quinta-feira, 27 de junho de 2013

Entreguei minha vida para Deus

Durante uma fase da minha vida quase cheguei a me tornar Ateu. Antes de qualquer coisa quero deixar claro que respeito às crenças de cada um. Tenho um amigo Ateu e nem por isso fico pressionando para que ele acredite em Deus, assim como também não me critica por ser cristão.

Um amigo que gostava muito faleceu, já fiz inúmeras postagens a respeito dele. Apesar de não estar mais aqui ele continua vivo na minha memória e no meu coração. Lembro que tive dificuldade para aceitar a sua morte e cheguei a brigar com Deus por causa disso, mas com o tempo entendi que a missão dele aqui já fora cumprida.

Voltei pra Deus justamente quando fez um ano de falecimento do meu amigo e as palavras que a pastora pregou entraram dentro de mim, era como se Deus estivesse falando para mim. E desde então todo domingo se tornou sagrado, frequento todos os cultos e atualmente faço parte do grupo de canto da igreja e às vezes a pastora pede para que eu leia um texto bíblico no altar.

Muitas coisas aconteceram, tive que enfrentar as dificuldades com o curso de fonoaudiologia, o relacionamento com o meu pai e minha irmã também não foram fáceis. O que mudou hoje é que sou fonoaudiólogo e estou mais centrado em Deus.

Entreguei a minha vida pra Jesus, sei que alguns leitores podem achar ridículo o que estou escrevendo, mas esta semana passei por uma experiência: fui com uns amigos a uma igreja evangélica.

Sempre ridicularizava as igrejas pentecostais e às vezes imito o jeito de falar dos pastores de Universal, mas de brincadeirinha, pois bem, recebi o convite de um conhecido de um amigo meu e fui convidado, sem ser obrigado.

Chegando à igreja o pastor venho até mim, se apresentou e conforme chegavam às pessoas ele ia aprontando os detalhes para o culto. Ele disse que era para eu não estranhar muito por causa dos gritos das pessoas.

O culto era de preces, o pastor fez umas leituras bíblicas e depois começou as orações. Eu estava resistindo e apenas rezava mentalmente até que comecei a falar, me ajoelhei e comecei a chorar. Depois venho um conhecido que pegou na minha mão e no meu braço e fez uma prece pra mim.

Olha, o que posso dizer é que me senti pleno e muito bem. Amanhã irei de novo.

Procurarei frequentar a igreja luterana da qual congrego e a evangélica.

Acredito muito em Deus. Ele faz a diferença, mas para isso precisamos chegar até ele, buscar o caminho e é isso que estou fazendo. Deixo minha vida no comando de Deus. Como na oração que Jesus Cristo ensinou: “... que seja feita a tua vontade".

Enfim, continuarei lutando e creio que logo, logo minha vida vai mudar. Tenho fé.

Abraço a todos! 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Decisão certa? Só o tempo irá dizer

Consegui um emprego mais precisamente no interior de Santa Catarina, a 600 km de distância da cidade em que resido. Peguei o ônibus e sozinho fui para um lugar totalmente desconhecido.

Não me fixarei em detalhes porque se não vou longe. Vocês provavelmente vão pensar: Porque ele tomou essa decisão? Ainda vou chegar lá.

Há momentos que nos deixamos levar por impulsos, ou melhor, dizendo pela razão. A proposta de emprego era para eu atuar com audiologia ocupacional e o salário inicial seria de R$ 2.000,00. Fiquei tentado com a proposta e não pensei duas vezes, comprei as passagens e fui para o estado de Santa Catarina.

Ao chegar numa cidade de 40.000 habitantes no estado catarinense, conheci a clínica de fonoaudiologia que iria trabalhar, os funcionários e os donos.

Fui muito bem recebido. Primeiramente conversei com a dona da clínica, muito simpática disse que foi Deus que me colocou lá, que estava preocupada porque na clínica dela todos são cristãos e que estava perdendo uma fonoaudióloga de confiança para uma cidade vizinha e me explicou mais ou menos como funcionavam os procedimentos na clínica.

Fiquei empolgado com a nossa conversa. Depois começamos a procurar na internet em sites de imobiliárias imóveis com alugueis acessíveis. Achamos um kitinete e fomos olhá-lo de perto. O espaço era grande com um quarto, cozinha, banheiro e área de serviço.

A dona da clínica pediu que uma de suas funcionárias me levasse para almoçar. Fomos a um restaurante perto do lugar que iria morar. Almoçamos bem e depois retornamos para clínica.

De repente apareceu a fonoaudióloga que estava saindo da clínica. Fui com ela até a sala onde são realizadas as audiometrias ocupacionais e para a minha surpresa os exames tinham que ser preenchidos no computador. A fono me explicou que teria que usar dois programas, o WinAudio e o SOC. Peguei um bloco para anotar todos os detalhes, mas acabei escrevendo "coisa com coisa" estava totalmente perdido e preocupado, pois os procedimentos deles eram bem diferentes dos daqui da minha cidade e proximidades onde realizo audiometrias em que só preciso me preocupar em fazer a audiometria, o laudo, carimbar e entregar uma via para a pessoa e pronto.

Lá precisaria usar uns cinco tipos de carimbos e me ater para os detalhes dos dois programas. Para mim era muita informação e como o novo assusta eu estava apavorado, mas mesmo assim fui tranquilizado pela dona da clínica e pela fono que estava saindo da clínica que nos primeiros meses é assim e que depois eu "pegaria bem a coisa".

Um dos meus maiores problemas é "pegar a coisa". Tenho uma demora, uma latência para entender, captar informações.

Voltando a falar sobre os exames, fui testado. Precisei fazer uma audiometria numa funcionária da clínica e quanto a isso foi tranquilo.

Depois de tudo isso os donos da clínica me levaram até o terminal rodoviário onde peguei o ônibus para ir até a cidade próxima pegar outro ônibus de volta para a minha cidade.

Cheguei à rodoviária pelas 18h00min, faltava uma hora e meia para embarcar no ônibus. Nesse meio tempo me bateu uma tristeza e com ela venho às indagações: Será que conseguirei ficar longe da minha cidade, da família e dos amigos? Meu coração ficou apertado e eu não via a hora de voltar pra casa.

Embarquei no ônibus e diferentemente da ida, conversei muito pouco com quem dividiu o acento comigo. Não via a hora de voltar.

Pelas 04h00min da manhã acordo e vejo que estou na minha cidade, fico feliz e digo: "agora estou em casa". Liguei para o meu pai que me buscou na rodoviária e fomos pra casa. Isso foi num sábado.

No domingo fui ao culto, me despedi dos membros da comunidade evangélica que frequento e fui pra minha mãe.

Pensava comigo: quando é que vou ver minha mãe de novo? Quando cheguei a casa dela fui recebido com um abraço bem apertado. Meu coração estava em pedaços!

Passei o dia lá e durante a tarde minha mãe, irmã e eu nos sentamos na cozinha e conversamos. Procurei analisar tudo e percebi que não aguentaria ficar longe de tudo e que se não desse certo na clínica teria que indenizar à imobiliária, fora os imóveis que teria que me desfazer depois. 

Tomei uma decisão que não sei se foi a mais certa: A de não ir mais embora. Depois de ter decidido parece que o peso do mundo saiu das minhas costas.

Resolvi dormir na minha mãe, liguei para o meu pai a fim de comunicá-lo sobre a decisão que tomei e ele muito gentil disse que isso deveríamos conversar pessoalmente, porém dei uma noção sobre o que havia decidido.

No dia seguinte voltei pra casa e não tinha coragem de conversar com o meu pai, mas mesmo assim fui e peguei ele numa situação sob estresse. Disse que não iria mais embora e ele estupidamente respondeu que se dependesse da vontade dele eu iria, mas isso só não vai acontecer por causa das despesas que ele teria de arcar com um possível insucesso meu. No fundo, no fundo meu pai não queria que eu fosse embora.

Enfim, como escrevi logo acima: se tomei a decisão certa só o tempo irá dizer.


Abraço a todos!

terça-feira, 11 de junho de 2013

A chance de mudar de vida

Desde que me formei comecei a travar uma nova luta, a de conseguir me colocar no mercado de trabalho. 

Iniciei a minha carreira de fonoaudiólogo palestrando com uma colega na universidade que durante seis anos foi à extensão da minha casa; depois iniciei a realizar audiometrias ocupacionais até que fui chamado para trabalhar numa clínica visando à parte terapêutica. Lá trabalhava dois dias por semana e atendia perto de 40 pacientes (20 em cada dia).

Na época que estagiava a minha predileção era trabalhar com terapia ao invés de trabalhar com audiologia, mas as coisas mudam e a gente vai tendo que se adaptar a situação.

Não dei certo porque pequei em algumas coisas como terapeuta, porém percebo que consegui fazer um bom trabalho com certos pacientes e o que mais me deixou feliz foi o reconhecimento destes em relação a mim. Como sempre digo, ter o carinho e o respeito de um paciente é algo que não tem preço.

Outro fator que talvez tenha culminado na minha demissão foi que não estava dando conta da demanda de diversas áreas que chegavam a mim.

Em dois anos de estágio trabalhei com áreas relacionadas à linguagem (no que se refere à troca de sons na fala), gagueira e disfonias (alterações vocais ocasionadas devido ao mau uso da voz). Então ao pegar casos de pessoas afásicas (que sofreram Acidente Vascular Cerebral) e um caso de autismo acabei "me quebrando" porque não sabia bem ao certo o que fazer. Fui atrás de livros, pesquisei sites, mas enfim, não deu certo e talvez não fosse pra ser mesmo.

Voltei a realizar audiometrias para uma colega como freelancer, mas não ganho o que gostaria de ganhar. 

Por exemplo, no inicio fazia audiometria ocupacional uma vez por semana numa clínica. Ficava uma hora lá e ganhava R$ 30,00. No final do mês recebia R$ 90,00. Nesse mês ganhei R$ 300,00 porque fui algumas vezes mais na clínica.

Essa luta não é nada fácil ainda mais para quem está em inicio de carreira.

Ontem recebi um e-mail de uma clínica localizada no interior de Santa Catarina no qual estavam atrás de fonoaudiólogo para atuar na parte de audiometria ocupacional e então respondi o e-mail e logo mais vieram três e-mails que também retornei. A proposta é muito boa para mim. Eles dão treinamento, o salário inicial fica em torno de R$ 2.000,00 e precisaria ter carteira de habilitação.

A pessoa que mandou a proposta foi muito simpática colocando-se a disposição para conseguir lugar para eu ficar e me apresentar pessoas do convívio deles, pois será muito complicado pra mim caso venha fechar com eles porque me afastarei da minha família e das pessoas mais próximas. Será uma mudança brusca na minha vida, terei de aprender a me virar sozinho e sem o meu pai e minha mãe por perto. Precisarei administrar isso. Sou muito sensível, porém pode estar pintando a chance da minha vida de crescer não só pessoalmente como profissionalmente.

Hoje dei a notícia para o meu pai e ele me deu total apoio, inclusive financeiro. Minha mãe ficou triste porque não nos veríamos mais todos os domingos e para matar a saudade só mesmo o telefone. Entretanto ela também me deu apoio.

Já mandei um email para a pessoa comunicando que minha família estava me apoiando na decisão de trabalhar no interior de Santa Catarina e agora estou no aguardo de sua resposta.

Minha cabeça está um nó. Penso no que vai acontecer aqui em casa na minha ausência, preocupo-me com os meus pais e com a situação que viverei se caso for contratado por esta clínica. Não é fácil, mas acho que pode estar aí à chance de melhorar de vida.

Abraço a todos!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Me Desligando do Mundo Cibernético

Acho que minha cabeça não funciona mais como antigamente, o meu cérebro está bastante preguiçoso. Não tenho vontade de escrever e dificilmente consigo fazer um poema. Parece mentira, mas não sei o que está acontecendo.
Acho que é devido ao tempo que fico no Facebook. Se fosse um daqueles evangélicos diria que é coisa do capete porque você esquece tudo o que tem pra fazer e passa o máximo de tempo conectado nesta rede social.
Vou dizer o que acontece comigo: eu posto alguma coisa e fico na expectativa de que alguns venham e curtam o que escrevi e também manifestem a sua opinião a respeito. De certa forma pinta uma frustração quando não ganho aquela curtida. Por isso é que estou pensando seriamente em me "desligar" por alguns dias do Facebook e deixar o computador de lado.
Sinto que estou viciado e isso talvez esteja tirando a minha criatividade. Assim que receber o dinheiro referente as audiometrias que realizei no mês de maio comprarei aquelas revistas de palavras cruzadas de várias páginas onde você se "mata" fazendo.
Poderia contar outras coisas que aconteceram, mas estou sentindo um grande "bloqueio".
Queria voltar a escrever e ter ideias no que se refere a isso.
Enfim, vou me desligar por uns dias do mundo cibernético.

Abraço a todos!