Preciso
escrever, exercitar a criatividade, usar as palavras. Acho que devido ao tempo
de exposição na internet e Facebook o meu cérebro ficou atrofiado.
Lembro-me dos tempos de faculdade
que chegava a escrever quatro posts por dia. No primeiro ano de blog bati o
recorde de postagens (claro que tem blogueiros altamente capacitados e que
inclusive recebem para fazer esse tipo de serviço. Não posso me comparar com eles),
depois foi diminuindo a frequência das mesmas. Pouco assunto? Talvez. É que
sempre é o mais do mesmo. As mesmas histórias contadas de forma diferente, à
relação conturbada com meu pai e minha irmã, a minha busca incessante por um
emprego na minha área de atuação e por aí vai.
A batalha que tenho travado é para
não deixar o desânimo bater em minha porta. Preciso ser forte e ir à luta. Tem
uma música do Charlie Brown Junior que diz mais ou menos assim: "A vida me
ensinou a nunca desistir, nem ganhar, nem perder, mas procurar evoluir".
Essa é a filosofia que estou seguindo, pelo menos estou tentando.
Os dias passam e tudo é inconstante
no sentido de que hoje estou alegre e amanhã não sei como estarei, porém me
esforçarei para continuar dessa forma.
O floral talvez esteja me ajudando
psicologicamente porque não estou mal, mas também não estou bem.
Estou, digamos
que anestesiado.
Semana passada fui para uma cidade
vizinha realizar audiometrias ocupacionais e gostei bastante. Audiologia é
muito diferente de terapia. A audio referida por nós fonoaudiólogo serve para
avaliar a audição da pessoa.
Você vê a pessoa uma vez, coloca os fones, dá a
instrução, preenche o audiograma e pronto. Já a terapia o fonoaudiólogo tem que criar
vínculo com o paciente e isso nem sempre é fácil na maioria das vezes, fazer
avaliações de linguagem, aprendizagem, vocal, fechar estas avaliações e um
diagnóstico e traçar um plano terapêutico. É muita coisa.
Nos dois meses que fiquei empregado
trabalhava dois dias por semana das 07h45min às 18h30min. Lembro que chegava em
casa totalmente esgotado e aí nos dias em que não trabalhava ficava fechando
avaliações e montando as terapias.
Tudo isso fez com que revesse a
minha posição sobre audiologia, pois tinha pavor de operar um audiômetro e hoje
não. Estou gostando de fazer audiometria ocupacional, embora que não esteja
sendo bem remunerado por causa disso. O lado bom é que estou praticando
audiometria e me aprimorando.
Meu amigo atualmente trabalha numa
clínica onde era para eu estar trabalhando e está ganhando em média de R$
1.200,00 pelas audiometrias que vem realizando. Não fiquei na clínica porque
cometi alguns deslizes, ou melhor, pequei pela inexperiência. Foram erros
cometidos por um fonoaudiólogo recém-formado.
Hoje sinto que estou mais maduro e
até tinha vontade de procurar a fonoaudióloga dona da clínica para conversar e
pedir uma oportunidade. Na primeira vez que conversamos tivemos uma grande
empatia um com o outro e ela foi muito legal comigo, mas vou deixar as coisas
acontecerem porque o que é meu está guardado.
A minha colega que me contata
para fazer audiometrias trabalha para essa fono e eu já ganhei a confiança
dela. Sobre essa colega, eu não tenho palavras para falar do quanto ela está me
ajudando e tenho certeza de que se puder me indicar para algum colega ela fará.
Então é isso. Vou ficando por aqui.
Abraço a todos!
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