A Aprovação em Fisiologia Humana

No post anterior prometi que contaria a respeito da minha aprovação em fisiologia porque foi emocionante a forma como as coisas se sucederam, a minha luta, passando horas e horas estudando e o apoio da professora que também foi fundamental para que conseguisse aprovar nesta disciplina.

Quinta-feira, sete de julho, acordo de manhã, dou bom dia para o meu pai, converso com a minha madrasta e pego o caminho pra faculdade. Os dois me desejam boa sorte e eu vou pra parada pegar o ônibus para o centro.

A minha cabeça estava voltada em passar nesta disciplina porque era terceira vez que estava fazendo e não poderia reprovar novamente.

Chegando ao centro fui ao mercado e comprei uma barra de chocolate e iogurte. Pensei no chocolate porque embora não me lembre direito, sei que tem várias propriedades que contribuem para o funcionamento do nosso metabolismo e o iogurte, bem, eu gosto de iogurte (rs).

Chegando na faculdade fui para uma sala com o "meu almoço", e em seguida comecei a estudar.

Estudei o tempo todo fazendo alguns intervalos para pensar e refletir e num desses breaks eu comecei a pensar em tudo o que aconteceu até chegar a aonde cheguei. Comecei a rezar e as lágrimas começaram a descer pela minha face. Não queria reprovar de jeito nenhum.

As horas foram passando e a ansiedade aumentava embora estivesse calmo. Olhei para o relógio, eram 19h00min, hora de ir para o local da prova. Ao invés de a prova de fisiologia ser na clínica de enfermagem a onde ocorriam as nossas aulas, a professora escolheu outra sala que fica localizada na escola de farmácia, uma sala pequena.

Éramos em quatorze, entramos na sala e a professora explicou como seria a prova. O que nós não contávamos é que ela daria uma baita colher de chá, ou seja, a prova sendo objetiva teríamos que marcar as respostas a lápis e entregar para que corrigisse. A questão que não tivesse um certo do lado era a que tinha que ser corrigida. E as questões de verdadeiro e falso ela não corrigiu porque se não iria ser muito fácil.

A professora entregou a prova e aí fui respondendo as questões, grande parte acabei chutando. Entreguei a prova e não sei precisar exatamente quantas questões eram, mas só sei que acertei três que valiam meio ponto cada. Ela corrigiu a prova, devolveu e disse que era pra me puxar porque eu ira conseguir e que ninguém iria reprovar.

Senti que ela estava dando uma força tremenda e na medida em que os colegas de exame iam embora felizes pela aprovação a minha apreensão aumentava ainda mais porque precisava tirar 4,0 para passar e naquele momento a situação estava bem complicada.

Percebendo o meu nervosismo a professora pediu que ficasse calmo passando muita força.

Como escrevi acima, os colegas aos poucos iam embora felizes pela aprovação e quando olhei pra trás percebi que só havia um colega comigo e casualmente estávamos com dificuldades semelhantes em algumas questões.

A professora chegou em mim e perguntou qual a questão que tinha dúvida e aí tentei explicar o que não estava entendendo falando que estava entre uma resposta e outra. Foi então que ela me apontou a resposta certa da questão e a mesma coisa foi com o outro colega.

Este colega terminou a prova e ficou um tempo conversando com a professora enquanto que eu estava me remexendo na cadeira, passando a mão na barba a todo instante sem saber se o que havia marcado na prova estava certo ou não.

O colega se deu conta da minha situação e foi embora. Na sala ficou apenas a professora e eu. Disse que pegaria a calculadora para somar os acertos, pois que saber se teria condições de aprovar em fisio.

Ela então olhou a minha prova "por cima" e disse que eu tinha uns pontos, mas que precisava acertar mais duas questões.

Nem me lembro como consegui acertar, tudo o que sei é que entreguei a prova para a professora com o coração saindo pela boca.

Perdoem-me se sou detalhista demais, acho que a história poderia ser mais resumida. Preciso praticar a escrita.

Voltando a história, ela corrigiu a prova e deu o resultado: estava aprovado!!! As minhas pernas tremiam, tentei controlar o nervosismo, a única coisa que não controlei foi à felicidade. Ficamos conversando durante dez minutos e aí agradecia a ela pelo apoio e pela força e fui pra parada de ônibus.

Estava muito feliz por mais esta vitória. Liguei para o meu pai e ele me parabenizou dizendo que quando a gente quer as coisas, a gente consegue.

Retornei pra faculdade e encontrei esse colega que pegou exame comigo. Começamos a conversar e ele falou que aprovar do jeito que aprovar tinha um gosto especial por causa do sofrimento que tivemos que passar e que a professora foi muito "parcera", legal e fora de série. Nos despedimos e eu fui pegar o meu ônibus, estava realizado e contente. Rezei e agradeci a Deus.

Abraço a Todos!