Minha Entrevista para Telemarketing

Semana passada fui até o Jornal NH para participar de uma seleção para atendente de telemarketing. Passei na primeira etapa e me ligaram, solicitando que comparecesse hoje a fim de responder algumas perguntas.

Procurei demonstrar tranqüilidade e até menti quando perguntado de quantas vendas havia fechado quando trabalhei durante um mês na mesma função numa empresa de tevê por assinatura, disse que não havia conseguido atingir a meta e tinha vendido 24 assinaturas de tevê a cabo, sendo que na verdade não consegui vender nenhuma.

As duas mulheres que me entrevistaram eram as mesmas da semana passada quando fomos apresentados a vaga e tivemos que fazer um teatro tentando mostrar que argumentos teríamos para seduzir o cliente. Agora estava só eu, tentando controlar a minha ansiedade e nervosismo. Procurava olhar nos olhos delas quando falava e respondia tudo com bastante convicção.

Perguntaram-me como trabalharia com metas, em grupo e com pressão e outras coisas mais. Confesso que demorei em responder alguns questionamentos e tentei ir na base do "enrolation".

Deveras que a partir do último ano comecei a ter uma paixão pelo rádio, não necessariamente pelo jornalismo, embora que escrevesse muito bem e hoje não apresento a mesma "produção" textual que tinha até pouco tempo atrás. De fato imaginava-me dentro de um estúdio com isolamento acústico, com aquela aparelhagem toda e apresentando um programa.

Saí desta entrevista com a seguinte convicção: telemarketing é a pior profissão, ou uma das piores do mundo pela cobrança e exigência por resultados. Estou desanimado, mas não posso esmorecer só que infelizmente esta merda de curso que faço me impossibilita de trabalhar por que é diurno e não tem um turno fixo. Vamos ver no que vai dar isso.

Agora estou aqui no Campus I da Feevale e lá fora está caindo uma água e eu sem guarda-chuva, sem dinheiro e morto de fome, mas pelo menos estou vivo.

Abraços!