domingo, 22 de julho de 2012

O meu tio descansou

Faz tempo que não escrevo, passei por muitas situações e uma delas é a que ninguém quer passar, ou seja, perder um ente querido. O meu tio há algum tempo vinha lutando contra um câncer (doença maldita) no fígado. Só pra ter uma idéia, quando ele descobriu a doença os médicos deram apenas dois anos de vida e ele conseguiu viver um ano a mais.
Esse meu tio era irmão da minha mãe (ela tem outro que é deficiente auditivo) e nos ajudou muito quando os meus pais se separaram. Ele durante um tempo mandava dinheiro para a minha mãe pra ajudar no nosso sustento e sempre que ela precisava de algo, lá estava o meu tio para socorrer.
Estes últimos dias foram bem críticos, minha tia ligou para minha mãe para que viajasse já que a previsão era de que meu tio não aguentasse muito tempo. Minha mãe é uma história a parte, pois desde que meu tio descobriu esta doença é que ela acabou desenvolvendo uma depressão.
Sabendo da gravidade da situação minha irmã e eu viajamos até a cidade onde moram os meus tios. Quando chegamos ao apartamento deles, a minha mãe nos recebeu e estava chorando, pois haviam ligado do hospital pedindo pela presença da minha tia e das minhas primas e elas seguiram para lá.
Tentamos acalmar a minha mãe e ali percebi que não poderia deixá-la só e que neste momento difícil teria que assumir o meu papel de filho e passar força pra ela.
Uma hora após ter chegado à cidade com minha irmã, a minha tia e as minhas primas chegam e falam o que não queríamos ouvir: "Ele partiu, ele se foi". Muito triste isso.
E foi então que passei a viver uma situação que até então não havia vivenciado: Ver como se procede nestas questões burocráticas (lugar do velório, cemitério, avisar os conhecidos, publicar nota nos jornais).
A minha prima encontrou dificuldades para achar um cemitério, pois praticamente todos estavam lotados, mas conseguiu achar e num lugar verde e bonito como o meu tio gostava.
À tarde vieram o meu pai e minha madrasta, seguimos para o velório e minha irmã disse que deveria estar preparado para ver o estado em que a doença deixou o meu tio.
Peguei a mão da minha mãe e fomos juntos até a capela. Ao ver o corpo do meu tio, minha mãe começou a chorar copiosamente, pegou na mão dele e eu fiz o mesmo. Não sei o que aconteceu, pois sempre tive medo (frescura) de tocar em pessoas mortas, mas quando toquei no meu tio me senti seguro e outra coisa: Eu não tive vontade de chorar, fui bem forte! Depois até acariciei a testa gelada do meu tio. Ele estava muito magro devido ao câncer!
Minha madrasta começou a enfeitar com flores o caixão do meu tio e minha mãe e eu a ajudamos.
Precisei segurar "a barra" porque minha mãe estava desolada e muito abalada. Fiquei o tempo todo do seu lado.
E na despedida precisei conter a minha mãe e emocionado acariciei a testa do meu tio e agradeci por tudo o que ele fez de bom por nós.
Não é porque partiu, mas ele era uma pessoa muito boa, se dava bem com todo mundo e foi um guerreiro que lutou até o fim.
E para quem acredita: De noite enquanto velávamos o meu tio, a minha prima recebeu uma ligação do centro espírita que frequenta. A pessoa que falou com ela disse que meu tio havia sido "resgatado" e que estava no "hospital" sendo cuidado e logo estaria curado.
Quando voltamos para a nossa cidade, minha irmã foi no centro espírita (ela é espírita) e lá eles fizeram uma prece em favor do meu tio e ela teria o visto todo de branco e mais parece que o meu avô teria o recebido.
Se essa coisa de espiritismo é verdade, eu não sei. Saberei apenas no dia em que morrer, mas que seria bonito saber que a vida não acaba aqui e continua num outro plano seria.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Um Ohar Mais Humano

Durante muito tempo me habituei à rotina de acordar todo dia de manhã às 06h30min, me arrumar e pegar dois ônibus para a faculdade e não é só isso, nestes dois últimos anos atuei como estagiário na clínica de fonoaudiologia da universidade atendendo pessoas humildes e sem recursos para pagar um profissional particular.
Como futuro profissional da saúde, digo o seguinte: O curso me tornou mais humano possível, ou seja, peguei diversos casos em que pacientes iam para a terapia e no final desabafavam os seus problemas para mim.
Sem querer invadir a área da psicologia, posso dizer que além de atuar como estagiário de fonoaudiologia, eu acabei usando um pouco da psicologia. Quero deixar bem claro que se chegar uma pessoa com problemas emocionais, fora os que a fono trata, a primeira coisa que faço é encaminhar este paciente para avaliação psicológica.
Mesmo assim penso que como terapeuta é preciso estabelecer um bom vinculo com o paciente, desde que isso fique só no consultório.
Lembro de uma paciente que atendi, ela chegou muito abatida, com quadro de depressão e sem condições para que realizasse a minha terapia. O que foi que eu fiz? Conversei um pouco com ela, falei sobre algumas questões da vida, tentando reforçar o que tinha de bom e a liberei deste atendimento com a promessa de que na próxima sessão esta viria mais disposta e animada.
Há casos e casos. Por tudo o que passei na vida e tudo o que vi nestes 6 anos de curso, procuro olhar as pessoas com um olhar mais humano possível.
O meu papel como profissional da saúde, mais precisamente como fonoaudiólogo será fazer o melhor pelos meus pacientes. É desta forma que pretendo atuar.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Eu venci!

Foram tantas postagens de lamentações, postagens tristes, mas hoje quero compartilhar a alegria porque depois de muita luta consegui vencer, ou seja, estou passado e a partir de agosto poderei atuar como fonoaudiólogo.

Nesta vida nada é fácil, mas quando lutamos e não desistimos, a vitória sempre chega.

Só tenho que agradecer aos amigos que nos seus comentários sempre deram força e esta força serviu de combustível para chegar a aonde cheguei. Muito obrigado! Estou muito feliz!

Hoje a postagem será pequena (rs). Agora é só comemorar e honrar o juramento de fonoaudiologia.

Abraço a todos!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A Última Semana

Quem acompanha este blog, sabe perfeitamente a minha história e a minha luta de como entrei num curso que não gostava e que aprendi a gostar, da dificuldade que tenho para me relacionar com as pessoas, à relação conflituosa que tenho com o meu pai, etc.
Tanto tempo passou e o que mudou foi que não desisti mesmo querendo me dar por vencido, mesmo desacreditado continuei firme e forte e isso se deve a força que sempre recebi dos amigos que postam comentários dando força e coragem para seguir em frente. Sou grato a vocês.
Não poderia deixar de comentar a respeito de um ser especial que foi e está sendo importante para mim que é Deus. Admito que nas dificuldades é que me agarrei nele, mas ele nunca me decepcionou. Obrigado meu Deus por estar ao meu lado.
Esta é a última semana como estudante de fonoaudiologia. A situação ainda é tensa. Semana passada apresentei o meu TCC e tirei 8,5 na banca, um dia antes fiz uma prova na qual precisei tirar uma nota razoável para poder pegar exame. Sentem só o drama.
Amanhã terei este exame para fazer e me preocupo muito, assim também com as devolutivas que os professores irão nos dar sobre o nosso desempenho nos estágios.
Não que eu seja pessimista, mas enquanto não ver as minhas notas nas quais diz "aprovado", não posso me considerar como tal.
Vai ser difícil e por isso peço quem quiser e quem puder torcer por mim serei eternamente grato. Acreditem: Umas simples palavras são capazes de nos fortalecer para superar até as situações mais difíceis.
Abraço a todos e uma abençoada semana!

domingo, 1 de julho de 2012

Bloquiei as postagens anônimas

É impressionante como há pessoas ignorantes, mal educadas, que não tem o senso de respeito. Como escrevi anteriormente sou uma pessoa democrática e que respeita a opinião alheia, mas isso não quer dizer que possa vir um "anônimo" neste espaço e me tripudiar falando palavrões. Vocês que acompanham este espaço sabem perfeitamente o quanto procuro ser respeitoso com todo mundo. Sei que não deveria estar valorizando esta pessoa que escreve coisas absurdas ao meu respeito se nem ao menos me conhece de verdade.

Numa de suas postagens esta pessoa me chama de covarde, ora covarde é aquele que se esconde no anonimato e acha que pode ir ofendendo qualquer um. Se não gosta do que escrevo, se acha que o conteúdo do blog uma porcaria, porque então vem aqui me importunar?

Admito que fiquei irritado porque sou homem o suficiente para assumir o que penso e o que sinto.

Você conseguiu meu amigo me irritar, mas te digo uma coisa meu amigo. Olha pra você, para o seu coração para que tanta amargura. Sinceramente tenho pena de você. Você é uma pessoa pobre, mas pobre de espírito. Pode me rotular do que quiser, mas esta é a verdade. Se você acredita em Deus, não sei e se acredita, procure pensar e analisar o que você faz de bom?

Há pessoas que sentem o prazer de machucar os outros e isto é muito triste. Um dia quando descobrirem que ajudar o próximo mesmo que seja com palavras, perceberão o bem que estão fazendo a si mesmas.

Por isso tomei como liberdade bloquear as postagens anônimas, devido ao nível das mensagens.

Aqueles que mantinham o nível de educação nas suas postagens peço que me desculpem, porém como escrevi no outro post, é preciso haver respeito e acima de tudo: respeitar os sentimentos dos outros.

Então é isso. Queria proferir alguns palavrões porque segundo alguns artigos científicos, falar palavrões ajuda aliviar a tensão e colocar a raiva pra fora, mas já perdi bastante do meu tempo postando sobre uma(s) pessoa(s) que não merece um pingo da minha atenção.