sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Quero viver e levar alegria por onde passar

Durante muito tempo carreguei a tristeza, o mau humor e a melancolia e agora tento levar o bom humor e a alegria. Quando se está mal nada dá certo, o dia sempre começa mal e termina mal, nada está bom. Pra mim sempre foi assim.

Nas férias resolvi mudar minha postura, não sei da onde tirei forças porque uma mudança de comportamento é muito difícil, ou seja, mudar não é fácil ainda mais para quem foi diagnosticado com distimia.

Já passei por sérios períodos de depressão e isso foi durante toda a minha vida, sendo que durante um tempo dei uma pausa nesse sofrimento e descobri a felicidade, ou melhor, me descobri uma outra pessoa totalmente diferente daquela que era reclusa, inibida, medrosa, enfim. Esta foi a melhor fase da minha vida e espero que logo possa dizer que foi uma das melhores.

Sempre tive baixa auto-estima e dificilmente conseguia interagir com as pessoas, ainda tenho um pouco de dificuldade, mas nada comparado ao que eu era. Posso dizer que era um bicho do mato.

Nunca me esqueço de quando era criança e vinham visitas lá em casa e me escondia atrás das portas ou de baixo das camas porque tinha medo. Fui assim por um bom tempo.

O ensino médio, portanto foi um divisor de águas mudei da água para o vinho, os meus colegas até brincavam comigo dizendo: ele fala! E falava mesmo tanto que as professoras me chamavam a atenção, mas sempre com um sorriso no rosto porque estavam felizes com a minha mudança e de como estava me relacionando tão bem com os meus colegas.

Tudo foi tão intenso que fizemos uma viagem antes da formatura e infelizmente nem todos puderam ir, talvez tivesse sido melhor assim porque o grupo que viajou no qual estava incluso criou um vinculo forte, cada um passou a conhecer um pouco mais do outro. Nos divertíamos e bebíamos bastante. Foi muito bom, mas como se diz, o que é bom dura pouco voltamos da viagem mais unidos e no final do ano nos formamos e eu fui escolhido para ser um dos oradores da minha turma, momento impar que nunca saíra da minha memória.

Após a formatura a minha turma se dispersou, cada um foi para um lado e fomos perdendo contato e a partir daí voltei para aquele estado depressivo e de quebra tive que encarar um mundo novo: o mundo da faculdade.

Sofri bastante por estar distante das pessoas que estava acostumado a conviver todos os dias durante três anos e também por encarar um curso que não gosto e pelo fato de eu ser o único homem do curso de fonoaudiologia.

Nestes últimos anos fui tomado pela a amargura, para mim tudo era obrigação como, por exemplo, me levantar da cama, me vestir, ir para a faculdade e estudar um curso que não gosto e neste momento estou lutando, renascendo das cinzas como a Fênix. Estou vencendo e sei que preciso melhorar e quero continuar nesta evolução.

Hoje fui para a segunda aula do estágio de fonoaudiologia hospitalar que foi na clínica da faculdade porque a professora está nos preparando para que semana que vem possamos começar no hospital municipal de Novo Hamburgo. Pois bem, fui o primeiro a chegar e de certa forma comecei a ficar preocupado com as minhas meninas (rs) porque já eram 13:15 e ainda não haviam chegado e até verifiquei no caderno para ver se havia me equivocado quanto ao lugar da aula, mas não aquele era o local, bom pensei em ir embora e no que estava saindo, chegam as minhas colegas e a professora, dei meia volta e voltei.

Mais uma vez a aula foi bem descontraída porque a professora é muito legal, conversamos bastante e provoquei algumas risadas mostrando a minha veia humorística ao fazer algumas imitações e falar umas bobagens.

Uma colega me disse que eu deveria ser narrador por causa da minha voz que é bem grave. Pensei comigo: isso era o que eu queria fazer, mas enfim. A aula foi legal, tirando o fato de que teremos que observar e examinar as crianças recém nascidas porque isso me deixa um pouco nervoso, pois teremos que preencher pastas, fazer a evolução dos pacientes e entender essas terminologias complicadas que se usa na área da saúde.

Então às vezes uma mudança de comportamento se faz necessária embora que como escrevi acima não é fácil mudar e não sei como estou conseguindo, se é por causa do floral que estou tomando, ou se existe um Deus de verdade que cansou de me ver sofrer e agora está me ajudando, sei lá, mas o que posso dizer é que me sinto muito bem.

3 comentários:

  1. Que vc continue levando bom humar para as pessoas e descubra dentro de vc a força q existe.
    :*

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  2. Não é fácil mesmo mudar amigo, eu me comparo a um elevador,tem hora que fico sereno e tranquilo, mas de uma hora para outra, meu céu fica nublado e até quando vejo outras pessoas felizez na rua fico mais irritado ainda, mas vou seguindo a vida, vou vivendo.

    Não sei se consigo mudar, mas vou tentar!

    Um abraço!

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  3. Seu posto é uma descarga de coragem e otimismo. Obrigada! Beijo

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