segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Retorno a faculdade, novidades e antidepressivos

Desapareci e não postei mais nada neste último dia. Acho que este blog poderia se chamar: "O muro das lamentações" porque a única coisa que tenho mais feito é reclamar, reclamar e reclamar. O mau humor, a tristeza, a falta de vontade, de motivação me acompanham diariamente.

Percebo que acontecem várias situações no meu dia à dia, só que há algum tempo venho tendo certa dificuldade para expressar o que se passa comigo. É momento, só pode.

Aqui é o meu divã, lugar a onde desabafo e busco consolo nas palavras amigas daqueles que vem aqui dar aquela força. Só tenho que agradecer a vocês que tem me aturado ao longo do tempo.

Tenho tantas coisas para contar, acho que agora estou mais inspirado para escrever. Pois bem, não tive férias, não fui para praia, fiquei mofando em casa, mas na terça-feira da semana passada percorri uma distância considerável a pé da minha cidade até a outra mais próxima. O meu propósito era visitar o Santuário do Padre Réus para rezar e pedir para que ele me concedesse algumas graças.

Sou evangélico, não acredito em santos, mas quando você está desesperado, sozinho e sem saber o que fazer, acaba recorrendo a outros meios. Não sei quanto tempo deu a caminhada da minha cidade até o santuário, talvez umas quatro horas. Depois voltei de ônibus, as minhas pernas doíam e um dos pares do meu tênis estava com a sola furada de tanto que caminhei. Se valeu a pena, só o tempo dirá.

O fato é que no dia seguinte já no retorno a faculdade, estava me sentindo bem. Conversei com meu colega que tem sido um grande amigo, vi as gurias mais a vontade com rasteirinhas e bermudas já que era o primeiro dia, o pessoal podia vir mais a vontade sem ter que vestir calças e sapatos fechados.

Em especial vi a menina pela qual já escrevi poemas e algumas músicas. Ela é um sonho que não irei realizar porque sou "lento" demais para ela.

Sobre os estágios, agora as professoras estão mais exigentes e com isso a coisa fica tenebrosa porque precisamos ter autonomia sobre os nossos pacientes sabendo o que fazer com cada um por um mês. É agora teremos que fazer planos de sessão. O brabo é que algumas áreas da fonoaudiologia apresentam certa complexidade ainda mais para aqueles que não tem criatividade para elaborar terapias de aprendizagem.

Outra coisa que vem preocupando é LIBRAS. Na semana passada tive a primeira aula e ao contrário do que pensei, a professora é surda e com isso o único recurso que tem para se comunicar é a linguagem brasileira de sinais. E como foi a primeira aula, tivemos um interprete que ia explicando para nós o que a professora estava "dizendo". Amanhã a aula será sem interprete e todos terão que responder a chamada e aí é que mora o perigo porque ela nos chama através de LIBRAS. Quero só ver.

Para terminar, hoje tive a consulta com a neurologista e expliquei mais ou menos a situação que vivencio na faculdade, a falta de ânimo, a apatia e etc. Ela me receitou a Ritalina para continuar tomando e um antidepressivo, mas contudo recomendou que eu realizasse atendimento psicoterápico. Vou tomar os remédios e ver o que dá, pois se eu não der um jeito a situação irá se complicar ainda mais. Estou cansado!

Abraço a todos!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A Máscara e a Mudança de Comportamento

Estou em contagem regressiva para retornar à faculdade e só de pensar em TCC II, pacientes para atender, laudos, supervisões, projetos já começo a me apavorar antes da hora. O mau humor vem me consumindo bastante, pareço um velho ranzinza que fica reclamando o tempo todo. Fazer o que? Isso é apenas uma das características da distimia, que nada mais é do que uma depressão melhorada, ou seja, a pessoa se deprime, vive mau humorada e sem vontade para fazer atividades que antes fazia com maior gosto, mas vai tentando levar a vida até onde dá.

Já a pessoa que vive com depressão é reclusa, se enclausura no quarto, não quer viver e nem acordar.

É complicado ter que lidar com esses distúrbios emocionais, você se sente um fraco, impotente e não sabe o que fazer para reagir.

Em determinadas situações você se vê obrigado a colocar uma "mascara" e fingir que está tudo bem quando na verdade nada está bem.

Acontece que cansei de usar "mascara" e já perceptível a minha mudança de comportamento, pelo menos percebo que me tornei impaciente, me irrito facilmente, mas tento disfarçar. E quando quero ficar sozinho, acabo saindo pra rua, dou as minhas voltas e outra coisa: a vontade que tinha de cantar não é mais a mesma.
Hoje pensei em pegar um ônibus para Porto Alegre, mas abortei a idéia porque não saberia como voltar depois para minha cidade. No final acabei indo no shopping, tomei mike shake, dei uma olhada nas vitrines e após isso fui numa lancheria tomar uma cerveja.

Tudo o que eu queria era ficar só comigo mesmo, com os meus pensamentos. Fiquei imaginando os meus colegas retornando a faculdade junto comigo, felizes por estarem no último semestre do curso e também por terem aproveitado as suas férias. E aí vou estar no meio dessas pessoas usando uma "mascara", fingindo que estou radiante e a pleno vapor para o semestre quando que na verdade me sinto como se fosse um rato fugindo de um gato. Estou preocupado e com medo de as coisas não darem certo. São tantas cobranças e inquietações que me perturbam e fazem com que me sinta um neurótico.

Não sei dizer até quando ficarei mau humorado e deprimido, mas enquanto isso vou colocando minha mascara" e fingindo que está tudo bem.

Abraço à Todos!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A ansiedade e o medo

As férias estão terminando, passou tudo tão rápido e semana que vem já começa as preocupações, quer dizer, já começam as aulas, o último e derradeiro semestre e quiçá possa me formar com os demais.

Nestas três últimas semanas deixei os estudos de lado por causa do desânimo e a falta de vontade que me acometiam. Só de pensar que semana que vem terei que pensar em TCC II, estágios, supervisões, laudos dos pacientes, terapias... Já faz com que me dê aquela maldita ansiedade e também porque não o medo.

A ansiedade e o medo caminham juntos, lado a lado e como se sabe precisarei angariar forças (inclusive sobrenaturais) para vencer os desafios que me esperam nestes últimos meses de curso. Nem parece que estou prestes a me formar.

Não estou animado e nem motivado como estive em outros tempos. Muitas situações colaboraram para que me sentisse desta forma. Situações descritas em outros posts.

Resgatar o ânimo e deixar a apatia de lado é um desafio e tanto ainda para uma pessoa que se desmotiva facilmente.

Tenho pensado em como será a minha postura semana que vem na primeira semana de aula. Sim. Todos chegarão alegres, faceiros pelo simples fato de ser o último semestre, chegarão felizes também por terem aproveitado as férias, coisa que não aproveitei.

Em falar em férias, as minhas foram péssimas porque não viajei, fiquei em casa enclausurado junto com o meu mau humor que me deixa ranzinza. Diferentemente do ano passado, este ano a não tive nenhuma opção.

Retomando o assunto do medo e a ansiedade, será preciso que eu aprenda a me controlar. Isso será muito difícil.

Quem sabe tomando florais eu possa melhorar. Comprei um hoje para "tristeza e estado de depressão". Tomara que ajude porque vai ser um "filme de terror" esse semestre.

Abraço a Todos!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Fora do Estado Normal

No meu estado normal sou capaz de escrever um poema, uma música, palavras que expressam sentimentos. Faz algum tempo que venho notando dificuldades para fazer tais coisas que antes me pareciam simples.

O que é estar no "estado normal"? Estar no "estado normal" é estar bem consigo mesmo, sorrir pra vida, querer viver, dar altas gargalhadas, falar besteiras, ter vontade e prazer de fazer as suas atividades.

Já comentei que sempre fui daqueles que não podia ter nada fora do lugar e que também não podia ver nada sujo. Hoje eu até faço o que fazia antes, mas a vontade não mais a mesma e lutar contra isso é complicado.

Sonho com o dia em que deixarei de me queixar de tudo, que voltarei a ser uma pessoa feliz, alto-astral que todos fazem questão de ter por perto.

Modéstia parte sempre fui muito educado e bastante afetuoso, não é a toa que algumas pessoas dizem como sou querido, mas sinto que estou me tornando um daqueles velhos ranzinzas mesmo com apenas 24 anos de idade.

Voltar para o meu "estado normal" é um dos meus objetivos porque estando bem sei que posso ir mais além.

Abraço à Todos!

Nada de novo.

Nada de significante aconteceu neste tempo todo em que estou de férias e por isso não tenho muito o que escrever. Já ensaiei alguns posts, mas quando terminava o primeiro parágrafo ficava sem saber o que escrever.

Posso dizer que eu estou totalmente "largado", faz duas semanas que deixei de pegar os livros para estudar e a ansiedade tem tomado conta de mim, visto que ando comendo bastante e já engordei 5 Kg.

Sei lá o que pensar, talvez não devesse estar assim por estar quase me formando, mas estou. O meu humor tem ocilado bastante, vai do oito ao oitenta. Sinto falta do meu psicólogo e pelo visto não sei se o meu pai está disposto a pagar minhas consultas com ele.

O único tratamento que continuo realizando é com a neurologista e daqui alguns dias consultarei com ela e pretendo ver a possibilidade de poder tomar antidepressivo e talvez trocar a Ritalina por outro medicamento mais forte e que prenda a minha atenção.

Sou defensor da tese de que quase todos precisam durante uma etapa da vida de um acompanhamento psicoterapêutico porque é tão complicado ter que enfrentar os problemas, as limitações e os desafios, se bem que há aqueles que são "abençoados" e não precisam de tratamento.

Agora estou de férias, mas quando as aulas começarem salvem-se quem puder! Porque terei que me preocupar com pacientes, supervisões gerais de estágio, projetos e TCC II. Vai ser um filme de terror no qual não terei nenhum intervalo para poder ir ao banheiro, ou seja, estarei ocupadíssimo e nesse estado em que me encontro não tem como encarar tudo numa boa.

Tenho pensado em voltar a tomar florais, fazer mais uma tentativa, na verdade vou apelar para todos os lados: florais, remédios e o que der na telha.

Pretendo fazer mais uma tentativa de me tratar na universidade, pois lá tem núcleo de psicopedagogia e psicologia com o diferencial de o preço da consulta ser hiper, mega acessível.

Enfim tenho estas pretensões para o semestre que promete ser tenso, muito tenso.