segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sigam o novo blog: Tocando em Frente

Tenho pensado muito a respeito da continuidade deste blog. Foram mais de 600 postagens, muitas histórias, acontecimentos da minha vida que dividi com vocês. 

No momento estou vivendo outra realidade, lógico que tenho os meus problemas, mas acontece que tenho procurado viver da melhor forma possível. Antes via apenas o lado ruim da vida e hoje vejo que também há o lado bom. As dificuldades estão aí para serem enfrentadas e superadas. O que não podemos é nos darmos por vencido. Cada dia que passa é a oportunidade que temos para recomeçar. Com força, foco e fé podemos chegar lá. Eu acredito.

Por isso estou "ressuscitando" o blog "Tocando em Frente" que tem por finalidade ver o lado positivo da vida. Quem me acompanha há mais tempo vai se lembrar deste blog. Fiz algumas postagens nele e depois retomei o "Encarando a Distimia" que cheguei a mudar de nome algumas vezes para o "Encarando a Depressão".

Alguns meses uma leitora amiga passou a me enviar emails e suas mensagens foram estimuladoras para mim. Não estou 100%, mas acredito que estar bem melhor do que alguns meses e foi ela que sugeriu que eu criasse um blog focando o lado bom da vida e eu comprei essa ideia. A vida não é feita só de tempestade. 

Vai chegar o momento em que o sol e o arco-iris irão aparecer e aí sim sua vida vai mudar. O que podemos fazer? Tome uma atitude, faça a sua parte porque nada nesta vida é de graça. Só pra citar um exemplo, conheço uma pessoa com depressão que se tratou com vários profissionais custeados pela mãe, mas só que ela não se ajuda, não toma uma atitude e se conforma com a sua situação. Posso citar mais um exemplo, outra pessoa que conheço tem síndrome do pânico e trata depressão e a diferença é que esta pessoa "se ajuda", ela quer melhorar e age. Não podemos ficar inertes, de braços cruzados esperando que as coisas mudem assim tão de repente. As coisas irão mudar se você mudar. Faça por onde.

Estou passando o link do outro blog: Tocando em Frente: http://tocandoemfrente-ikki.blogspot.com.br/

Abraço a todos!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Desencanto com a fonoaudiologia: Preciso resolver minha vida

Tenho pensado muito em encerrar o blog "Encarando a Distimia" e ressuscitar o "Tocando em Frente" que está há um ano ou mais desatualizado. O "Encarando a Distimia" fiz com o intuito de expor a minha vida, meus sentimentos e pensamentos. Dividi muitas tristezas, mas também algumas alegrias. O teor do blog, para quem acompanha a um bom tempo é um tanto pesado, diferentemente do outro blog que criei na época em que tive condições de me tratar com psicólogo e psicopedagoga respectivamente.

Não tenho tido ideias e nem inspirações para escrever neste espaço, mas atualmente vivo um momento de indefinição na minha vida. Ao ser demitido da clínica em que trabalhei durante dois meses, usei parte do dinheiro para pagar a minha anuidade junto ao conselho de fonoaudiologia, pois se não estou em dia com o conselho tenho o meu registro suspenso. 

Desde janeiro tenho trabalhado como freelancer, faço audiometrias ocupacionais para uma colega e ganho em média R$ 300,00 que não, mas mesmo assim procuro valorizar a oportunidade que tenho de ao menos exercer a profissão.

O problema é que semana retrasada fui fazer audiometria ocupacional numa clínica situada em uma cidade vizinha. Trabalhei das 14h30min às 18h30min e passei por uma situação que para mim é constrangedora. 

No início da tarde avaliei duas mulheres que roubaram muito o meu tempo porque elas estavam com latência (demora) para responder o exame. É algo difícil de explicar, mas, por exemplo, tem pessoas que quando dou o sinal no audiômetro já levantam a mão acusando que ouviram o som e outras que demoram para "receber" o som.

A secretária da clínica num desses atendimentos que estava realizando venho até minha sala e educadamente cobrou-me agilidade. Tentei me "puxar". Do lado de fora da sala às pessoas aguardavam nervosas para fazerem o exame.

Teve uma pessoa que me irritou profundamente, foi um servente de pedreiro. Chamei-o para fazer o exame, eu estava de pé organizando as vias das audiometrias que tinha feito e o rapaz entrou e disse: 
- Tá demorado isso aí.

Ouvi aquilo com certa raiva, pedi que sentasse para pegar os seus dados e preencher as guias das audios. Só que ao invés dele se sentar na poltrona indicada, se sentou na minha cadeira de frente para o aparelho e aí eu não me aguentei. Fui estúpido sem ser mal educado.
- O senhor está sentado na minha cadeira. Senta nesta que está à frente. Vou pegar os seus dados, vamos fazer o exame e logo, logo o libero para o exame clínico.

Pronto. O cara baixou a bola, entrou na cabine, fiz o exame dele e o liberei.

Ao terminar o dia tentei explicar a secretária a minha demora, dizendo que há pessoas que respondem rápido e outras que responde devagar o exame, mas esqueci de falar que pela pressão de fazer tudo "correndo" estou sujeito a errar um laudo e posso também ser processado. Resumo da ópera: quem se ferra sou eu e não o funcionário.

Esta situação a respeito da pressa das empresas para que o fonoaudiólogo faça as audiometrias ocupacionais já está gerando alguns debates.

A audiometria é um teste que serve para verificar o limiar auditivo da pessoa, em outras palavras, o mínimo de som que ela consegue escutar. Geralmente o exame tem que ser feito por via área, via óssea e audiometria vocal que também é de grande valia, pois avalia a capacidade de compreensão da voz humana e complementa o teste, mas isso não é feito nas clínicas de segurança medicina do trabalho. Outra coisa que não se faz é a meatoscopia que a inspeção de como está à orelha, se há tampão de cera, se a membrana timpânica está rompida.

Essas coisas de certa forma estão me revoltando e claro que também a outro fator que se refere a mim: tenho dificuldade para escrever rápido.

Ontem fui fazer audiometria pela primeira vez noutra clínica porque o sogro da fono de lá faleceu e esta precisava de um fono que a substituísse. Fui fazer as audiometrias e aconteceu a mesma coisa: a secretária entrou na sala umas duas vezes e muito gentil pediu que fosse rápido com os exames. Já me senti na pressão. As pessoas estavam impacientes e para me ajudar as secretárias estavam preenchendo as guias para mim e com isso a única preocupação minha era fazer a audiometria e escrever o laudo.

Fiquei umas três horas na clínica e fiz 24 audiometrias. Saí de lá meio deprimido e desgostoso comigo mesmo.

Tenho refletido muito em largar a fonoaudiologia porque é difícil de conseguir emprego e trabalhando com audiometria é preciso ser rápido, fazer tudo correndo.

Preciso pensar no que fazer. Pretendo atuar na fono até o final do ano, pois paguei a anuidade e aí ano que vem pensarei no que fazer, seja trabalhando como locutor ou de auxiliar de loja, sabe lá. Tudo o que sei é que tenho de dar um jeito e resolver a minha situação.

Abraço a todos!

terça-feira, 16 de julho de 2013

O apego material

Apesar de ter 26 anos de idade, as vezes me sinto como se tivesse uns 10 anos. Escrevo isso por causa de algumas situações que vivenciei ao longo do tempo.
Ontem de manhã meu pai foi fazer uma artroscopia no joelho. Fiquei sozinho em casa, depois fui dar a minha saída e retornei no aguardo de quando o meu pai viesse, pois devido a cirurgia ele não pode fazer força.
Enquanto esperava ele e minha madrasta voltarem do hospital vi que precisava dar corda no relógio cuco e aí ao fazer isso o relógio caiu na minha cabeça e fez um pequeno arranhão no meu nariz, assim também como machucou a minha mão.
Pensei e agora! Porque estas coisas tem que acontecer sempre comigo? Porque? Peguei o celular e liguei pra minha madrasta indagando a respeito do meu pai e comentei a respeito do cuco. Ela já estava a caminho de casa com o meu pai.
Fui até a frente de casa, meu pai desceu do carro e ofereci o ombro como apoio, mas ele preferiu ir pulando com a perna boa até dentro de casa.
Logo que ele entrou, avistou o cuco e de cara já começou a resmungar, dizendo que havia gasto R$ 500,00 para mandar arrumar o relógio. Estava indignadíssimo e disse que não podia pedir na pra mim, que eu não faço as coisas direito. Saí e fui para o quarto, abri a bíblia e comecei a ler.
O brabo é que você tenta ser forte o tempo todo, mas as vezes não tem como não desabar e comecei a chorar. Minha madrasta entrou até o meu quarto perplexa com a atitude do meu pai, fez um sinal da cruz e disse: "Sem comentários". 
Acredito que não somos mais do que ninguém e quando morrermos só levaremos as coisas boas daqui. 
Enfim, vou ficando por aqui. Acabou a inspiração para escrever.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Dando as caras

Estou dando as caras depois de um tempo longe do blog. Acabei me desconectando deste que sempre foi um refúgio para mim. Não posso dizer que as coisas mudaram assim tão de repente, mas tenho me sentindo bem e isso tem feito à diferença.

Continuo fazendo as minhas audiometrias, ganhando experiência até que possa encontrar um trabalho que me remunere consideravelmente. Outra coisa, voltei a trabalhar como locutor. Fazia tempo que atuava desta forma e até posso dizer que me saí bem graças a um amigo locutor que tem me ensinado um monte de coisas legais.

Sempre fui daquele tipo de locutor que lia as ofertas, falava alguma coisa e depois repetia tudo de novo, mas agora comecei a perder a inibição e estou fazendo até imitações. Até agora foram duas lojas, sendo que a primeira o meu amigo que estava fazendo, e aí ele me deu um microfone e eu comecei a anunciar as ofertas e interagir com as pessoas que passavam nas imediações da loja.

No último sábado meu amigo e eu dividimos a locução de uma loja que trabalhava no segmento cama, mesa e banho. Ele além de locutor é animador. Um grande profissional, uma grande pessoa.

Como escrevi anteriormente comecei a frequentar uma igreja evangélica, além da luterana em que congrego. 

Na luterana sou o único jovem que frequenta, faço parte do coral composto por um ex-pastor e algumas senhoras de idade e também leio textos bíblicos quando a pastora me chama no altar.

Em relação à evangélica, pode-se dizer que é bem diferente. A forma de ministrar os cultos é mais inflamada e na hora das orações todo mundo falando ao mesmo tempo, tirando isso digo que é muito legal, as pessoas te acolhem e o recebem muito bem. Os louvores também são muito bonitos.

Enfim, tudo ao seu tempo. Vou ficando por aqui.

Abraço a todos! 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Entreguei minha vida para Deus

Durante uma fase da minha vida quase cheguei a me tornar Ateu. Antes de qualquer coisa quero deixar claro que respeito às crenças de cada um. Tenho um amigo Ateu e nem por isso fico pressionando para que ele acredite em Deus, assim como também não me critica por ser cristão.

Um amigo que gostava muito faleceu, já fiz inúmeras postagens a respeito dele. Apesar de não estar mais aqui ele continua vivo na minha memória e no meu coração. Lembro que tive dificuldade para aceitar a sua morte e cheguei a brigar com Deus por causa disso, mas com o tempo entendi que a missão dele aqui já fora cumprida.

Voltei pra Deus justamente quando fez um ano de falecimento do meu amigo e as palavras que a pastora pregou entraram dentro de mim, era como se Deus estivesse falando para mim. E desde então todo domingo se tornou sagrado, frequento todos os cultos e atualmente faço parte do grupo de canto da igreja e às vezes a pastora pede para que eu leia um texto bíblico no altar.

Muitas coisas aconteceram, tive que enfrentar as dificuldades com o curso de fonoaudiologia, o relacionamento com o meu pai e minha irmã também não foram fáceis. O que mudou hoje é que sou fonoaudiólogo e estou mais centrado em Deus.

Entreguei a minha vida pra Jesus, sei que alguns leitores podem achar ridículo o que estou escrevendo, mas esta semana passei por uma experiência: fui com uns amigos a uma igreja evangélica.

Sempre ridicularizava as igrejas pentecostais e às vezes imito o jeito de falar dos pastores de Universal, mas de brincadeirinha, pois bem, recebi o convite de um conhecido de um amigo meu e fui convidado, sem ser obrigado.

Chegando à igreja o pastor venho até mim, se apresentou e conforme chegavam às pessoas ele ia aprontando os detalhes para o culto. Ele disse que era para eu não estranhar muito por causa dos gritos das pessoas.

O culto era de preces, o pastor fez umas leituras bíblicas e depois começou as orações. Eu estava resistindo e apenas rezava mentalmente até que comecei a falar, me ajoelhei e comecei a chorar. Depois venho um conhecido que pegou na minha mão e no meu braço e fez uma prece pra mim.

Olha, o que posso dizer é que me senti pleno e muito bem. Amanhã irei de novo.

Procurarei frequentar a igreja luterana da qual congrego e a evangélica.

Acredito muito em Deus. Ele faz a diferença, mas para isso precisamos chegar até ele, buscar o caminho e é isso que estou fazendo. Deixo minha vida no comando de Deus. Como na oração que Jesus Cristo ensinou: “... que seja feita a tua vontade".

Enfim, continuarei lutando e creio que logo, logo minha vida vai mudar. Tenho fé.

Abraço a todos! 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Decisão certa? Só o tempo irá dizer

Consegui um emprego mais precisamente no interior de Santa Catarina, a 600 km de distância da cidade em que resido. Peguei o ônibus e sozinho fui para um lugar totalmente desconhecido.

Não me fixarei em detalhes porque se não vou longe. Vocês provavelmente vão pensar: Porque ele tomou essa decisão? Ainda vou chegar lá.

Há momentos que nos deixamos levar por impulsos, ou melhor, dizendo pela razão. A proposta de emprego era para eu atuar com audiologia ocupacional e o salário inicial seria de R$ 2.000,00. Fiquei tentado com a proposta e não pensei duas vezes, comprei as passagens e fui para o estado de Santa Catarina.

Ao chegar numa cidade de 40.000 habitantes no estado catarinense, conheci a clínica de fonoaudiologia que iria trabalhar, os funcionários e os donos.

Fui muito bem recebido. Primeiramente conversei com a dona da clínica, muito simpática disse que foi Deus que me colocou lá, que estava preocupada porque na clínica dela todos são cristãos e que estava perdendo uma fonoaudióloga de confiança para uma cidade vizinha e me explicou mais ou menos como funcionavam os procedimentos na clínica.

Fiquei empolgado com a nossa conversa. Depois começamos a procurar na internet em sites de imobiliárias imóveis com alugueis acessíveis. Achamos um kitinete e fomos olhá-lo de perto. O espaço era grande com um quarto, cozinha, banheiro e área de serviço.

A dona da clínica pediu que uma de suas funcionárias me levasse para almoçar. Fomos a um restaurante perto do lugar que iria morar. Almoçamos bem e depois retornamos para clínica.

De repente apareceu a fonoaudióloga que estava saindo da clínica. Fui com ela até a sala onde são realizadas as audiometrias ocupacionais e para a minha surpresa os exames tinham que ser preenchidos no computador. A fono me explicou que teria que usar dois programas, o WinAudio e o SOC. Peguei um bloco para anotar todos os detalhes, mas acabei escrevendo "coisa com coisa" estava totalmente perdido e preocupado, pois os procedimentos deles eram bem diferentes dos daqui da minha cidade e proximidades onde realizo audiometrias em que só preciso me preocupar em fazer a audiometria, o laudo, carimbar e entregar uma via para a pessoa e pronto.

Lá precisaria usar uns cinco tipos de carimbos e me ater para os detalhes dos dois programas. Para mim era muita informação e como o novo assusta eu estava apavorado, mas mesmo assim fui tranquilizado pela dona da clínica e pela fono que estava saindo da clínica que nos primeiros meses é assim e que depois eu "pegaria bem a coisa".

Um dos meus maiores problemas é "pegar a coisa". Tenho uma demora, uma latência para entender, captar informações.

Voltando a falar sobre os exames, fui testado. Precisei fazer uma audiometria numa funcionária da clínica e quanto a isso foi tranquilo.

Depois de tudo isso os donos da clínica me levaram até o terminal rodoviário onde peguei o ônibus para ir até a cidade próxima pegar outro ônibus de volta para a minha cidade.

Cheguei à rodoviária pelas 18h00min, faltava uma hora e meia para embarcar no ônibus. Nesse meio tempo me bateu uma tristeza e com ela venho às indagações: Será que conseguirei ficar longe da minha cidade, da família e dos amigos? Meu coração ficou apertado e eu não via a hora de voltar pra casa.

Embarquei no ônibus e diferentemente da ida, conversei muito pouco com quem dividiu o acento comigo. Não via a hora de voltar.

Pelas 04h00min da manhã acordo e vejo que estou na minha cidade, fico feliz e digo: "agora estou em casa". Liguei para o meu pai que me buscou na rodoviária e fomos pra casa. Isso foi num sábado.

No domingo fui ao culto, me despedi dos membros da comunidade evangélica que frequento e fui pra minha mãe.

Pensava comigo: quando é que vou ver minha mãe de novo? Quando cheguei a casa dela fui recebido com um abraço bem apertado. Meu coração estava em pedaços!

Passei o dia lá e durante a tarde minha mãe, irmã e eu nos sentamos na cozinha e conversamos. Procurei analisar tudo e percebi que não aguentaria ficar longe de tudo e que se não desse certo na clínica teria que indenizar à imobiliária, fora os imóveis que teria que me desfazer depois. 

Tomei uma decisão que não sei se foi a mais certa: A de não ir mais embora. Depois de ter decidido parece que o peso do mundo saiu das minhas costas.

Resolvi dormir na minha mãe, liguei para o meu pai a fim de comunicá-lo sobre a decisão que tomei e ele muito gentil disse que isso deveríamos conversar pessoalmente, porém dei uma noção sobre o que havia decidido.

No dia seguinte voltei pra casa e não tinha coragem de conversar com o meu pai, mas mesmo assim fui e peguei ele numa situação sob estresse. Disse que não iria mais embora e ele estupidamente respondeu que se dependesse da vontade dele eu iria, mas isso só não vai acontecer por causa das despesas que ele teria de arcar com um possível insucesso meu. No fundo, no fundo meu pai não queria que eu fosse embora.

Enfim, como escrevi logo acima: se tomei a decisão certa só o tempo irá dizer.


Abraço a todos!

terça-feira, 11 de junho de 2013

A chance de mudar de vida

Desde que me formei comecei a travar uma nova luta, a de conseguir me colocar no mercado de trabalho. 

Iniciei a minha carreira de fonoaudiólogo palestrando com uma colega na universidade que durante seis anos foi à extensão da minha casa; depois iniciei a realizar audiometrias ocupacionais até que fui chamado para trabalhar numa clínica visando à parte terapêutica. Lá trabalhava dois dias por semana e atendia perto de 40 pacientes (20 em cada dia).

Na época que estagiava a minha predileção era trabalhar com terapia ao invés de trabalhar com audiologia, mas as coisas mudam e a gente vai tendo que se adaptar a situação.

Não dei certo porque pequei em algumas coisas como terapeuta, porém percebo que consegui fazer um bom trabalho com certos pacientes e o que mais me deixou feliz foi o reconhecimento destes em relação a mim. Como sempre digo, ter o carinho e o respeito de um paciente é algo que não tem preço.

Outro fator que talvez tenha culminado na minha demissão foi que não estava dando conta da demanda de diversas áreas que chegavam a mim.

Em dois anos de estágio trabalhei com áreas relacionadas à linguagem (no que se refere à troca de sons na fala), gagueira e disfonias (alterações vocais ocasionadas devido ao mau uso da voz). Então ao pegar casos de pessoas afásicas (que sofreram Acidente Vascular Cerebral) e um caso de autismo acabei "me quebrando" porque não sabia bem ao certo o que fazer. Fui atrás de livros, pesquisei sites, mas enfim, não deu certo e talvez não fosse pra ser mesmo.

Voltei a realizar audiometrias para uma colega como freelancer, mas não ganho o que gostaria de ganhar. 

Por exemplo, no inicio fazia audiometria ocupacional uma vez por semana numa clínica. Ficava uma hora lá e ganhava R$ 30,00. No final do mês recebia R$ 90,00. Nesse mês ganhei R$ 300,00 porque fui algumas vezes mais na clínica.

Essa luta não é nada fácil ainda mais para quem está em inicio de carreira.

Ontem recebi um e-mail de uma clínica localizada no interior de Santa Catarina no qual estavam atrás de fonoaudiólogo para atuar na parte de audiometria ocupacional e então respondi o e-mail e logo mais vieram três e-mails que também retornei. A proposta é muito boa para mim. Eles dão treinamento, o salário inicial fica em torno de R$ 2.000,00 e precisaria ter carteira de habilitação.

A pessoa que mandou a proposta foi muito simpática colocando-se a disposição para conseguir lugar para eu ficar e me apresentar pessoas do convívio deles, pois será muito complicado pra mim caso venha fechar com eles porque me afastarei da minha família e das pessoas mais próximas. Será uma mudança brusca na minha vida, terei de aprender a me virar sozinho e sem o meu pai e minha mãe por perto. Precisarei administrar isso. Sou muito sensível, porém pode estar pintando a chance da minha vida de crescer não só pessoalmente como profissionalmente.

Hoje dei a notícia para o meu pai e ele me deu total apoio, inclusive financeiro. Minha mãe ficou triste porque não nos veríamos mais todos os domingos e para matar a saudade só mesmo o telefone. Entretanto ela também me deu apoio.

Já mandei um email para a pessoa comunicando que minha família estava me apoiando na decisão de trabalhar no interior de Santa Catarina e agora estou no aguardo de sua resposta.

Minha cabeça está um nó. Penso no que vai acontecer aqui em casa na minha ausência, preocupo-me com os meus pais e com a situação que viverei se caso for contratado por esta clínica. Não é fácil, mas acho que pode estar aí à chance de melhorar de vida.

Abraço a todos!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Me Desligando do Mundo Cibernético

Acho que minha cabeça não funciona mais como antigamente, o meu cérebro está bastante preguiçoso. Não tenho vontade de escrever e dificilmente consigo fazer um poema. Parece mentira, mas não sei o que está acontecendo.
Acho que é devido ao tempo que fico no Facebook. Se fosse um daqueles evangélicos diria que é coisa do capete porque você esquece tudo o que tem pra fazer e passa o máximo de tempo conectado nesta rede social.
Vou dizer o que acontece comigo: eu posto alguma coisa e fico na expectativa de que alguns venham e curtam o que escrevi e também manifestem a sua opinião a respeito. De certa forma pinta uma frustração quando não ganho aquela curtida. Por isso é que estou pensando seriamente em me "desligar" por alguns dias do Facebook e deixar o computador de lado.
Sinto que estou viciado e isso talvez esteja tirando a minha criatividade. Assim que receber o dinheiro referente as audiometrias que realizei no mês de maio comprarei aquelas revistas de palavras cruzadas de várias páginas onde você se "mata" fazendo.
Poderia contar outras coisas que aconteceram, mas estou sentindo um grande "bloqueio".
Queria voltar a escrever e ter ideias no que se refere a isso.
Enfim, vou me desligar por uns dias do mundo cibernético.

Abraço a todos!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O TDA e a situação que passei hoje com o meu pai

Sempre usei este espaço como o "muro das lamentações" porque não tinha com quem desabafar as situações e os problemas que passava.
Ultimamente tenho tentado ver a vida com outros olhos, mas há momentos em que tudo parece desabar em questões de segundos. 
Não estou muito a fim de escrever e por isso reproduzirei a mensagem que enviei para a minha madrasta contando sobre a situação que passei com o meu pai hoje.
Ana,
 
Você é uma pessoa muito ocupada e eu sei bem disso. Não deveria importunar, mas temos que lidar com situações na vida, sejam elas adversas ou não.
Conversando com uma amiga que fora diagnosticada com TDA percebi que tinha aceitado o rótulo de ser um TDA. E ter TDA não nada fácil ainda mais sem tratamento e sem terapia.
Quando fui à Cidade Vizinha com a Lúcia, deixei bem claro que se eu fazia as mesmas perguntas sobre determinados procedimentos da clínica era porque tinha a dificuldade de manter o foco e a atenção, tanto que anotei todas as instruções que ela me passou referentes às empresas que mandam funcionários para realizem audiometrias ocupacionais. Posso dizer que graças a Deus ganhei a confiança dela e isso pra mim é muito bom.
A questão é quando há a incompreensão. Somos tachados de rebeldes, irresponsáveis, preguiçosos. O problema é que o nosso cérebro funciona diferente das pessoas que não tem o transtorno.
Sei que estou me fazendo de coitado, de vítima, mas é que dói demais ter que passar por isso. Tenho lutado contra mim mesmo e às vezes, talvez seja um tanto impulsivo nas minhas atitudes sei lá.
Eu tenho grande dificuldade de executar ordens complexas (quando exige mais de uma coisa).
Acho que nunca comentei isso, mas você já deve ter percebido. Quando meu pai me pede para fazer algo fico extremamente nervoso, preocupado, meus batimentos cardíacos aumentam e o meu rosto começa a pegar fogo. Fico perturbado e mais preocupado em não errar do que fazer o favor.
Hoje devido ao tempo chuvoso retornei mais cedo pra casa e meu pai disse que deveria ir ao Fórum pagar um guia, protocolar quatro vias e entregar duas no setor de distribuição. Ele me explicou tudo certo.
Ao chegar ao banco já estava nervoso, preocupado em não misturar as vias que deveriam ser protocoladas e as que deveriam vir de volta. Ele disse que qualquer coisa era para eu ligar.
Paguei a guia e me sentia perdido com medo de errar acabei ligando pra ele para perguntar o que deveria deixar e o que trazer de volta. Ele me explicou pacientemente e eu desliguei, me sentia nervoso, é algo difícil de explicar.
Fui ao protocolo e um senhor de óculos disse que como todas as vias eram iniciais deveria passar no setor de distribuição. Nesta hora eu já estava nervoso! Cheguei lá e aí uma moça protocolou uma via e me entregou outra. Ela disse que tinha uma cópia a mais e dessa forma não foi feito o protocolo.
Enquanto voltava para o carro, ia pensando em como explicar a situação. Entrei no carro e entreguei duas das vias ao meu pai e aí ele viu que uma não estava protocolada e me indagou. Respondi que o senhor do protocolo havia dito que todas eram iniciais e que deveria passar no setor de distribuição, mas meu pai não me entendeu e cobrou-me até com certa razão de eu não ter ligado e passado ele para que falasse com o responsável pelo setor. Pronto! Tive que ouvir um monte de coisas. Não tiro a razão dele, mas para mim é complicado.
O Pedro me disse certa vez que deveria entender o meu pai porque pra ele não é fácil ter um filho como eu. Em parte eu entendo, mas sofro muito com essa situação.
Por isso é que não tenho vontade de voltar pra casa. Não me sinto bem ainda mais estando na situação em que estou.
Ontem passei o dia na faculdade pesquisando clínicas que atuam na parte de medicina do trabalho. Já tenho uma relação que pretendo contatar logo para tentar oferecer os meus serviços.
Desculpe-me por alugá-la tanto. Já estou melhor. Amanhã passarei o dia na Cidade Vizinha fazendo o que aprendi a gostar que é Audiometria.
Eu alterei alguns dados como nomes de lugares e pessoas. 
O que eu posso dizer é que sigo na luta como sempre porque tudo o que mais quero é trabalhar e poder cuidar de mim.

Abraço a todos! 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A vida nos dá experiência


Preciso escrever, exercitar a criatividade, usar as palavras. Acho que devido ao tempo de exposição na internet e Facebook o meu cérebro ficou atrofiado.

Lembro-me dos tempos de faculdade que chegava a escrever quatro posts por dia. No primeiro ano de blog bati o recorde de postagens (claro que tem blogueiros altamente capacitados e que inclusive recebem para fazer esse tipo de serviço. Não posso me comparar com eles), depois foi diminuindo a frequência das mesmas. Pouco assunto? Talvez. É que sempre é o mais do mesmo. As mesmas histórias contadas de forma diferente, à relação conturbada com meu pai e minha irmã, a minha busca incessante por um emprego na minha área de atuação e por aí vai.

A batalha que tenho travado é para não deixar o desânimo bater em minha porta. Preciso ser forte e ir à luta. Tem uma música do Charlie Brown Junior que diz mais ou menos assim: "A vida me ensinou a nunca desistir, nem ganhar, nem perder, mas procurar evoluir". Essa é a filosofia que estou seguindo, pelo menos estou tentando.

Os dias passam e tudo é inconstante no sentido de que hoje estou alegre e amanhã não sei como estarei, porém me esforçarei para continuar dessa forma.

O floral talvez esteja me ajudando psicologicamente porque não estou mal, mas também não estou bem. 

Estou, digamos que anestesiado.

Semana passada fui para uma cidade vizinha realizar audiometrias ocupacionais e gostei bastante. Audiologia é muito diferente de terapia. A audio referida por nós fonoaudiólogo serve para avaliar a audição da pessoa. 

Você vê a pessoa uma vez, coloca os fones, dá a instrução, preenche o audiograma e pronto. Já a terapia o fonoaudiólogo tem que criar vínculo com o paciente e isso nem sempre é fácil na maioria das vezes, fazer avaliações de linguagem, aprendizagem, vocal, fechar estas avaliações e um diagnóstico e traçar um plano terapêutico. É muita coisa.

Nos dois meses que fiquei empregado trabalhava dois dias por semana das 07h45min às 18h30min. Lembro que chegava em casa totalmente esgotado e aí nos dias em que não trabalhava ficava fechando avaliações e montando as terapias.

Tudo isso fez com que revesse a minha posição sobre audiologia, pois tinha pavor de operar um audiômetro e hoje não. Estou gostando de fazer audiometria ocupacional, embora que não esteja sendo bem remunerado por causa disso. O lado bom é que estou praticando audiometria e me aprimorando.

Meu amigo atualmente trabalha numa clínica onde era para eu estar trabalhando e está ganhando em média de R$ 1.200,00 pelas audiometrias que vem realizando. Não fiquei na clínica porque cometi alguns deslizes, ou melhor, pequei pela inexperiência. Foram erros cometidos por um fonoaudiólogo recém-formado.

Hoje sinto que estou mais maduro e até tinha vontade de procurar a fonoaudióloga dona da clínica para conversar e pedir uma oportunidade. Na primeira vez que conversamos tivemos uma grande empatia um com o outro e ela foi muito legal comigo, mas vou deixar as coisas acontecerem porque o que é meu está guardado. 

A minha colega que me contata para fazer audiometrias trabalha para essa fono e eu já ganhei a confiança dela. Sobre essa colega, eu não tenho palavras para falar do quanto ela está me ajudando e tenho certeza de que se puder me indicar para algum colega ela fará.

Então é isso. Vou ficando por aqui.

Abraço a todos! 

sábado, 25 de maio de 2013

Um pequeno incomodo com meu pai.


Sabe quando tudo parece estar bem e de repente acontece algo que te derruba. Hoje de manhã tive um incomodo com o meu pai. Antes de qualquer coisa gostaria de comentar que tenho tentado tirar o "rotulo" de TDA e Distímico. Já usei esses dois problemas para justificar os meus atos. O problema é que preciso lidar com a incompreensão do meu pai. A nossa relação é muito difícil e aqui no blog dá pra conferir um histórico de coisas que escrevi a respeito dele.

Sobre o incomodo que tive, meu pai voltou do mercado com as compras e pediu para que descarregasse o carro. Tirei as compras e ao guardar os ovos deixei os velhos embaixo e os novos coloquei em cima dos velhos. Meu pai, sem brigar chamou minha atenção dizendo que tinha que ser "mais ligado". Fiquei quieto, não falei nada. Depois ele pediu um prato para poder colocar um pedaço de carne para descongelar e eu vendo o tamanho da carne peguei um "pratinho". Pronto! Tive que ouvir um monte de coisas que tentarei reproduzir porque minha memória é falha. Meu disse que eu ia sofrer muito na vida, que não sabia fazer nada, não sabia o que era levar "mijada" de patrão e o que seria de mim quando ele morresse. Eu ia ouvindo e falando baixo "por favor,", "por favor". Meu pai me cobrou que não estava indo atrás de emprego, que não ia procurar as escolas para oferecer os meus serviços de fonoaudiólogo e que eu precisava ter atitude.

Fiquei irritado com o que ouvi e passei a retrucar que passei seis anos estudando uma faculdade, sem ter como trabalhar porque o curso era diurno o que me impedia que tivesse um turno livre e que deixei que mandasse demais na minha vida sem poder impor a minha vontade. Meu pai me indagou sobre qual curso gostaria de ter feito e eu falei que queria ter feito jornalismo e aí ele perguntou: "quem vai te contratar?”.

Ele disse que tinha falhado comigo e que era para tomar uma decisão. Acontece que não fez um ano que me formei. Trabalhei numa clínica como terapeuta e não dei certo, mas agora estou correndo atrás. Deus colocou uma pessoa no meu caminho, uma colega de profissão. Tenho realizado audiometrias toda semana pra ela e com isso estou ganhando pouca coisa, mas a tendência é que surjam outras oportunidades de trabalho. O problema é que não vai ser da noite para o dia que conseguirei um emprego em que ganhe quase R$ 2.000,00. Não é bem assim. Tudo se dá aos poucos.

Em relação às escolas, meu pai gostaria que eu fosse a algumas para oferecer os meus serviços para os alunos que tem dificuldades de aprendizagem e de linguagem, só que essas instituições não contratam fonoaudiólogos. Há algumas semanas visitei uma escola estadual em que minha mãe trabalha como servidora pública, a professora me contatou para falar a respeito de uns alunos com problemas de linguagem. Deixei claro que poderíamos conversar numa boa, sem compromissos e até hoje não obtive retorno.

A realidade é que alguns pais não enxergam problemas nos seus filhos. Lembro que na Clínica-Escola de Fonoaudiologia questionava os pais sobre o motivo que trazia os seus filhos ao atendimento fonoterapêutico e a maioria respondia que a escola que havia encaminhado. É bem assim.

É complicado falar, passar por essas situações não é nada fácil. O psicólogo do CAPS disse que meu pai teria obrigação de pagar um tratamento pra mim e que eu era o responsável por estar nesta situação e meu pai o corresponsável.

Enfim, vou levantar a cabeça mais uma vez e tentar dar a volta por cima. Já superei tanta coisa e como cristão deixo tudo nas mãos de Deus e nosso senhor Jesus Cristo.

Abraço a todos! 

Estar bem consigo mesmo

Estar bem consigo mesmo é o que realmente importa porque se não dificilmente as coisas darão certo na sua vida. Um exercício que tenho praticado muito é parar de pensar em coisas ruins, não é fácil, mas aos poucos estou conseguindo alimentar minha mete só com pensamentos bons.

Precisamos ter toda a positividade nos dias de luta, pois isso nos ajuda e muito.

Conversei com um colega da época de colégio, relembramos os nossos tempos e de como éramos. Ele disse que se tivesse a oportunidade voltar no tempo, mudaria o seu comportamento introspectivo. E eu falei a mesma coisa, mas complementei que tudo o que passamos na vida serve de experiência para evoluirmos e nos tornarmos pessoas melhores.

Acho que ele tenta me impressionar falando que tá interessado numa colega, numa amiga, etc. Quando nos encontramos sempre falamos a respeito de mulher e de futebol.

Não vou ser hipócrita de dizer que não sofro por não ter namorada. Tenho 25 anos sou novo, porém o tempo vai passando e eu não tive a oportunidade de me apaixonar e ser correspondido. A bem da verdade é que ultimamente não tenho pensado em mulheres, entreguei tudo para as mãos de Deus e o que tiver que acontecer vai acontecer.

Como comentei, o importante é você estar bem consigo mesmo, se amar, pois assim você será notado de uma forma ou outra. E outra coisa: ter dinheiro. Se você tem dinheiro, dá pra comprar aquele presente, levar a namorada para o cinema.

Talvez ninguém se lembre que eu fiquei interessado em uma garota que trabalha num bar. Cheguei a mandar algumas trufas pra ela. Estava interessado até por ela ser bonita, mas sei lá, vejo que falta um toque de doçura e meiguice nela.

A verdade é que nem tudo é como a gente quer. Precisamos seguir caminhando e acreditando que um dia as coisas irão acontecer porque tem que acontecer.

Abraço a todos!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Os Animais merecem respeito.


Conforme havia comentado no post anterior, vivenciei uma situação triste. Sou uma pessoa apaixonada por animais e não posso vê-los sendo maltratados. Penso que os animais têm os seus direitos, assim como nós temos. Há algumas semanas uma mulher que reside em Porto Alegre (RS) ganhou bastante repercussão devido ao um vídeo gravado por uma pessoa que morava um apartamento em cima do seu.

Essa pessoa viu a mulher chutando e batendo no próprio cachorro da raça poodle e filmou toda a ação e a denunciou. O fato ocorrido virou notícia em jornais e diversos sites. Lembro que quando li a notícia me indignei de tal forma que tudo o que eu gostaria que essa mulher sentisse era dor que o seu cão estava sentindo. Meu pai que não tinha visto a notícia chamou-me para ver o vídeo e já de cara demonstrei a minha insatisfação, mas no final acabei vendo e me indignando mais um pouco.

Na última segunda-feira quando sai da loja da minha amiga fui até uma loja de telefonia visitar meu amigo que é locutor. No seu local de trabalho apareceu há alguns dias um cachorro de rua que começou a interagir com ele e as demais pessoas que passavam por ali. Acontece que o cachorro diferentemente apareceu machucado, um de seus olhos estava vermelho e a cabeça com um pequeno corte e isso fez com que ficássemos preocupados.

A primeira coisa que pensei foi em ligar para o Canil, mas não tinha créditos no celular e Deus talvez vendo a nossa preocupação intercedeu. Uma mulher venho até meu amigo e eu dizendo que nas proximidades tinha um cão todo machucado próximo a uma farmácia e que já haviam chamado o canil para recolhê-lo.

Então fui correndo em disparada até onde estava esse cachorro e encontrei duas senhoras preocupadas com o estado do animal, sendo que uma demonstrou grande sensibilidade com o sofrimento do cão que acabou me comovendo de certa forma. Ela havia ligado para o Canil Municipal pedindo que recolhessem o cão e nada deles aparecerem, as pessoas em volta de nós também estavam indignadas e creio que também ligaram para o Canil até que vieram. Acho que ficamos uma hora mais ou menos esperando que chegassem para apanhar o cãozinho.

Enquanto o funcionário do Canil recolhia este cão, interpelei e falei a respeito do outro cachorro que estava próximo a loja de telefonia e o rapaz disse que seu colega já havia recolhido o cachorro. Cheguei a perguntar duas vezes para poder me certificar. Acreditei e voltei para loja em que meu amigo trabalha.

Quando cheguei à loja não avistei o cão e pensei que o mesmo já havia sido recolhido ao Canil, mas em questão de minutos o nosso amigo apareceu e aí percebi que o rapaz havia me dado um migué (mentiu pra mim).

Fui pra casa preocupado com os cães no sentindo de que não sabia como estava sendo tratado o que foi recolhido ao canil e o outro que estava solto e machucado. Contatei uma ONG de proteção aos animais e comentei o ocorrido. Falaram-me que o presidente desta ONG entraria em contato com o responsável pelo Canil e que era para eu ligar para lá solicitando o recolhimento deste cachorro, porém estou receoso com a forma de como vão tratar o cão e as pessoas me comentaram que as condições do canil são péssimas.

Sexta-feira pretendo ir atrás do cão que não foi recolhido para ver como está o seu machucado. Espero encontrá-lo bem. Já entrei no grupo de uma ONG no Facebook e dependendo da situação quero ver se consigo alguém para adotar esse cão.

Os animais merecem carinho e respeito. Eles embora irracionais, tem sentimentos e quando estamos mal são as nossas melhores companhias. Devemos amá-los e respeitá-los.

Abraço a todos!

terça-feira, 21 de maio de 2013

A Inconveniência do meu tio


Ontem foi um dia e tanto para mim. De manhã fiz algumas audiometrias na clínica e depois fui visitar uma amiga que tem loja no centro da cidade. Sobre essa loja, a minha amiga a inaugurou faz um ano e recentemente ela se mudou para um ponto mais central onde terá mais movimento daqui alguns meses.

Como o movimento ainda é fraco tive a idéia de criar uma fan-page no Facebook para a loja onde divulgaria as ofertas da loja. O Facebook tem muitos adeptos e como há aquela máxima de que a divulgação é a alma do negócio resolvi encarar a parada. 

Na verdade se decidi a fazer isso é porque quero ajudar a minha amiga, pois num momento complicado da minha vida ela me ajudou muito quando me chamou para trabalhar como locutor na loja em que era gerente e foi ali que começou a minha história com a locução.

Quando cheguei uma das primeiras coisas que fiz foi passar as fotos para a fan-page da loja e compartilhá-las no meu perfil porque no momento apenas 11 pessoas curtiram a página.

A questão é a seguinte, vocês sabem aquelas pessoas inconvenientes que não tem o mínimo de puder, pois é, tenho um tio assim. Postei umas 20 fotos das roupas que minha amiga vende com o intuito de divulgar a sua loja e aí meu tio aparece e comenta que facebook não é vitrine de loja para ficar colocando um monte de fotos de roupa. Pra falar a verdade nem lembro o que ele disse, mas lembro que foi de uma forma meio acintosa que me indignou muito. A primeira coisa que fiz foi excluí-lo da minha lista de amigos do Facebook porque ele vem extrapolando nas minhas postagens do Facebook.

Esses dias fiz um post no qual reclamava que o Brasil ao invés de se preocupar com a Copa do Mundo e os estádios, deveria se preocupar com a saúde, segurança, educação, etc. O meu tio não concordou comigo. 

Para ele a Copa trará investimentos ao nosso país e visibilidade internacional. Ele não era obrigado a concordar com a minha opinião, mas a forma como se dirigiu foi de um jeito autoritário. Se ele dissesse assim: 
- Respeito a tua opinião, mas penso que...

Você pode discordar de uma pessoa, mas desde que seja de uma forma respeitosa, civilizada e não acintosa.

Enfim, iria me estender mais porque gostaria de abordar sobre outra situação que vivenciei ontem, mas isso vou deixar para o próximo post. Espero estar bem inspirado.

Abraço a todos! 

domingo, 19 de maio de 2013

O Meu domingo e a semana que se inicia


Começo a escrever pensando no título do post. Isso deve ser um daqueles sintomas de TDA (Transtorno de Déficit de Atenção) na qual você inicia algo, mas já está pensando em outra coisa. 

O meu domingo foi tranquilo, calmo e sereno. Fui ao culto e depois na minha mãe. A minha irmã mora com a minha mãe e estava com ela porque depois que minha irmã brigou com a minha madrasta a situação ficou chata e faz um tempo que não visita o nosso pai.

Nem comentei nada a respeito da briga das duas, pois um tempo longe do blog, mas não quero me aprofundar no assunto. O que aconteceu é que minha irmã tem implicância com a esposa do meu pai e por um motivo estupido a ofendeu e por pouco talvez não a agrediu fisicamente. Minha madrasta ainda não esqueceu as ofensas de minha irmã na frente dos seus filhos e de sua mãe com uma já certa idade. Fazer o que? Acho que é mal de família paterna, se bem que no meu caso só me irrito quando me agridem verbalmente, daí eu viro uma fera.

Minha irmã e eu brigamos feio e eu já a perdoei, só que, entretanto não dou mais a mesma confiança de outrora. Tento tratá-la com respeito que nem hoje enquanto almoçávamos me permiti fazer algumas piadas sobre o que estávamos falando na mesa para descontrair. O clima estava bom, mas sabem como é, tento ficar na minha.

Essa semana vai ser importante por duas coisas: primeiro que vou fazer audiometria em três dias da semana e com isso ganharei um valor a mais pelo tempo desprendido na clínica; segundo que talvez até o final da semana possa perceber o efeito do floral que estou tomando.

Enquanto a consulta com o psicológo está marcada para a segunda semana de junho vou sendo forte, sigo caminhando e me esforçando para não cair. Tenho fé de que irei melhorar.

Que esta semana possa ser repleta de bençãos e alegrias para todos nós.

Abraço a todos!

sábado, 18 de maio de 2013

Fadiga Criativa e o Floral


Minha vida não mudou muito não. Sigo na luta como sempre e preciso encontrar as palavras certas para escrever porque encontro-me num processo de fadiga criativa que quer dizer que estou tendo dificuldades para escrever.

Faz alguns dias que estou longe, mas já vim várias até o blog para tentar criar alguma postagem e até cheguei a escrever um post que publiquei, porém depois que eu reli o que havia escrito decidi apagar, pois estava um tanto confuso para mim e até para quem lesse com certeza encontraria uma certa dificuldade devido a pequenos erros gramaticais e de concordância.

Queria voltar a ter aquele ímpeto, aquela vontade até porque não devo só contar coisas ruins, mas sim coisas boas também.

Então vamos ao que interessa. Voltei a fazer o uso de floral e agora pretendo continuar sem interromper esse tratamento que estou fazendo por conta.

Já o meu tratamento no Caps a situação é um tanto complicada porque o que tenho não é depressão, é algo bem leve. O doutor até me deu o nome do termo que tem se usado no lugar de distimia atualmente, mas enfim continuarei usando esse termo.

Daqui a um mês consultarei com o psicólogo e nesse meio tempo quero observar a reação do meu organismo ao floral que estou usando.
Eu preciso continuar nessa batalha, sem desistir jamais. Espero que esse "bloqueio" desapareça logo.

Abraço a todos!

terça-feira, 7 de maio de 2013

Mudanças e os três "efes"


O que vou escrever pode soar como um alarme falso no sentido de que foram muitas as vezes que enxerguei uma luz no fim do túnel acreditando que a minha vida fosse melhorar no campo profissional e emocional.

Não posso prometer, mas posso tentar porque assim poderei dizer que a minha parte eu fiz. 

Nestes dias tenho pensado muito, durante as caminhadas diárias que faço a respeito da vida, de como estou me sentindo e cheguei à conclusão de que a tristeza e a amargura me consumiam e que precisava mudar isso, mudar a minha forma de pensar e de ver a vida.

Quero acreditar que precise passar por determinadas experiências para dar valor ao que tenho.

Preciso esquecer que sou um rapaz solitário com poucos amigos (que valem por muitos), que nunca namorou e que anseia em encontrar um grande amor.

Ultimamente tenho tentado rir mais. Tenho um amigo que trabalha fazendo locução e animação para uma loja de telefonia celular e lá o observo e até interajo com ele fazendo imitações. De noite, geralmente fico fazendo companhia para o meu pai e depois quando ele vai dormir vou para o quarto, ligo o notebook, acesso o Facebook e entro no Youtube para assistir vídeos engraçados.

Uma coisa que preciso mudar é o horário de dormir porque acabo ficando até uma hora da manhã no Facebook. Casualmente liguei o notebook pra gravar um cd músicas que o meu pai havia pedido e de quebra acessei meus emails e por fim o blog.

Acho que precisamos tentar, fazer a nossa parte. Minha amiga que tem loja no centro tem uma filha que sofre de depressão. Ela já levou a filha para vários profissionais, pagou tratamentos e atualmente a encaminhou para o Caps. Sei que não posso julgar uma pessoa depressiva porque só quem tem a depressão sabe pelo que passa, mas vejo que a filha desta minha amiga não se esforça, não colabora. A mãe dela montou uma loja na esperança de que a filha fosse trabalhar com ela até para evitar gastos contratando uma funcionária. E agora minha amiga que cuida sozinha da loja precisou contratar uma vendedora para ajudá-la e também para não ter que ficar sozinha na loja.

Olhando este caso eu digo que devemos fazer a nossa parte, ou seja, se você está se tratando com um psicólogo/psiquiatra é preciso dar 50% de você que os outros 50% o terapeuta que irá dar. Isso é assim em qualquer área da saúde.

Durante meus atendimentos enfatizava que de nada iria adiantar fazer os exercícios da terapia na clínica se o paciente não os realizava em casa.

Lembro-me de um paciente que atendi, ele tinha 70 anos mais ou menos e apresentava uma disfonia organufuncional que é uma lesão benigna originada da sobrecarga do aparelho fonador (que produz sons). 

As pregas vocais dele estavam um pouco afastadas fazendo com que o mesmo tivesse uma voz rouca e soprosa e o que trabalhei com ele foram exercícios que visassem a aproximar as pregas vocais. Esse senhor não os fazia em casa até que precisei ter uma conversa séria no sentido de alertá-lo para que realizasse os exercícios em casa também. A melhora deste paciente foi incrível, sua voz estava mais firme e não demonstrava mais fragilidade.

Acabei me estendo um pouco, eu sei, mas usei este exemplo para ilustrar que precisamos fazer a nossa parte e que não podemos esperar que os outros façam tudo por nós.

Voltando a falar da filha da minha amiga, eu queria ter tido todas as oportunidades que ela teve de tratamento porque não basta dizer "eu quero sair da depressão". Você tem que fazer por onde, ir pra terapia, conversar com o psicólogo/psiquiatra e ter a disposição de querer mudar.

É preciso ter foco, força e fé. Estes são os três "efes" que estou tentando adotar na minha vida.

Abraço a todos!