Talvez muitos se perguntam o que é distimia, termo para alguns, pouco conhecido. De fato quando criei este blog pensei no fato de trocar informações, idéias enfim, mas no final acabei postando fatos que acontecem comigo durante a semana mostrando como encaro a distimia. Pois bem, logo abaixo tem uma explicação pra tudo isso e de fato quem tem condições de pagar um tratamento deve fazê-lo.
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A Distimia é um estado depressivo crônico que costuma aparecer na adolescência ou na infância.
OBS.: O diagnóstico Distimia substituiu outros como "Neurose Depressiva", "Depressão Neurótica", "Neurastenia", "Melancolia", "Transtorno Depressivo de Personalidade".
1) Qual é a "fama" da pessoa Distímica ?:
Melancólicas, depressivas desde a infância ou adolescência.
Baixo astral, pessimistas, reclamonas, encucadas.
Perfeccionistas que não têm muita tolerância para as imperfeições dos outros.
Auto-estima baixa e auto-crítica alta.
Dificuldade para confraternizarem.
Desenvolvimento profissional pode ser prejudicado pela dificuldade de relacionamento com colegas.
2) Desenvolvimento:
Geralmente as distímicas recebem estímulos negativos no trabalho, nas atividades sociais, nos namoros. Isso reforça sua visão negativa do mundo.
Sucesso atrai sucesso, dinheiro atrai dinheiro, poder atrai poder, sorte atrai sorte, beleza atrai beleza, Distimia atrai isolamento social, rejeição, falta de convites, etc.
Quanto mais cedo a Distimia começar, mais vai prejudicar os relacionamentos.
3) Comorbidades (concomitância de outras patologias):
Quase todas as distímicas irão ter fases de Depressão mais fortes do que a Distimia habitual (Depressão Dupla). Geralmente o tratamento dessas fases depressivas muda o humor da paciente para um nível melhor do que o humor Distímico anterior.
Ataques ou Síndrome do Pânico.
Obsessividade, perfeccionismo.
Cefaléias e Enxaquecas.
TPM.
Prisão de ventre.
Sazonalidade, isto é, piora com tempo cinza, chuvoso, sem Sol.
Quando a Distimia for tratada, provavelmente as comorbidades irão melhorar “por tabela”.
4) Causas:
Relações familiares complicadas na infância.
Separação dos pais.
Orfandade cedo.
Pais muito bravos, agressivos, Distímicos.
Famílias com maior incidência de Depressão, Pânico e DOC (ou TOC)
Famílias com Transtornos de Personalidade, Alcoolismo, Drogas.
Doenças incapacitantes e limitações físicas como cegueira, surdez, amputações, lesões de medula, dificuldades de locomoção.
Reações duradouras provocadas por Stress pós Traumático.
5) Incidência:
Pode ocorrer desde a infância, mas é mais freqüente na adolescência. Para cada homem existem cerca de 3 mulheres com Distimia. A incidência geral na população é cerca de 3%.
6) Tratamento:
Distímicas não gostam de remédios, mas o tratamento com Antidepressivos melhora a vida delas, de seus amigos e familiares.
A Psicoterapia (mais medicação) é mais importante do que na Depressão.
Por isso, a combinação de Psicoterapia mais Medicação é muito positiva.
Fototerapia: se houver sazonalidade na evolução da Distimia, a Fototerapia pode ajudar. bastante
7) Tem Cura?
Sim. Por dois motivos?
Primeiro que a medicação funciona bem e não tem problema em tomar muitos meses.
Segundo que a Distmia é um círculo vicioso: melancolia -> espírito reclamão -> amizades reclamonas -> isolamento social-> feed backs negativos -> baixo astral -> depressão.
A melhora, com a medicação e a terapia provoca um círculo virtuoso: melhor astral -> menos reclamações -> menos isolamento -> situações de vida melhores -> feed backs positivos -> estímulo para uma vida mais pazeirosa.
Com o tempo a pessoa começa a funcionar de modo automático de modo mais alegre e pode ficar sem o remédio.
Fonte: http://www.mentalhelp.com/distimia.htm