Estou com o blog atrasado, se bem que com esse assalto que sofri a minha cabeça não estava nada boa, mas aos poucos estou voltando ao normal.
No último sábado, um dia após ter sido assaltado acordei com uma terrível dor de cabeça e me sentindo um pouco cansado porque demorei em "pregar" o olho. Me arrumei e fui pra parada esperar o ônibus para ir pro trabalho que por sinal está sendo prazeroso.
Ao sair na rua tenho tido todo o cuidado que posso, ou seja, quando percebo um barulho de moto olho para os lados e para trás, as pessoas também tenho procurado reparar mais.
Peguei o ônibus e cheguei meia hora antes de a loja abrir e cumprimentei as vendedoras e o outro fiscal de loja com quem divido a função de cuidar da loja, observar as pessoas para que não roubem nenhuma mercadoria, levar e trazer mercadoria de uma loja para a outra.
A gerente da loja é super legal, me conhece e gosta muito de mim, talvez pela forma como sou. Fico a maior parte do tempo em pé, mas no final do dia percebo o quanto este esforço é válido.
Acho que também estou surpreendendo as vendedoras porque sou do tipo de pessoa que fica quieta num canto, mas quando puxam assunto comigo, aí meus amigos sai de perto (rs)
De tarde fazia um calor insuportável e as gurias (vendedoras) falaram que um sorvete cairia bem para espantar um pouco o calor e aí me convidaram para ir com elas até o shopping se refrescar e também tomar um bom sorvete. Mau elas sabiam o que esperava por elas e eu também não sabia o que esperava por mim.
Depois que saímos da loja fomos para o shopping e aí mostrei o meu lado humorístico, ou fazendo imitações, ou falando besteiras. O fato é que consegui provocar boas risadas.
Compramos o nosso sorvete e escolhemos uma mesa para sentar e aí uma delas falou que tinha um homem sentado na outra mesa com o "cofrinho" de fora. Botei a mão no bolso e tirei uma moeda de R$ 0,10 e fiz menção de que iria depositar no "cofrinho" do sujeito e elas riam sem parar, ainda mais com as bobagens que eu falava, sendo que o segurança que estava próximo de nós foi para o outro lado. Nos divertimos bastante.
Só que o que é bom dura pouco. Estava com uma das vendedoras (na qual estou tendo uma paixão platônica porque ela é linda e o seu sorriso me chama atenção) quando de repente um rapaz de regata e tatuagens esbarra por mim, confesso que nem o vi direito e aí tive uma reação no sentido de dizer:
- Opa, eee! -- Mas no sentido, como posso dizer, descontraído, sem me estressar
O rapaz pelo visto não gostou da forma como reagi e começou a me seguir e essa guria com quem estava sugeriu que descêssemos a escada rolante e ficássemos próximos ao segurança esperando as outras meninas chegarem.
Ela pediu para mim não olhar pra trás e segui seu conselho. As outras meninas chegaram e aí saímos pelo outro lado do shopping. Até brinquei dizendo que depois do assalto e desse "cara louco" iria procurar uma "nêga benzedeira" pra me benzer. Brincadeira é muito azar.
Tirando este fato lamentável posso dizer que me diverti muito e que no momento estou "de olho" nesta moça loira que tem um lindo sorriso. Não sei se tem namorado se tiver paciência...
Me despedi das meninas e peguei o ônibus para a casa da minha mãe que não havia falado comigo ainda depois do ocorrido na sexta-feira passada. Ao chegar na rua da casa dela vejo que meu cunhado e minha irmã estão conversando e cumprimento os dois e narro o assalto que sofri. Logo mais entro em casa (tenho duas casas: a do meu pai e a da minha mãe) e minha mãe me abraça dizendo que estava com medo de que algo de grave tivesse acontecido comigo porque nós não havíamos se comunicado ainda.
Minha irmã depois de um bom tempo conversando com o meu cunhado no carro entra em casa aí nos três começamos a conversar. Contei do assalto, de como estava me sentindo, da loja e de como estou me relacionando com as vendedoras, o fiscal de loja e a gerente.
Jantamos uma apetitosa pizza de atum que minha mãe havia feito (minha mãe é cozinheira de mão cheia e só faz coisas boas) e depois peguei o violão e comecei a tirar "lágrimas" do instrumento, embora minha irmã achasse que eu estava conseguindo tirar algumas melodias.
Em seguida fomos dormir, quer dizer, eu pelo menos demorei pra pegar no sono porque me lembrava do assalto, daquele revolver apontado para mim e também da frustração e impotência que senti ao ver aqueles bandidos levarem os meus pertences, mas enfim a vida segue e amanhã começa tudo de novo.
Abraço a todos!