terça-feira, 9 de novembro de 2010

Eu e minhas colegas

Num dos últimos posts disse que escreveria mais a respeito do relacionamento que tenho com as colegas do curso de fonoaudiologia.

Pois bem, isso foi até um assunto que toquei com a minha madrasta porque falei que a única presença masculina na minha vida é o meu pai e depois de alguns dias, um senhor que está hospitalizado no hospital a onde faço o estágio como escrevi anteriormente.

Talvez vocês saibam ou não o que é ser ignorado ou evitado. Passo por isso toda semana e das disciplinas que faço costumo falar que a de fonoaudiologia e aprendizagem me dá depressão porque entro na sala de aula de um jeito e saio de outro, mas os principais fatores são: não consigo me aproximar das minhas colegas, não sinto abertura, quando tenho que fazer trabalho em trio sempre sobro na sala e com isso constrangedoramente tenho que perguntar para algumas colegas se posso sentar com elas. É claro que não vão ser mal educadas comigo, de negar que eu sente com elas e também já ia esquecendo dá professora que não gosto e tão pouco suporto

Só pra se ter uma noção do que acontece, há algumas semanas sentei com duas colegas para debater a respeito de algumas atividades que a professora havia nos dado que não me recordo agora, mas ao tentar participar dando a minha opinião pude sentir que estava sobrando e até pensei que estivesse com mau hálito, tanto que até desci pro bar e comprei um Halls preto. Ledo engano. Tudo continuou igual.

A aula termina e vamos para o atendimento e aí a coisa melhora um pouco porque daí as gurias do meu trio são "obrigadas" a falar comigo a respeito da nossa paciente.

Depois do atendimento dou graças a Deus por ter terminado a aula e o atendimento. Caminho até o laboratório de informática e me "alívio" vendo vídeos engraçados na internet e escutando música.

Então esta é a cadeira que faço todas as quintas-feiras das 08h30min até as 12h30min.

Agora saindo da "depressão" vem a cadeira de estágio de fonoaudiologia hospitalar, daí sim a coisa muda completamente de figura. As colegas desta disciplina são bem legais e posso dizer que tenho me dado bem com elas a ponto de brincar, fazer piadinhas, a professora também é muito legal e isso ajuda muito porque com isso posso mostrar um pouco da pessoa que sou e não só aquele rapaz depressivo, abatido que estão acostumadas a ver, mas sim um rapaz alegre, divertido, pateta, palhaço, enfim.

E como escrevi antes, o fato daquele senhor estar no mesmo hospital a onde faço o estágio tem me ajudado por incrível que pareça porque fora o meu pai ele é o único homem com quem converso. O que quero dizer é que não é só o homem que precisa de outro homem para conversar, mas a mulher também precisa de outra mulher porque tanto um como o outro tem os seus assuntos e quando não se tem alguém para conversar daí sim é que a coisa fica bem complicada como é o meu caso.

Desvirtuei um pouco o post porque queria explicar e externar a forma como me sinto e tenho certeza que com alguns também acontece o mesmo.

Enfim, toda semana é isso o que escrevi acima, uma mistura de sensações e sentimentos. Na quarta-feira estou bem, disposto, alegre, converso e me relaciono bem com as colegas e na quinta-feira já começo mal o dia porque faço uma disciplina xarope, a professora é uma chata e as colegas (são outras) me evitam, tento me aproximar, mas não consigo. Resumindo: me sinto ignorado. É isso.

Abraço a todos!

Um comentário:

  1. " ter que ajudar".
    Essa sensação não é nada boa, a gente fica meio assim com isso, mais ainda bém que existe a quarta-feira pra te animar!
    Eu também tenho momentos bons com outras pessoas que não são da minha sala, são mais fácil pra se conviver....
    Mais até com essa " ignorânsia dos demais" a gente se acostuma.
    parece estranho, mais não é.

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