Estou com algumas preocupações que vem me perturbando bastante que é a de encerrar a avaliação clínica de um paciente e com o outro dar continuidade nas avaliações fonoaudiologicas.
No inicio da tarde pude contar com a boa vontade de uma das minhas colegas que gentilmente corrigiu as transcrições fonéticas do paciente e explicou como deveria preencher os protocolos de processos fonológicos, variabilidade de produção e dos desvios.
Acho que entendi e agora terei que sentar quieto num canto e terminar de preencher essa porcaria ainda hoje porque amanhã terei que dar o fechamento das avaliações para os pais do paciente e assim começar a montar o planejamento terapêutico.
Só pra deixar claro que a minha indignação se deve porque não consigo ter vontade, interesse de fazer os atendimentos na clínica, nada contra os pacientes que atendo, mas infelizmente sinto que não consigo ajudá-los porque quem precisa de ajuda na verdade sou eu.
Tento fazer o que posso e ontem conversei com o doutor Fábio a respeito das inquietações que tenho sobre o curso e os atendimentos que tenho que fazer. Me dá um pavor, um medo, sei lá, é um sentimento que não consigo explicar.
Foi mais ou menos isso que expus ao Fábio ontem, a minha insatisfação e ele me perguntou se teria as mesmas dificuldades se fizesse o que realmente gostasse. Fiquei quieto por alguns segundos e respondi que sim, mas que não seriam tão difíceis como estas que tenho que enfrentar no curso de fono.
É lógico que em todos os cursos há um nível de dificuldade, a minha madrasta, por exemplo, está se complicando com o TCC, as minhas colegas também tem as suas dificuldades, porém a diferença é que elas gostam do que fazem e isso já ameniza bastante, já comigo é bem diferente, pois não gosto do curso e tenho seríssimas dificuldades.
O Fábio gosta muito de usar figuras de linguagem para entender o meu caso como, por exemplo, ele usou o Bin Laden. É como se o meu pai fosse o Bin Laden e diferentemente dos americanos eu não conseguisse invadir a sua casa por medo de ter que enfrentá-lo.
Então amanhã promete ser mais um daqueles dias difíceis. Agora vou pra casa preencher os protocolos de avaliação do paciente, tomara que consiga. Saravá meu pai.
Abraço a todos!
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