sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz 2012


O ano de 2011 está terminando, muitos acontecimentos, fatos que marcaram. Cada um de nós viveu momentos de alegria e de tristeza. Para muitos foi ano difícil e para outros nem tanto.

Não escreverei sobre tristezas e sentimentos ruins, mas sim de esperança no amanhã, esperança de que 2012 possa ser um ano repleto de prosperidade, paz e muitas, mas muitas alegrias.

A esperança é um sentimento que todos nós temos. Precisamos crer e acreditar que podemos ir mais além.

Eu quero e vou superar as cadeiras que ainda restam para terminar o curso e assim me formar, quero também, quem sabe, conhecer alguém e namorar.

Enfim, não tenho muito o que escrever a não desejar mais uma vez à todos um Feliz Ano Novo e como diz a música "...que tudo se realize no ano que vai nascer. Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender".

Abraço a todos!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Preciso controlar a ansiedade

Tenho observado situações na clínica que dizem respeito à forma como atendo os pacientes e como penso cada caso. Percebi que sofro de ansiedade porque quando vou avaliar a fala de um paciente, acabo "atropelando-o", ou seja, eu não respeito os turnos de fala. Isso na nossa área se chama pragmática.

Procuro fazer o melhor sempre respeitando minhas limitações, mas a ansiedade toma conta de mim, fico nervoso e começo a suar. Minha professora chamou minha atenção a respeito disso e agora tentarei me policiar mais para deixar que o paciente fale mesmo que demore para falar a palavra esperada.

De tarde meu colega atendeu um rapaz de 29 anos com queixa de gagueira, um caso complicado, visto que o paciente é bastante inseguro e apresenta fobia social devido ao seu problema.

Ao entrar no consultório o rapaz falou algo do tipo: "Báh, vem mais gente". O cumprimentei e disse para ficar tranquilo que o nosso papel era ajudá-lo. Procurei passar segurança, tentei deixá-lo à vontade. Depois venho as minhas duas colegas e a professora e com isso o rapaz embora tentasse não demonstrar estava bastante nervoso. Minha professora pediu que saíssemos os três ficando na sala somente ela e o outro colega que atende o paciente.

Vendo esta situação pensei o quão difícil é ter que expor o seu problema diante de tantas pessoas. Me lembrei do estágio no qual tinha vergonha das minhas colegas, pois estas são bem inteligentes e têm mais facilidade para pensar cada caso clínico.

Embora as minhas colegas daquele estágio fossem legais, não tinha como não ficar com vergonha, pois me vejo como uma pessoa bastante insegura, tanto que no próximo semestre precisarei trabalhar essa questão.

Penso que ansiedade precisa ser controlada de minha parte, pois só assim melhorarei meus atendimentos e estando mais calmo acabarei passando confiança para os pacientes que atendo.

Abraço a Todos!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Vendo alguns erros e buscando reaproximação com o meu pai

Isso que dividirei é algo muito pessoal, mas trata-se sobre a minha luta para melhorar e evoluir como pessoa. Abaixo segue o último e-mail que enviei para o meu pai.

          Pai: 
Os últimos dias têm sido de reflexão para mim. Pensando em tudo o que aconteceu até aqui nestes últimos meses vejo que causei muitas preocupações e incômodos. Penso também que me afastei muito de ti.

Faz tempo que não sento com senhor para conversar, olhar os jogos do Inter (não sei mais o que é isso), fumar arguila.

Tenho passado a maior parte do tempo na faculdade e até reconheço que algumas coisas como elaborar terapias, fechar avaliações de pacientes poderia perfeitamente fazer em casa.

Na minha visão, perdi o controle de tudo e se o culpei por algo, hoje vejo muito que bem que eu tenho a minha culpa sim.

Preciso voltar às boas contigo e sei que para isso preciso provar muito ainda e por isso lhe peço me ajude! Estou de coração aberto lhe pedindo ajuda, não financeira (já fazes muito por mim), mas como pai.

Tenho conversado com algumas pessoas como o João e o Pedro. O João é um rapaz do bem, boa cabeça, espiritualmente vem me ajudando muito e o Pedro tem me aconselhado e no que diz respeito a minha postura como filho. Ele mesmo disse:

- Cara, tu é um cara super gente boa, esperto, mas pensa que para o teu pai não deve ser nada fácil ter um filho cheio de problemas.

O Pedro não falou isso no sentido de ofender, mas sim para mostrar o seu lado pai.

Sou imaturo para muitas coisas e para outras acredito que tenha conseguido amadurecer.

Minha cabeça, a forma de pensar não é a mesma como há alguns meses atrás. Consegui rever vários fatores na minha vida como a rejeição ao curso de fonoaudiologia.

Como o senhor bem sabe, tinha muita aversão a este curso e várias vezes discutimos por causa disso, mas no entanto vejo que hoje me sinto bem ao pisar na Clínica Escola de Fonoaudiologia, atender meus pacientes, almoçar com as professoras e colegas e etc.

Você não sabe, mas naquelas semanas em que fiquei no ócio por ter trancado a faculdade senti muitas saudades, inclusive de pegar o ônibus todo dia de manhã cedo para ir pra faculdade.

Pai só para senhor ter uma idéia, pela manhã na sala de reuniões da clínica minha colega fez um agradecimento para as professoras e ouvindo aquilo também resolvi falar agradecendo-as por nunca deixarem de acreditar na nossa capacidade e por nos darem força. E se continuei no curso foi pelo apoio que recebi não só de você, mas como também de todas as professoras.

Sobre as cadeiras que reprovei posso concordar que não é fácil todo mês ter que juntar dinheiro para pagar minha faculdade, mas entretanto quero deixar claro que se reprovei não foi por espontânea vontade, mas sim por estar desmotivado. A Letícia me falou certa vez que quando estamos desmotivados não conseguimos render de jeito nenhum. Eu acredito nisso.

Vou expor o que sinto. Todo dia preciso lutar para que a tristeza e a apatia não se abatam sobre mim e isso não é nada fácil. Cada um de nós tem as suas lutas, as suas batalhas que precisam ser vencidas. É preciso ter maturidade e atitude. É isso que tento buscar

Tenho muito que aprender e muito o que melhorar como pessoa. Não adianta me portar desta forma que nenhuma mulher irá se relacionar comigo. Me interesso por uma colega, mas a diferença é que enquanto ela é uma “menina pra frente”, eu sou lerdo de mais. Quem irá querer algo comigo?

Preciso aprender a caminhar, preciso evoluir.

Sobre o seu e-mail, li e reli. Confesso que inicialmente discordei de algumas partes, porém refletindo bem percebi que tens razão e que se faz isso é porque se preocupa muito comigo.

Precisamos conversar e eu não sei como me aproximar. Sei que talvez tenhas esperado um abraço no dia 16/12. Me frustrei bastante por não ter o cumprimentado como tinha de ser. A minha preocupação era: como será que meu pai irá reagir? Por isso resolvi ficar na minha embora me remoesse por dentro.

Temos muito o que falar e sei que preciso pedir desculpas, ou melhor perdão pelas minhas atitudes. Ouvir o que tenho que ouvir e expor o que sinto.

Com um abraço!
Como podem ver, abri o meu coração e humildemente reconheci minhas falhas. Quem acompanha o blog, sabe muito bem sobre os meus problemas e minhas lutas.

Apesar de tudo tento batalhar para melhorar e se Deus quiser as coisas irão melhorar. Ah, meu pai respondeu o e-mail dizendo que achou muito sensato o que escrevi, mas mesmo assim pediu que me dedicasse bastante ao intensivo e que sua aposentadoria é insuficiente para pagar minha mensalidade, solicitou que deixasse os meus passeios para quando estiver aprovado nas disciplinas.

Penso que isso é um começo e apesar de ser uma pessoa difícil, preciso reconhecer que para o meu pai não nada fácil ter que juntar quase dois mil reais por mês só para pagar minha faculdade. Por isso me empanherei para ir bem neste intensivo, claro, respeitando as minhas limitações.

Abraço a todos!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Preciso voltar às boas com o meu pai

Estou há quase três semanas sem falar com o meu pai devido aquele desentendimento que tivemos e que comentei em alguns posts.

Na verdade, não concordo com as atitudes dele e como li na carta que minha madrasta escreveu pra mim, o meu pai com 58 anos não vai mudar mais.

Então é mais fácil eu mudar embora seja complicado isso.

Ontem à tarde quando saia da faculdade comecei a pensar em muitas coisas e vi que realmente havia me tornado um péssimo filho porque há tempos não dou mais atenção para o meu pai, tenho passado o dia na universidade quando poderia estar fazendo o que tenho de atividades dos pacientes em casa.

Há tempos que não sento com ele no sofá da sala para olhar tevê, conversar sobre futebol, outras coisas e fumar narguile. Eu me afastei dele!

Meu pai não é nada fácil, o seu temperamento autoritário é complicado de lidar e às vezes, dependendo torna-se insuportável, mas e eu o que posso dizer de mim? Tudo o que sei é que sou imaturo e tenho inúmeros defeitos.

E o pior de tudo é que não o cumprimentei pelo seu aniversário, pois estava receoso da forma como iria receber os meus cumprimentos e foi então que mandei um e-mail falando das minhas falhas, dificuldades e de quebra o cumprimentei pela data. Não tinha como ser diferente.

Ele respondeu meu e-mail e sua resposta soou agressiva, mas pude compreender e espero estar certo que o meu pai também está sofrendo com isso porque pra ele não é fácil ter um filho problemático.

Falhei bastante com ele este ano e não sei como conversar com ele, como me fazer entender. Penso que ele será ríspido comigo e por isso não tomei a iniciativa de me aproximar.

Tenho medo, sou um covarde, cagão, que tem medo das pessoas, mas acima de tudo tem medo do pai.

O que fazer eu não sei. O natal está chegando e a única coisa que eu sei é que preciso fazer as pazes com ele, mas como devo proceder? Pensei e ensaiei ontem o que falaria pra ele, mas falta-me coragem, o receio me ronda. Vou ter que dar um jeito de burlar isso.

Busco forças

O que é ser forte? Para alguns ser forte é ter músculos e para outros é ter ânimo, vontade e determinação para vencer, esta é a palavra que quero usar: vencer.

Todos buscam a vitória, é como se você estivesse nunca corrida de Formula 1 competindo com outros pilotos e disputando para chegar em primeiro lugar.

No sentido figurado lembro-me de algumas histórias do Ayrton Senna, das vezes em que largava em último e ia passando por cada adversário até conseguir ficar em primeiro.

A vida é assim, precisamos correr para chegar em primeiro sempre, mas nem sempre é fácil ultrapassar os nossos adversários que são: a tristeza, amargura, melancolia e depressão que na verdade reúne os três sentimentos que escrevi antes e engloba outras sensações que perturbam.

Penso que sou fraco, muito fraco no sentido de não saber me impor, de não saber mostrar que sou homem de verdade. Acredito que tudo isso seja reflexo da minha imaturidade.

Fazendo um contraponto lembro ter passado por situações nas quais tive que mostrar muita força. Seria eu um forte-fraco (isso que escrevo pode soar como bobagem). Acho que sim.

Queria ter respostas para tantas perguntas, mas infelizmente quando nascemos o manual de instruções não vem junto. Imaginem como seria bom se soubéssemos de tudo, se tivéssemos as respostas para tantas indagações.

Por outro lado a graça de tudo talvez seja não saber de nada e que tudo deve ser descoberto ao seu tempo.

Ser forte é ter coragem e capacidade para aceitar desafios, se aceitar também, parando de se auto menosprezar, é impor respeito.

Tento encontrar forças em mim para continuar lutando. Busco a vitória que é a única coisa que interessa.

Preciso ser forte.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Insegurança

A insegurança é uma sensação ruim que interfere bastante na vida das pessoas, seja para tomar atitudes ou tomar decisões.

Sempre fui inseguro em relação a mim mesmo, o medo de enfrentar determinadas situações sempre me corroía e eu que sou um rapaz de 24 anos, ainda não consigo ter coragem para muita coisa.

Como vocês sabem, há muito tempo venho lutando contra a tristeza e para não cair em depressão. Esta luta não é nada fácil, mas comparada a outras situações de pessoas que lutam pela vida, pela sobrevivência, isso não é nada até porque para nós o nosso problema sempre será maior que o dos outros.

Bem, o medo me acompanha desde cedo, seja para lidar com o meu pai, lidar com os pacientes na clínica ou com as professoras que exercem uma pressão enorme em cima de nós, no que se refere aos pacientes.

Hoje por exemplo passei por uma situação. Durante a triagem de uma paciente na qual minhas colegas observaram o nervosismo e a insegurança ficaram bem aparente e isso não é nada bom. Não podemos passar esse sentimento para o paciente, muito pelo contrário, temos que mostrar convicção e segurança. É assim com qualquer profissional porque ninguém irá se tratar com alguém inseguro.

Antes da triagem olhei o nome da pessoa que deveria chamar e preparei a ficha em que anoto as informações referentes ao problema e histórico clínico do indivíduo. Fui até a recepção e ao invés de chamar "Adriana" eu chamei "Adriano". Ninguém falou nada e enquanto eu conduzia esta pessoa que estava acompanhada pelo seu marido, o meu nervosismo só aumentava.

Conduzi o casal até o consultório e comecei pegando os dados de identificação e aí depois fui entender que a pessoa que estava buscando atendimento não era o homem, mas sim a sua esposa que foi encaminhada pelo dentista até a clínica de fonoaudiologia da universidade.

Na triagem fiz perguntas corriqueiras que sempre realizamos na clínica, mas chegou um momento que nem sabia mais o que perguntar e como proceder. Então perguntei para as minhas colegas se não queriam perguntar nada e as duas que me acompanhavam na triagem fizeram mais uns questionamentos enquanto que eu tentava me acalmar.

Depois desta triagem fiquei sozinho com as gurias e elas disseram que sou bastante inseguro que preciso confiar mais em mim, assumir atitudes e não ter medo de errar e sobre minha postura corporal, também falaram que preciso andar reto erguer a cabeça.

Realmente fui obrigado a concordar com elas, a minha atitude não era e não é as das mais corretas, tenho que mudar isso e parar também de ficar me desculpando por tudo. Eu peço desculpas antes de errar!

Penso que se continuasse o tratamento com o psicólogo, quem sabe não estaria diferente, mais seguro de mim mesmo e com mais coragem para enfrentar os problemas e as situações.

Essa insegurança incomoda bastante e para mim ainda é complicado ter de enfrentá-la. Ainda nem conversei com o meu pai só pra citar um exemplo.

Bem, vou ficando por aqui, pois tenho muito que fazer. Tenho que responder cinco perguntas de otoneuro e fechar ou tentar pelo menos fechar dois laudos de processamento auditivo. Minha cabeça está a mil!!!

Abraço a todos!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Tristezas e Preocupações

Começo a semana me sentindo triste e isso não é porque o ano está acabando, mas sim pelas dificuldades que estão me vencendo e por situações familiares que me abatem mais ainda. Estou triste e muito, mas muito preocupado.

Nesta é época do ano é natural às pessoas se deprimirem, seja por não terem com quem passar no natal e ano novo, seja porque sente saudades de entes queridos que hoje não estão aqui, seja por dificuldades no estudo...

São tantas coisas, mas precisava desabafar, já que aqui coloco pra fora enquanto não volto a consultar com o psicólogo.

Sábado estava bem animicamente ainda mais que do lado da loja em que trabalho tem uma vendedora de quem estou afim e não sei se ela está na minha. Ela é muito bonita e se chama Claúdia.

Durante às vezes em ela passou na loja procurei ensaiar mentalmente algo para lhe dizer, porém devido à timidez e as outras pessoas que estavam por perto não tinha como.

Num outro momento ela foi experimentar um vestido que queria comprar e enquanto conversava com a outra vendedora sobre o que achava, passei pela Claúdia e disse que o vestido havia caído bem nela.

Por enquanto não tive a oportunidade de me aproximar, mas penso que não me frustrarei caso leve um fora.

E digo uma coisa: se continuo naquela loja é mais por causa dela, pois não desejo mais trabalhar lá e também pelos trocados, embora seja uma merreca R$ 40,00 para ficar levando e buscando mercadoria e cuidando da loja, mas para muitas pessoas quarenta reais é dinheiro. Portanto devo valorizar isso.

À tarde de sábado passou depressa e assim que fechamos a loja fui para o colégio me encontrar com o grupo de jovens da igreja. Cheguei uma hora de atraso devido ao horário de fechamento da loja, pois como estamos quase no natal o comercio demora mais para fechar as lojas.

Chegando no colégio fui muito bem recebido pelo pastor e o grupo, ficamos uma hora conversando e depois fui pra casa da minha mãe.

Ao abraçar minha mãe, ela olhou fixamente para mim e disse que estava muito preocupada com o meu tio que está com Câncer no fígado. Ele tinha um dreno por onde tinha que sair um líquido, mas esse líquido parou de sair. É algo que não sei explicar direito, só sei que minha mãe está bastante abatida com a situação do meu tio.

Conversando com ela procuro passar otimismo, penso que enquanto houver sol, enquanto houver vida, há de haver esperança. Eu acredito até o fim.

Jantamos ela minha irmã e sua colega de faculdade e eu. Minha irmã e esta colega foram para uma festa de final de curso e eu fiquei com a minha mãe em casa.

Olhar dela demonstrava tristeza e abatimento. Sugeri que rezássemos pelo meu tio. Ela como é católica tem suas rezas e crenças e eu sou evangélico. Minha mãe disse que não sabia como fazer e eu disse:

- Mãe, apenas converse com Deus, seja sincera e peça de coração.

Então resolvi juntar as mãos de minha mãe com as minhas e eu fiz a oração pedindo pela saúde do meu tio. Minha mãe ao ouvir minha prece ficou impressionada e disse que Deus iria me ajudar a passar pelas situações difíceis da vida.

Domingo ao retornar pra casa tudo permaneceu na mesma, meu pai não venho falar comigo e eu muito menos com ele até porque no meu julgamento quem agiu errado foi ele e não eu. Me senti um fantoche, um lixo naquele domingo.

E hoje as coisas não foram nada fáceis também. É só lamuria hoje. Fiquei acordado até às três e meia da manhã fazendo laudos dos pacientes que no final ficaram confusos para a minha professora e agora terei que rever algumas coisas. Já estava me sentindo triste.

De tarde teve estágio de audio ocupacional e depois deste estágio, a prova de otoneuro que tentei estudar, mas não consegui. Minha cabeça está voltada para os problemas de relacionamento com o meu pai, a depressão da minha mãe por causa da doença do meu tio.

Então calculem como estou me sentindo. Fiz a prova e acho que não passei e pior é que amanhã ficarei sabendo a resposta e terei a devolutiva dos estágios dada pelas professoras.

O que irá acontecer? Não sei. Amanhã tem amigo secreto e nem estou animado pra isso.

Desculpem as lamurias

Abraços!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Me Senti um Lixo

Este post escrevi ontem a tarde e estou postando às 08h:38m desta segunda-feira
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Há momentos na vida em que você se sente um nada, um lixo. Sem saber o que fazer, sem poder se defender enfim. Cada um de nós passa por situações e comigo não é diferente. Hoje (domingo) passei por uma situação que reforçou ainda mais isso.

Acho que tudo começou ontem à noite ao chegar em casa. É uma história um pouco longa, tentarei resumi-la. O pastor da minha igreja me convidou e mais uns jovens da mesma faixa etária que a minha para montarmos um grupo que visasse em colaborar com a igreja, mas também serviria para nos reunirmos e jogar conversa fora.

O primeiro encontro acabei faltando por questão de horários e o outro acabei indo e foi bem legal. Passada duas semanas, fui para o encontro na escola, mas não consegui entrar, chamei o pastor e nada.

Semana passada ao sair do culto minha amiga que participa do grupo junto com o seu namorado me chamou. Conversamos e expliquei pra porque tinha faltado na semana anterior. Ela então falou da visita que faríamos para o Lar de Padilha mantido pela mantenedora do colégio que estudei e igreja. Neste lar a crianças abandonadas, maltratadas e abusadas e o objetivo desta visita era conhecer o local, pois o nosso grupo iria colaborar pra angariar fundos para este lar.

Bem, ontem tive curso na faculdade das 08h30min até às 16h30min. Terminado este curso, fui a pé até a igreja e isso dá mais ou menos uma hora caminhando. Nem lembro que horas eram quando cheguei, mas ainda era cedo. Resolvi ir a uma padaria comer alguma coisa e depois retornei. Sentei num muro baixo, abri minha mochila e peguei o livro sobre terapia fonoaudiológica para casos de desvios fonológicos e comecei a estudar.

As horas se passaram e eu comecei a caminhar até a outra entrada do colégio e nada, não tinha ninguém a minha espera. Retornei para o mesmo local e fiquei até às 20h40min.

Essa espera estava me irritando ao mesmo tempo em que me deixava mais chateado ainda. Pensei em ligar para minha amiga, mas ao abrir a carteira não encontro o cartão telefônico para poder ir ao orelhão e ligar pra ela.

Então resolvi ir embora e fui a pé para o centro levando mais ou menos uns 40 minutos e depois para casa aonde levei mais 30 minutos. E tudo isso para não gastar os R$ 20,00 que meu pai tinha me dado.

Cheguei “podre” em casa. Cumprimentei a todos e meu pai perguntou como tinha sido o encontro e eu retruquei que não houve encontro porque fiquei esperando pelo pessoal e nada e aí ele começou a falar que eu tinha dito a ele no dia anterior que ligaria para minha amiga, fato que neguei, pois não lembrava de ter dito isso a ele; que eu tinha que ser mais responsável e honrar os meus compromissos porque se não as pessoas se afastariam de mim e por aí vai...

Tomei minha água, subi para o quarto e em seguida liguei o computador, chequei e-mails, acessei o Facebook e li o status da minha prima no qual dizia que a situação estava difícil e que pedia forças pra Deus para superar tudo. Ela se referia ao meu tio que está com câncer, nem quero comentar muito, mas fiquei triste, porém enquanto houver sol, houver vida é preciso acreditar que as coisas podem melhorar. Deixei um comentário passando força para esta prima e desliguei o computador.

Estava “baqueado” pela situação do meu tio e também por ter ouvindo aquelas coisas do meu pai.

Agora eu digo, a gente afasta as pessoas de nós se formos mesquinhos, egocêntricos, se não tivermos a humildade de aceitar as diferenças do próximo. É isso que acontece.

Me estendi demais, sei e até peço desculpas, mas preciso desabafar porque tem mais coisa aí.

Hoje de manhã acordei pelas 09h00min e minha madrasta perguntou se queria uma carona até minha mãe. Do jeito que falou pensei que ela que me levaria, mas não.

Coloquei minha roupa e neste meio tempo meu pai buzinava para me apressar e eu neste momento passava gel no cabelo. Fazendo um parêntese, apesar de reclamar de minha aparência considero-me vaidoso e um grave defeito que tenho é ficar vários minutos ajeitando o cabelo com gel até ficar como quero.

Minha madrasta foi até a cozinha e disse para me apressar porque meu pai queria que eu palpasse duas passagens, mas falei que tinha que arrumar o meu material e que iria comer algo antes de sair.

Já estava percebendo o nervosismo e disse que se era para me estressar preferiria ir de ônibus, nem que fosse a pé até o centro e depois pegasse um até a casa de minha mãe.

Então meu da cozinha gritou que era descer junto, mas eu nem estava pronto e eu falei que não desceria naquele momento e ele me ordenou dizendo que não era pra falar nada e que quem mandava em mim era ele.

Ouvindo aquilo me senti um lixo, tenho 24 anos, acho que não precisaria ouvir aquilo.

Ele subiu até o meu quarto “me intimou”, penso que se eu respondesse pra ele, com certeza acabaria me agredindo.

Desci as escadas e ele atrás de mim; vi a porta da cozinha aberta e sai correndo em disparada para o campo de futebol da minha esquina e me escondi.

Não! Eu não iria andar de carro com ele daquele jeito e ainda por cima tendo que ouvir um monte de absurdos.

Voltei pra casa e falei com a mãe da minha madrasta, disse para ela que meu pai é uma pessoa totalmente desequilibrada, que precisa se tratar, que todo mundo tem medo dele e que se ousasse a me bater iria denunciá-lo na delegacia.

Falei tudo isso e sai.

Cheguei na minha mãe e quando a abracei ela começou a chorar e eu também. Ela chorava pelo meu tio e eu pelo ocorrido com o meu pai. Estou triste pelo meu tio, mas enquanto houver esperança acreditarei até o fim.

Chorei bastante e pensei no dia em que meu pai morrer o que ele deixará para mim. Não adianta deixar bens materiais mesmo que seja importante, mas o que importante numa pessoa é o fato de ser boa. No caso de um pai, ele precisa ser amigo dos seus filhos e não aquele que só dá ordens e cobra.

Nestas horas lembro-me do Eraldo, do jeito que me abraçava e apertava minha mãe, dos momentos em que sentava comigo e oferecia uma cerveja, ou da vez em que foi até minha casa com sua esposa e filhos e ficou me olhando de um jeito como se estivesse preocupado comigo. Ele mesmo dizia que eu era novo demais para ser uma pessoa triste. Saudades de você Campeão!

E aí penso no meu pai. Pra mim ele está mais para general do que para pai. E outra coisa se ele diz que afasto as pessoas por não honrar compromissos o que pode ser dito dele? Ele com a sua atitude de querer saber mais do que os outros, de sempre se achar com razão faz com que as pessoas também se afastem dele.

Não sei o que pode acontecer, mas se ele inventar de me agredir irei procurar a ex-mulher dele e aí ele vai ver o que é bom pra tosse. Procuro ser uma pessoa boa, educada, mas tem coisas que não posso tolerar como ser tratado como uma criança de 10 anos apesar de ainda ser imaturo para muitas coisas.

A ex-dele também é advogada e se ele fizer algo, entrarei com um processo contra ele para que me pague pensão até consegui um emprego.

Vamos ver o que acontece. Tenho duas semanas ainda, duas semanas difíceis. As professoras disseram pra mim que está bem difícil para eu passar nos estágios, mas, contudo tenho duas semanas. Não posso deixar que essas brigas, esses incômodos atrapalhem o meu rendimento. Preciso levantar minha cabeça.

Abraços!