quarta-feira, 2 de junho de 2010

Por mais que eu tente, não consigo entender

Se tem uma coisa que me deixa angustiado é a minha dificuldade de aprendizagem, de assimilação. Esta semana faltei à aula de segunda-feira porque não tinha conseguido fazer o trabalho que a professora havia solicitado, sendo que pedi para fazer sozinho porque o trabalho era em trio e eu não me encontrava em condições para ajudar e colaborar com as minhas colegas. Estava muito abalado emocionalmente devido à perda de um ente querido, uma pessoa pra lá de especial, quem conviveu sabe que ele era uma pessoa muito boa, o tinha como um tio, pois brincava comigo, contava suas piadas, conversávamos e tomávamos um cerveja juntos. Um ou dois meses antes de falecer ele falou para a minha madrasta que queria muito falar comigo, de fato, acho que queria me ajudar. Recebi muito carinho e nunca me esquecerei de uma frase que ele disse para o meu pai:

-... tu não sabe o filho que tem.

Ele falou isso no sentido de me elogiar, pois nos dávamos super bem e meu pai tem certas dificuldades para enxergar algumas coisas.

Agora estou aqui na biblioteca, passando um pouco o meu tempo e quando terminar de digitar descerei até o terceiro andar e "quebrarei" minha cabeça para tentar fazer a correção da prova na qual fui muito mal.

Terei uma aula chata que começa as 14h00min e se estende até as 18h00min, não sei se a professora me cobrará algo porque sai na hora do intervalo e não voltei, mas tive os meus motivos, estava bastante deprimido para prestar atenção numa aula xarope como é esta de Audiologia Clínica e mais uma vez vou me ver numa situação bastante complicada porque a professora explicará a matéria e me perguntará se consegui entender, daí minto dizendo que sim e também digo que não compreendi. O fato é que esta disciplina é bastante complexa, pois preciso aprender sobre tipos de surdez, como se faz o exame, como se dá o diagnóstico, é preciso mascarar uma orelha para a outra responder corretamente. Enfim, são coisas complexas que não consigo assimilar, enquanto que me preocupo mais em ler algo relacionado à depressão, transtorno de déficit de atenção, timidez e livros de auto-ajuda. Encontro-me nesta situação.

Por mais que eu me esforce, por mais que eu tente entender, eu não consigo e as dúvidas aumentam cada vez mais.

Acho que por hoje é só, vou refazer a prova, não almoçarei (estou com pouco dinheiro e só dá para a passagem) e irei para uma aula que eu não tenho saco nenhum (desculpem a expressão) para assistir, logo após irei para casa, sem saber como falar com o meu pai e depois dormirei. Amanhã é feriado em Novo Hamburgo, mas verei se a universidade é aberta, pois gosto de ficar aqui na biblioteca lendo alguns livros e desabafando neste humilde espaço.

Abraços e até mais!

Um comentário:

  1. Também tenho um relacionamento difícil com o meu pai, nem sei qual foi a ultima vez que ele ou eu falamos um bom dia, boa tarde um para o outro (acho que nunca falei).Ele é uma pessoa bastante estressada e que não aceita ouvir uma segunda opinião, na maioria dos nossos atritos foram quando contestei as opiniões dele, mas é uma pessoa que gosto muito. Mude de curso na faculdade, procure com mais vontade um emprego, e tente fazer alguns amigos. Se você não tomar a iniciativa de mudar, você vai continuar nesta depressão pelo resto da vida. Eu sei que é muito difícil, mas não é impossível.
    Boa sorte.
    Abraço.

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