sexta-feira, 4 de junho de 2010

Meu feriado de Corpus Christi

Ontem foi feriado infelizmente, tudo parado, comércio fechado e poucas linhas de ônibus. É até estranho eu reclamar, porque sempre gostei dos feriados, visto que nestes dias fico livre da faculdade, das aulas chatas e deste mundo que não me pertence.

Quarta-feira de noite já estava pensando no que fazer na quinta-feira porque não estava a fim de ficar em casa porque o relacionamento entre o meu pai e eu estava um pouco estremecido. Ora, só falei o que ele deveria ter ouvido a respeito da bajulação que acha desnecessária em cima da neta de minha madrasta, pois quando uma criança nasce todas as pessoas que ficam ao seu redor começam a paparicá-la e até eu que sou tímido e não tenho muito jeito com criança, fico encantado quando aquele bebê retribui o meu sorriso, mas mesmo assim meu pai foi argumentado e num dado momento, meio irritado falei:

- Então vá se queixar com as pessoas que ficam bajulando essa criança - Falei irritado

- Agora, toda vez que eu te falar alguma coisa tu vai dizer que é pra me queixar para os outros.

Fiquei quieto, acho que por um momento pensando no que responder e disse mais algumas coisas e ficamos quietos e depois vocês já sabem da história.

Parecia que eu era culpado por algo que não tinha feito, fiquei sem saber o que fazer e aonde ir neste feriado. Logo de manhã quando acordei me ofereci para ajudar, porque ela e meu pai pintariam algumas partes da casa e aí perguntei se poderia ir fazendo alguma coisa e ela disse que não precisava aí então falei que estava pensando em sair, dar minhas voltas, pois não queria me incomodar com o meu pai e conversamos mais um pouco e depois saí.

Caminhando pela rua sentia um pouco da liberdade para ir a onde eu quisesse, porém estava com apenas R$ 7,00 na carteira, resolvi poupar caminhando a pé até o centro. Aproveitei e dei uma passada no cemitério para "visitar" o meu amigo "Campeão", era assim que chamava as pessoas mais chegadas. Sei que é estranho escrever isso, mas tenho ido freqüentemente lá, porque apesar do barulho dos carros é lugar sossegado e tranqüilo, sento num túmulo e começo a "conversar" ele, fico um bom tempo, depois quando saio já me sinto melhor.

Dando continuidade na minha programação de feriado, caminhei pela cidade morta de Novo Hamburgo, alguns carros passavam e quando dei por mim já estava no Campus II da Feevale, tudo fechado lógico. Então vi um terreno que pertence à instituição e que a cerca de arame estava cortada dando acesso ao interior da universidade. Entrei sem cerimônia e avistei uma arvore de bergamotas um pouco acima do morro. Olhando pros lados e cuidando para não ser observado subi o morro e peguei umas três bergamotas que encontrei não, ainda bem que não estavam podres descasquei e comi. Estava faminto e com sede.

Resolvi continuar me aventurando e subi o restante do morro e quando dei por mim estava dentro da Feevale, olhei novamente para todos os lados e me deparei com uma câmera, mas ainda bem que estava bem longe, portanto não foi capaz de detectar minha presença. Continuei a minha exploração, só que tive que abreviá-la, pois vi um carro e de longe escutei algumas pessoas não pensando duas vezes desci o morro como se fosse um caranguejo (risos) porque era muito íngreme, sendo que tenho um problema no joelho esquerdo mal resolvido e sai daquele terreno tratando de voltar para centro e depois comecei o meu caminho de volta pra casa.

Enquanto caminhava pensava no ambiente que iria encontrar, será que meu pai me cobraria por ter ficado fora o dia inteiro e não ter ajudado a pintar a casa? Enfim, antes de abrir o portão da minha casa respirei fundo e entrei. Alguns cômodos cheiravam a tinta e meu pai e minha madrasta estavam terminando de pintar depois de um dia inteiro. Os cumprimentei e somente ela me respondeu, fui para o quarto, sentei na cama e comecei a pensar e pensar. Há momentos difíceis que a "deprê" que não quer te largar e daí começo a fazer o mesmo balanço que faço diariamente da minha vida.

Desço até a cozinha lavo a louça que ficou pendente e fico por lá conversando com a minha madrasta e o sei filho que chegara animado depois da pesca que fizera. Ficamos ali conversando, jantamos os três ali e o meu pai jantou sozinho na sala esperando o jogo do Inter começar e de antemão falei para minha madrasta que poderia deixar a louça e o fogão comigo. Botei um pão pra assar na panificadora, sintonizei o rádio no jogo e tratei de limpar tudo.

Por fim, fui dormi quase uma da manhã e este foi o meu feriado de Corpus Christi.

Abraços!

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