quinta-feira, 19 de maio de 2011

Quem sabe as coisas mudem agora

Aconteceu hoje à tarde algo que me aliviou, algo que tirou parte do peso do mundo que carrego nas costas. Meu pai, minha madrasta vieram até a faculdade conversar com as minhas professoras do curso de fono e eu também participei desta reunião que, diga-se de passagem, foi bastante esclarecedora porque acredito que agora as coisas tomem outro rumo, um outro sentido.

Esta reunião ocorreu porque meu pai queria saber a respeito do meu desempenho acadêmico, visto que não nos falamos faz alguns dias e isso também colaborou para que aumentasse a sua preocupação em relação aos meus estudos.

Na verdade pensei que só viria a minha madrasta para esta reunião, pois achei que meu pai estivesse muito brabo comigo e se escrevo isso é porque novamente me refiro ao curso, mas no final foi bom ele ter vindo e escutado o que as professoras falaram ao meu respeito.

Bem antes de começar a reunião desci até o térreo e lá vi os dois, meu pai nem venho me cumprimentar e até o compreendo, visto que me afastei bastante dele. Minha madrasta venho me dar "oi", falou algumas coisas mais e perguntou se havia almoçado, disse que não e que comeria depois e subi pra clínica que estava fechada, esperei mais um pouco até que venho outra professora e uma colega que ligou pra segurança pedindo que abrissem a clínica.

A clínica foi aberta, uma das professoras havia chegado para a reunião e depois venho à coordenadora do núcleo psicopedagógico. Fiquei naquela espera sem fim e comecei a caminhar pela clínica, a mesma clínica a onde duas vezes por semana atendo paciente. Vi os murais com as fotos das duas gurias que vão se formar, numa destas fotos apareço abraçado com elas. Não sei dizer o que estava sentindo, é tudo meio confuso. Esqueci de citar que logo que entrei na clínica havia comentado sobre esta reunião para uma colega sem dar maiores detalhes e ela falou que era pra ficar calmo e que as gurias gostavam muito de mim.

Ouvindo isso fiquei sensibilizado e aí como comentei acima, comecei a caminhar pela clínica lembrando de algumas coisas, das professoras que sempre foram legais comigo e as colegas que passaram a me conhecer um pouco melhor agora e fiquei triste só de pensar na possibilidade de que não as veria mais.

Mas voltando a falar da reunião, a coordenadora chegou e liguei para o meu pai, minha madrasta atendeu e eu falei que poderiam subir.

Os dois subiram e fomos para a sala de reuniões da clínica. A minha madrasta começou falando da preocupação que tinha por mim, falou um monte de coisas a meu respeito no bom sentido e meu pai também fez as suas colocações.

Quando o meu pai começou a falar fiquei só pensando "agora vai dar discurso". O meu pai é uma pessoa bastante culta com o perdão da redundância, tem um vocabulário rico e isso se deve a sua profissão de advogado.

Teve outro momento que me deu um aperto no peito e tive que me segurar para não chorar, mas isso não era porque estava sendo repreendido ou cobrado, mas sim porque minha madrasta falou do esforço que tenho feito pra estudar e tudo mais. Foi bacana da parte dela!

As minhas professoras então foram questionadas pelo meu pai e madrasta e posso dizer que fiquei feliz e emocionado porque fui elogiado como uma pessoa que tem dificuldades e tem a humildade de reconhecê-las. Elas também falaram que sou muito esforçado.

A minha coordenadora recomendou ao meu pai que eu procurasse um neurologista o quanto antes porque isso quem sabe, poderia me ajudar e muito.

No final da reunião veio à pergunta derradeira: "Você vai continuar no curso"? Eu apenas respondi que não era fácil fazer oito cadeiras porque me sentia como se carregasse um peso nas costas muito difícil de administrar, mas que tentaria porque estou me esforçando embora não esteja nada fácil. Agradeci a atenção que todas as professoras sempre me deram porque isso era muito importante pra mim.

A reunião terminou e eu por incrível que pareça me senti mais leve e mais calmo.

Abraço a Todos!
Sigo na Luta!

2 comentários:

  1. Espero que dê tudo certo amigo, estou torcendo por você!

    Um abraço!
    A luta continua!

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  2. Valeu meu bruxo! Tomara que eu consiga porque estou me esforçando pra isso.

    Abs!

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