quinta-feira, 1 de março de 2012

Um Sentimento Diferente

Lembro-me com saudades da época em que me formei no ensino médio, belos tempos, belos dias, doces recordações que ainda estão armazenadas em minha memória.

Como esquecer a volta por cima que dei no último ano do segundo grau quando deixei de ser aquela pessoa introspectiva, inibida para se tornar um dos palhaços da turma, como esquecer o dia em que fui eleito o orador da turma. Recordo-me que em meio aos preparativos para a formatura estava em recuperação e precisava passar. Meus colegas então vieram até mim e deram a maior força, ofereceram ajuda e disseram uma coisa que não esqueço: “nós queremos que tu se forme com a gente".

Talvez já deva ter escrito um post contando sobre essa passagem da minha vida, mas vocês entenderão o propósito deste texto.

Sendo o orador, uma das tarefas era escrever o texto no qual teria que homenagear a escola, os professoras, abordar a respeito da nossa cumplicidade e amizade. Se fosse preciso, um colocava a mão no fogo pelo outro.

Em menos de uma hora escrevi o texto, depois mostrei para minha colega que complementaria com a sua parte porque também era oradora.

A lembrança está viva ainda, tanto que recordo de alguns trechos do texto.

Quando fomos chamados para ler o texto, as colegas e as professoras se emocionaram, um colega veio até mim e me abraçou. Isso foi há seis anos.

Hoje tive a reunião de formatura com os colegas de curso em que conversamos questões sobre a produtora, prova de toga, fotos e escolhemos também a paraninfa, a juramentista e o funcionário homenageado.

Eu pensei em candidatar-me a orador, mas percebi que não estava desfrutando daquele sentimento que vivi em 2005. Em seguida abriu voto para juramentista o meu colega votou em mim, ele foi o único.

Perdi de goleada, mas não me frustrei até porque no meio de tanta mulherada fica difícil para os dois únicos homens do curso ter voz ativa.

Minha colega, presidente da comissão de formatura sugeriu que fizéssemos um abraço coletivo quando nos chamassem para receber o diploma mostrando a "união da turma". Aham, como se fossemos unidos de verdade.

Olha, se estou ainda no curso é pelo fato de o meu colega depois de um tempo ter retornado e com isso ganhei um amigo. Ele é super gente boa e uma coincidência: é casado com a minha amiga de infância.

Se não fosse por isso, acho que não iria até o fim.

Dessas colegas que estão aí posso contar nos dedos com quantas me relaciono bem.

Enfim, se realmente conseguir vencer esta batalha, ficarei feliz, mas não sentirei a mesma alegria, a mesma emoção que senti há seis anos.

Abraço a todos!

5 comentários:

  1. Olha, posso contar nos dedos, quantos amigos do ensino médio, ainda posso contar.Alguns eu não quero ver nem pintados de ouro.

    bjs

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  2. acompanho sempre seus post's, e me identifico demais com algumas coisas que você passa, vivo quase a mesma coisa. Mesmo assim espero que você não desista e continue em frente. Espero que continue postando seus acontecimentos. Abraço

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  3. Oi Ikki. realmente os mundos são diferentes, ensino médio/superior, são outros 500. você pode até não se sentir la feliz com a sua sala, mais é uma etapa a mais que você vense, pense por esse lado.
    e você sabe que eu também não tenho mais amigas amigas na facul, porquê elas trancaram, agora me restaram alguns colegas.
    mais vamos em busca do diploma, pois as amisades verdadeiras jamais se rompem, e nós ainda construiremos inúmeras dessas.

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  4. É Anônimo o que nos resta a fazer lutar, sem nunca deixar de tentar.
    Que você também consiga contornar as situações adversas.

    Abs!

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  5. É Dorinha, temos que ir em busca do diploma porque nem tudo é como a gente quer. O que vier é consequência.

    Bjs

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