quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Insegurança: Uma das minhas Inimigas

Preciso escrever, mas não consigo achar as palavras certas para dividir com vocês como venho me sentindo ultimamente.

Nestes últimos dias voltou a me dar aquelas "crises" que acontecem de vez em quando comigo. De repente como num passe de mágica o bom humor some, vai embora e vem o mau humor, a melancolia, as lamentações, tudo volta. Por isso que sempre escrevo, como é complicado ter que lidar com altos e baixos.

No momento que estou digitando estas palavras, posso dizer, que estou bem e assim vai, tenho que aprender a lidar com isso. Às vezes penso que sei, mas percebo que ainda preciso aprender a administrar essas oscilações de humor.

Ontem fiz a prova de anatomia, na qual não estudei, aliás, só dei algumas lidas no polígrafo e depois fui para o estágio no hospital e de certa forma me encontrava apreensivo pelo fato de que essa semana o meu trio iria atender os RN (recém nascidos) enquanto que o outro passaria nos quartos para dar informações e esclarecer possíveis dúvidas quanto ao processo de amamentação.

Estava preocupado pensando que faria o atendimento do dia, a professora perguntou quem iria atender e uma colega se prontificou. Dei graças a Deus.

Sei que não posso me "esconder" quanto ao atendimento e estou consciente em relação a isso, inclusive ando lendo os polígrafos sobre atendimento em UTI Neonatal afim de que esteja familiarizado com os termos utilizados na área da saúde e também sobre alguns reflexos que são importantes na avaliação de um RN.

O fato meus amigos é que a insegurança sempre foi minha inimiga, é complicado ter que lidar com ela claro que hoje não é mais tanto, até porque não sou mais tão tímido.

Minha colega começou atendendo o RN enquanto que a professora, a minha outra colega e eu a observávamos. A minha colega teve dificuldades de fazer a avaliação neste bebê e com isso a minha professora lavou as mãos, calçou as luvas e começou a examinar o bebê. Não vinha a hora de ir embora, inclusive nem vou me alongar na descrição do caso porque já acabei "desvirtuando" o post.

Depois fui para o shopping olhar as mesmas vitrines e cansado de caminhar sentei-me num banco e comecei a pensar e pensar a respeito da minha vida. A "deprê" estava me incomodando novamente, quase peguei um caderno para escrever, mas não fiquei ali sentado, sozinho e observando as mulheres ou gurias (como chamamos no Sul as moças jovens). Num dado momento uma menina que estava num grupinho de outras meninas foi até um guri (rapaz) e falou algo que não consegui ouvir, mas reparei que ao darem a volta ao redor do shopping passavam pelo cara e gritavam o nome dele. Pensei comigo, o mundo está perdido.

Enquanto estava sentado observando o movimento do shopping, tentava paquerar algumas meninas, mas não conseguia, pois quando estavam prestes a olhar na minha direção eu desviava o meu olhar. Nunca consegui paquerar ninguém e isso de certa forma me preocupa pelo fato de estar com 23 anos.

Então várias coisas passam pela minha cabeça, todo dia é a mesma coisa, a mesma monotonia faculdade, casa e casa faculdade. Levo uma vida solitária e isso é algo que não sei dizer até quando irá durar

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