se tudo fosse como sonho!
Talvez...
Aquilo que acreditamos...
Virá...
Atona a qualquer dia pra mostrar...
Que há...
Alguma esperança pra lutar!

Tentando Recomeçar...Dando os Primeiros Passos

Hoje pela manhã fiz a ressonância magnética da cabeça, o exame que estava ansioso para fazer, quem sabe mostre alguma coisa, ou não. Tanto o psicólogo como a psicopedagoga e até a neurologista descartaram que eu pudesse ter algum problema neurológico e pensando bem, acho que eles tem razão.

Penso que a parte emocional tem afetado na forma como encaro as coisas e o medo faz parte disso.

Bem, após o exame resolvi dar um jeito no cabelo que estava grande de mais e também já estava incomodando pelo fato de ter que passar vários minutos no banheiro tentando ajeitar e o cabelo.

Cortado o cabelo resolvi ir até o Campus I da universidade, mas antes "matei a vontade" e fui comer um X-Bacon com uma Coca-Cola com gelo e limão porque estava em jejum devido ao exame que tive que realizar.

Almocei e me toquei pro Campus I, fui direto para biblioteca, pois queria começar a passar a limpo os meus cadernos, dar uma organizada porque está tudo misturado. Passei a tarde toda e só agora é que estou relaxando.

Como venho batendo muito nesta tecla, é preciso tentar. É uma batalha difícil, mas se eu me esforçar pelo menos posso me dar por satisfeito e se eu conseguir, o que considero um milagre, ficarei extremamente feliz, pois continuaria estudando e também convivendo com estas colegas que só agora estão começando a me conhecer.

Abraço a Todos!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Atitudes Absurdas e Mudanças

Sei que às vezes tenho atitudes absurdas, mas elas se explicam talvez por algumas razões: insegurança e medo.

Tenho poucos dias para conseguir aprovar nas oito disciplinas que estou fazendo e ter força de vontade é algo muito difícil pra mim, mas há algo que venho tentando me inspirar que é nesta colega de quem estou afim.

Desperdicei a minha tarde na frente de um computador vendo vídeos, inclusive vi um filme muito bom que é "Desafiando Gigantes" e trata justamente sobre superação e motivação. É um filme com enfoque voltado para Deus e o que Deus pode fazer nas nossas vidas se o aceitarmos.

Não quero pregar a palavra divina porque às vezes duvido que exista a vida eterna, enfim. Isso tudo só saberei quando morrer se realmente eu "acordar" num lugar maravilhoso a onde exista a paz, a alegria e possa encontrar os meus entes queridos.

Sobre as atitudes posso dizer que são do tipo: não cumprimentar o meu pai quando chego em casa, mentir as minhas notas e outras que não recordo agora.

Sei que o meu pai está preocupado comigo, assim como todos estão, mas se tenho essas atitudes é por causa do medo. Sim. Sou medroso, não é nenhuma desculpa esfarrapada, desde criança fui assim.

Não posso culpar o meu pai, ele acha que está fazendo melhor por mim pagando psicólogo, psicopedagoga e neurologista, mas o que me angustia é o "se", se não conseguir passar nestas oito cadeiras como é que meu pai vai reagir. Ele já está "meio seco" comigo e às vezes tenho receio de me aproximar dele.

A minha madrasta tem se desdobrado por mim, passando e-mails para professores, indo comigo nas primeiras consultas. Dela não posso falar nada.

Os profissionais que estão me acompanhando só tenho elogios a fazer. O psicólogo tem me ajudado muito e percebo melhoras no meu comportamento, só que na faculdade porque em casa não consigo ser como sou de verdade.

A psicopedagoga começou agora a me ajudar nesta caminhada e acho que possa colaborar muito para que melhore nas questões de aprendizagem.

Preciso vencer este medo que tenho do meu pai. Ele gosta de mim, só que a forma como ele me criou talvez tenha colaborado para que tivesse esses problemas emocionais que tenho. Não devo culpá-lo e nem queria, até porque eu me culpo e me cobro no sentido de ser um bom filho e isso eu não consigo ser.

Não devo prometer nada, mas tentarei, me "puxarei", me esforçarei porque se meu pai enxergar que estou me dedicando com certeza passará a me tratar melhor no sentido de não ser tão áspero como tem sido.

Pensarei nesta menina de quem estou afim, nas lágrimas de felicidade que chorou quando a professora disse que havia tirado dez na apresentação do projeto de TCC.

O que virá pela frente não sei, apenas sei que preciso fazer por onde e se não conseguir, não vai ter sido por falta de esforço e eu poderei falar que pelo menos tentei.

Não posso prometer nada, mas a partir de manhã pretendo me tornar uma nova pessoa, ou melhor, uma velha pessoa, aquela que lutava sem desistir, sem se dar por vencido.

É isso! Tentarei lutar até o fim.

Abraço a todos!

CPM 22 - Hospital do Sofredor

Abracei um anjo

Abracei um anjo, a menina que não sai da minha cabeça, a abracei e dei um beijo no seu rosto delicado.

Fiquei um pouco envergonhado devido à timidez, mas tudo aconteceu na sala de reuniões da clínica, meu colega e eu estávamos tendo aula de neuroaudiologia e de repente a professora chama a Cátia, esse é o nome dela.

Semana passada aconteceu à apresentação dos projetos de TCC a onde a Cátia abordou sobre gagueira, ela foi muito bem na apresentação, aliás, nem prestei atenção no que ela dizia, mas sim nela.

A Cátia entrou na sala e recebeu a sua nota, havia tirado um dez e isso fez com que se emocionasse e começasse a chorar, a professora a abraçou, meu colega a abraçou e cumprimentou e eu elogiei dizendo que a apresentação estava perfeita e que ela merecia a nota porque havia se esforçado e aí ela venho me agradecer com um abraço e eu aproveitei e dei um beijo no rosto dela.

Estava sem jeito, na sala estavam mais duas colegas e pra fazer média também elogiei os projetos de tcc delas.

Meu colega sacou a câmera para bater uma foto dela com a professora. A Cátia disse que tinha que se maquiar, acho que ela não percebeu quando falei que ela era linda de qualquer jeito, mas enfim...

Depois meu colega e eu fomos fazer uns exames de processamento auditivo e como a professora não estava junto, ele brincou perguntando sobre o abraço da Cátia e se ela era cheirosa, confessei que fiquei encabulado, todo errado, mas que havia gostado de ter a abraçado.

Não sei se posso dizer isso, mas acho que estou apaixonado e do jeito que vão as coisas ela nunca vai saber o que sinto. A minha psicopedagoga sugeriu que mandasse as músicas e os poemas que escrevi pensando nela. Não tenho coragem!

Sei lá viu, o problema é que me acho feio de mais pra ela e mais, acho que não faço o seu "tipo" ideal.

O meu colega acha que o meu problema só irá acabar quando namorar, até pode ser. Acredito que se namorasse as coisas seriam diferentes e eu encararia os problemas de outra forma.

Abraço a todos!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Conversa com o professor

Tive uma conversa muito boa com o meu professor de audiologia clínica. Ele é físico, mas é um cara super gente boa (tô tentando descontrair um pouco).

Era pra ter tido aula com ele hoje, mas eu acabei me confundindo e ao invés de ir para o laboratório de informática, fui para a sala de aula.

Fiquei esperando até que ele chega e ai fala que estava me esperando, perguntou como é que estava e também sobre o trabalho que nós estávamos montando, falei que não havia conseguido dar continuidade porque as coisas estão difíceis pra mim e aí à gente começou um bate-papo super cabeça.

Ele contou que quando era universitário, chegou a fazer uma cadeira pela quarta vez.

Abri o jogo e falei das outras disciplinas, da situação com o meu pai, do acompanhamento multidisciplinar que estou tendo (psicólogo, psicopedagoga e neurologista) e ele se solidarizou comigo e deu muita força para fazer o que realmente gosto.

O professor me contou que quando era jovem sai de casa e sumiu por seis meses, mas passou sérias dificuldades e até apanhou (não sei se na rua ou dos pais) depois voltou pra casa. Tudo isso porque também se sentia na pressão.

O mais legal é que o professor me sugeriu que caso não obtivesse apoio do meu pai, que procurasse um emprego e com um financiamento estudantil poderia pagar a minha faculdade, só que dessa vez fazendo algo que realmente tenha haver comigo.

Hoje de manhã pensei em muitas coisas enquanto vinha pra faculdade como, por exemplo, em fugir, porém se fizesse isso a minha mãe sofreria e muito, tenho até medo de fazer isso porque me preocupo com ela, se ela não estivesse aqui com certeza já teria arrumado as minhas coisas pra correr por essas estradas. Costumo brincar às vezes com a minha mãe, ela diz que se estivesse com o meu pai já estaria debaixo da terra e eu estaria me drogando. Olha, vou ser bem franco, eu, neste estado em que me encontro, com esses problemas todos era para estar me drogando.

Voltando a conversa com o professor, pude desabafar de certa forma, me aliviei um pouco, mas isso não quer dizer que esteja tranquilo porque estou bem preocupado mesmo.

Abraço a todos!

Me sinto Acuado

Descreverei o que aconteceu quando cheguei em casa ontem a noite. Esse texto escrevi no caderno verde, é o caderno a onde escrevo os meus poemas e também os fatos que acontecem comigo. É como se fosse um diário, um blog, mas a diferença é que o blog é atualizado quase que constantemente.
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Estou assustado e preocupado porque ao chegar em casa conversei com o meu pai, troquei algumas palavras, contei que hoje fui na psicóloga para fazer as avaliações que a neurologista havia solicitado e que semana que vem teria que pagar R$ 100,00 que corresponde a primeira consulta e a que farei na outra semana. Ele disse que tudo bem, que era pra ver com a minha madrasta a questão dos valores e depois ele acertava.

Terminado este assunto o meu pai perguntou como é que estava em relação à disciplina de anatomia e eu respondi que estava muito difícil e secamente ele perguntou:

- Quantas vezes tu fez esta disciplina?

- Essa é a terceira vez que estou fazendo -- respondi tentando conter o nervosismo.

- É brabo! Então tu não vai conseguir e eu vou ter que pagar mais R$ 1000,00 -- Na verdade ele falou R$ 4.000,00 se for contar as duas vezes que reprovei, somando esta e mais a outra que supostamente terei que fazer caso venha a reprovar de novo.

Fui indagado a respeito de quanto tirei na primeira avaliação de anatomia e tentando conter o medo respondi que havia tirado 2,5. Meu pai perguntou sobre a segunda prova e aí menti dizendo que o professor ainda não havia publicado as notas e pra torturar ainda mais me perguntou quanto havia tirado.

Fiquei em silêncio, não sabia o que responder, até que falei que apenas esperava pela publicação da nota e meu pai conclui que devo ter ido mal na segunda prova.

Só ouvi o barulho das teclas do seu celular, com certeza estava mandando um "torpedo" para a minha madrasta sobre mim.

Eu só sei que fui pro quarto, num determinado momento comecei a rezar, pedindo a Deus que meu pai me poupasse de mais perguntas. Deu certo e agora escrevo estas linhas com muita preocupação e medo. O meu pai deixa o lado racional falar mais alto que o emocional e com isso acaba tendo dificuldades de ao menos se colocar no meu lugar e tentar entender o que sinto e o que realmente se passa comigo.

Algumas pessoas percebem este medo que tenho dele, tanto a psicopedagoga como o psicólogo.

Burlar esse medo é muito complicado, não sei como fazer e o quê fazer. Fico apenas observando a liberdade no bom sentido que alguns jovens da minha faixa etária têm com os seus pais. Eles têm os seus pais como amigos e até confidentes. Queria ter essa relação com o meu pai.

Acho que ele não percebe o meu sofrimento, ou talvez perceba, mas queira bancar o "durão" como está fazendo, pensando que assim irei me esforçar mais nos estudos. Não é isso! Tudo o que eu queria ouvir é:

- Filho, eu estou do teu lado, quero te ver feliz e farei o que puder para que você saia desta situação. Vamos sair juntos dessa e com o tratamento tudo irá melhorar.

Queria apenas ouvir isso, não quero "mel na chupeta" ou "mãozinha na cabeça", só quero um pai, um amigo no qual possa contar nas horas boas e ruins.

Sei que é chato, embora ele sempre diga que eu não tenho essa noção, ter que pagar algumas cadeiras pela terceira vez, sei que não é fácil juntar dinheiro para no fim do mês pagar um monte de contas, mas eu queria que o meu pai pensasse que este tratamento está valendo a pena e que eu não terei mais que passar por tantas dificuldades.

[Suspiro]

Então é isso. O medo e o pavor me rondam, sei que preciso enfrentar isso, só que não sei como.

Abraço a todos!

Situação Complicadíssima

Não está fácil. O medo me domina e a vontade que tenho é de ir pra bem longe daqui, longe das cobranças e das pressões. Estou cansado! Cansado de não ser compreendido, o meu pai não tem um pingo de compreensão, ele acha que posso me esforçar mais, só que não estou conseguindo.

Lembro que na reunião em que participamos (meu pai, eu e minha madrasta) fui perguntado se continuaria no curso e acreditando que talvez conseguisse driblar essas dificuldades disse que sim e agora estou sofrendo as consequências.

Hoje de manhã quando acordei, o meu pai e a minha madrasta vieram perguntar sobre as minhas notas e aí fiquei bastante perturbado, meu pai se queixou que era a terceira vez que estava fazendo algumas cadeiras, que tinha gastado muito com isso e por aí vai.

Eles vão tentar conversar com alguns professores, mas a vontade que tenho é de sumir e não voltar pra casa, não consigo me sentir bem lá.

Hoje de manhã sai sem dar tchau, estou seguindo a sugestão da psicopedagoga de ir de ônibus ao invés de ir com o meu pai para a faculdade.

Aliás, na faculdade tenho me sentindo muito bem, as colegas me respeitam e nosso relacionamento tem melhorado bastante.

Não sei o que fazer estou assustado e preocupado. Quando cheguei na faculdade fui direto para o banheiro e chorei, fiquei uns dez minutos chorando. Contive o meu choro e fui pra sala, caminhei entre as classes, me sentia angustiado e aí pensei em fugir, mas pensei na minha mãe, ela sofreria muito se fizesse isso e também, como viveria?

Estou perdido, esta que é a mais absoluta verdade.

Abraço a todos!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Preciso me valorizar mais

As pessoas mais tímidas geralmente "se rebaixam", se diminuem, geralmente isso é assim. O tímido se cobra de mais e tudo que ele faz é uma porcaria. Eu sou assim, embora não me ache mais tão tímido sempre "me detono".

Durante a aula na clínica a onde só eu faço esta disciplina, ouvi o aúdio de um dos meus vídeos, eram as minhas colegas vendo este que vos escreve e aí comentei com a professora:

- As gurias estão me vendo. Que mico!

Fiquei um tanto nervoso e preocupado com o que elas iam achar de mim, pensei: "elas devem estar me achando o cara mais idiota do mundo".

Podia ouvir as risadas e elas conversando e eu ali louco para ser uma mosca para observá-las e saber o que elas estavam achando dos vídeos, nos quais apareço de óculos escuros escondendo o rosto.

Tentei prestar atenção na aula, minha professora pacientemente explicou sobre imitânciometria e depois ela pediu para que explicasse pra ela, passo a passo.

Fiquei nervoso e comecei a brincar com a situação, fazendo piadas a respeito do meu nervosismo, mas depois foi tranquilo me acalmei e expliquei passo a passo sobre o exame de imitânciometria.

Terminei a explicação e a professora me passou uns exercícios pra praticar e aí sai e de propósito passei duas vezes no corredor dos consultórios a onde estavam as minhas colegas e de repente uma "me atacou" pedindo para entrar no consultório.

Tinha três colegas, sendo que uma delas é a que tem os olhos azuis mais bonitos que enfeitiçam (rs), perguntei: o que é que vem aí? E elas falaram dos meus vídeos e como é de costume falei que elas deveriam ter achado ridículo aquilo tudo, mas não, elas gostaram.

Fiquei nervoso e tentei disfarçar, minhas colegas pediram autorização para divulgar os vídeos que postei no Youtube porque elas conhecem vários canais de divulgação e autorizei sem problemas.

Descontrai um pouco, brinquei com elas e sai. Sentia-me nervoso, porém pelo que pude perceber, elas aprovaram os vídeos e viram que eu tinha algum talento.

Sai do consultório e fiquei pensando: se tivesse coragem de chamar a menina que não sai da minha cabeça para conversar e dizer:

- Sei que você pode me achar ridículo, mas eu sou uma pessoa verdadeira e o que mais me importa é a sua amizade, só que há algum tempo venho pensando em você de outra forma tanto que já escrevi duas músicas retratando o que sinto por você. Se você não quiser nada comigo saberei entender perfeitamente.

Me falta coragem e o mínimo que pode acontecer é levar um fora, só que este fora ia doer bastante em mim, pois nunca me relacionei com mulher antes e se essa tentativa não desse certo, com certeza iria sofrer.

Então prefiro não arriscar e ficar na minha que eu ganho mais.

Agora, preciso mudar e parar de achar que tudo que eu faço é uma porcaria, parar de achar que eu sou uma porcaria. Tenho defeitos, mas preciso valorizar o que tenho de bom.

Abraço a todos!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Raiva e Tristeza

Ontem à noite após ter contado aqui a respeito do e-mail que meu pai trocou com a minha irmã, fui para o quarto, mas antes devolvi a carteirinha do plano de saúde e a requisição do exame de ressonância para a minha madrasta. Pedi que ela lembrasse o meu pai que hoje teria que pagar o psicólogo e a psicopedagoga e dei boa noite.

Entrei no quarto e comecei a arrumar a bagunça, dobrar algumas roupas que estavam penduras. Arrumei a mochila e peguei a folha a onde estava escrito tudo que o meu pai escreveu a meu respeito.

Comecei a ler e na medida em que ia lendo ficava com raiva, tanto que cheguei a dar um soco na parede, pensava comigo: “poxa, durante a minha vida toda sempre tive problemas pelos quais tive que passar, sempre precisei de ajuda e sempre tive problemas emocionais e agora sou obrigado a ler que sou um farsante, um ator, francamente”.

Sentei na cama e tinha pegado uma Xerox do livro de processamento auditivo no qual a capa é de plástico e espiral e atirei com toda a força no chão que chegou a rasgar a capa.

Terminei de ler aquela "tortura" e fui deitar, comecei a rezar e até pedir ajuda espiritual, pensei no Eraldo, acho que se existe esse negócio de outras vidas nós deveríamos ter tido uma ligação afetiva muito forte, isso eu digo por mim porque sempre gostei de conversar com ele, das brincadeiras, enfim.

Só pensava até quando isso vai continuar.

O que pretendo fazer, como escrevi no post anterior é mostrar para o meu psicólogo e psicopedagoga o e-mail. Farei isso.

Apesar de tudo gosto do meu pai, mas a nossa convivência é muito, mas muito difícil e ainda por cima tenho medo dele, alías a minha madrasta também já falou que os seus filhos também tem medo dele.

Semana passada nem precisei falar sobre o medo que tinha do meu pai para a psicopedagoga porque ela identificou isso através das minhas preocupações.

Estou indo para as minhas consultas e confesso que depois nem sei o que irei fazer, acho que "farei tempo" na rua e chegarei à noite pelas 23h00min em casa.

Abraço a todos!

domingo, 12 de junho de 2011

Com um pai desses, dá vontade de sumir

Não quero me colocar na situação de vítima, longe disso, mas resolvi "xeretar" os e-mails do meu pai e no meio de tantos, um me chamou atenção: Era uma resposta que ele estava dando para a minha irmã e no meio desta resposta ele estava falando de mim.

Neste e-mail o meu pai disse que eu era "bucha", que eu ficava feio de barba e que eu não sabia o que pensava conseguir com uma cara dessas.

Assim que tiver um tempo o meu pai escreverá algumas coisas pra mim porque segundo ele, eu com 24 anos ainda quero ser tratado como criança, com a mãozinha na cabecinha e jamais ser contrariado.

Ele ainda colocou que nas consultas não posso ir sozinho porque eu omito o que realmente acontece, me fazendo passar por coitadinho, me apresento como sendo um, e depois o profissional descobre que sou outro.

Francamente, acho que devo dar gargalhadas, quanta bobagem. Meu pai realmente não me conhece, como disse o meu saudoso amigo Eraldo.

Continuando no e-mail, meu pai disse que essa farsa ou teatro do senhor *Ikki leva o médico a diagnosticar equivocadamente e sem resultado, ou pior ainda, inclusive administrando uma medicação que não necessita, com todos os efeitos colaterais daí presumíveis. Aliás, ele (eu) já está se sentindo um tanto médico, pois vive tomando porcarias "milagrosas".

Meu pai "quer ver" daqui pra frente porque a neurologista disse que não tenho problema neurológico, só preciso de um medicamento que me acelere, já que sou devagar demaiiiiiiiiis.

Lendo este e-mail, fiquei ainda mais revoltado, não sei ainda o que fazer, mas pretendo levar este e-mail até o meu psicólogo e psicopedagoga, eles como profissionais que são, sabem muito bem qual é o meu problema.

O meu pai diz que me coloco como vitima, mas neste e-mail dá pra perceber claramente quem se coloca como vítima.

E para terminar este e-mail que ele ainda escreve: Para encerrar, não quero me fazer de vítima, mas... Com todo o trabalho que ele dá, me custando entre faculdade e tratamento médico R$2.000,00 mensais fixos (R$1.600,00 de faculdade + R$200,00 de psicólogo + R$200,00 de psico-pedagoga), isso sem contar todas as despesas acessórias e variáveis, onde dá para somar mais no mínimo uns R$600 a 700,00.

Ora, depois de ser desrespeitado, me permito algumas conclusões:

a) Sou bom demais, e não sou reconhecido;

b) Convencimento à parte, não há muitos como eu, e ainda assim sou desrespeitado;

c) Não peço nada, e ainda assim sou julgado como se fosse um tirano (ou carma do *Ikki, como tive de ouvir de ti - que conclusão infeliz -, quando acho o contrário);

d) Tem filhos que não merecem os pais que tem;

e) Se nascer é um fato para depuração e crescimento espiritual que está além da vontade humana, que culpa podem ter os pais ("eu não pedi para nascer"), quando são meros instrumentos do Cósmico?

O e-mail que fala a meu respeito vai até aí e ao lê-lo fiquei muito chateado, a vontade que dá é de ir embora, porém estou fazendo acompanhamento psicológico, psicopedagógico e neurológico e como escrevi acima, levarei este e-mail até o meu psicólogo e psicopedagoga.

Estou chateado e muito triste, nem sei o que escrever, a intenção era vir até aqui para escrever sobre outro assunto, mas no final escrevi sobre este e-mail que me magoou muito. É brabo isso aí! E fazendo uma alusão ao que meu pai escreveu no item "d", digo o seguinte: Há pais que não merecem os filhos que tem.

Abraço a todos!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sentirei Saudades

Ontem à noite antes de dormir fiquei pensando na saudade que irei sentir da faculdade, das colegas, das professoras. Sim. Estou contando com o ovo antes de a galinha por. O pessimismo me acompanha, é difícil de acreditar que possa conseguir vencer todas as disciplinas e na medida em que o semestre se aproxima do fim a preocupação aumenta ainda mais.

Conversei com uma das professoras, a de gagueira e neuroaudiologia e lamentei por estar começando a tratar só agora porque se tivesse começado antes com certeza a situação seria bem diferente e eu não estaria sofrendo deste jeito e ela concordou.

Na verdade se estou fazendo estas oito disciplinas é porque reprovei nelas e também porque o curso está em extinção na universidade.

Eu faço parte da última turma de fonoaudiologia, ou seja, se reprovar em algumas cadeiras que estou fazendo não terei como fazer as que estão previstas para o intensivo porque são pré-requisitos.

Então é difícil, sabe, você se acostuma com as pessoas, com o ambiente. Vou sentir falta, ainda mais agora que estava começando a mudar.

Nestes meses de acompanhamento psicológico, posso dizer que uma coisa mudou e pra melhor: A relação com as colegas. Elas estão me conhecendo de verdade agora, estão vendo que sou diferente daquela pessoa que estavam acostumadas a enxergar e muitas até se surpreendem por que não acreditavam que "aquele rapaz tímido" aos poucos está mostrando o outro lado que tem que é o lado da descontração.

Durante a apresentação do tcc das gurias o meu colega falou:

- Olha só como a Cátia tá bonita.

- É... - Respondi admirando a sua beleza

- Ela é solteira dá encima dela conversa com ela - sugeriu o meu colega

- Eu! Tu acha que ela vai querer alguma coisa com um cara como eu? - Respondi com pessimismo aparente

Nossa conversa ficou aí e ele falou que eu deveria tentar, só fiquei pensando...

Já escrevi poemas e músicas retratando o que sentia por ela.

Porque as coisas tem que ser assim?

Esse meu pessimismo nem procuro passar para o meu pai porque tenho medo da reação dele, só que ele precisa entender o meu sofrimento, a minha angústia. Se me encontro assim não é porque quero, eu estou assim e mais do que nunca sei que posso sair dessa e eu vou sair dessa, mas para que isso seja possível precisarei de "muletas" e as minhas "muletas" são o meu psicólogo, a psicopedagoga e a neurologista.

Abraço a todos!
Sigo na luta!