quinta-feira, 15 de março de 2012

O Dia que quero esquecer

Nem sei por onde começar estou me sentindo muito triste pelo que ocorreu hoje de manhã. Curioso que às vezes tudo sai como a gente quer, tudo dá certo e em outros momentos quando é pra dar errado, dá tudo errado.

Todas as segundas, quartas e quintas-feiras tenho atendimento na clínica. Nos dois primeiros sou supervisionado por uma professora e na quinta-feira sou supervisionado por outra. Essa outra é a coordenadora do curso, minha ex-orientadora, uma pessoa "faca na bota" que se tiver que dar uma "mijada" num estagiário faz sem hesitar.

Tentarei contar o começo da incomodação que tive, talvez me alongarei de mais.

Ontem, cheguei em casa às 20h00min, estava suado e cansado. Estava preocupado em aprontar as terapias dos pacientes para hoje, mas no fim tive que dar uma de técnico em informática e tentar solucionar um problema referente ao Outlook Express do meu pai que não estava enviando e nem recebendo mensagem.

Enquanto tentava solucionar o problema, o meu nervosismo e preocupação só aumentavam porque precisava terminar uma avaliação de um paciente e deixar tudo pronto para atender os meus pacientes.

Minha madrasta me chamou para jantar e eu com a roupa do corpo e todo suado disse que não iria jantar, pois tentaria solucionar o problema e que estava bastante atucanado (cheio de coisas, tcc, pacientes, avaliações...).

Depois o meu pai venho me perguntar por que o alarme de casa estava dando dois apitos quando passávamos na sala (nossa casa tem alarme e um dos sensores fica na sala). Respondi que talvez fosse a central que precisasse trocar uma peça ou bateria. Depois outra coisa que achei surpreendente é que o som da sala ligava sozinho. Meu pai mais uma vez perguntou o que seria e eu fiquei sem saber o que responder. Estava impressionado porque o computador do meu pai estava com problema no Outlook, no teclado, o som ligava sozinho e outro computador estava travando. Tudo ao mesmo tempo!

Pra tentar resumir, liguei para um conhecido que deu umas coordenadas e provavelmente deve ter ido hoje lá em casa para resolver o "abacaxi".

Era umas 22h30min mais ou menos quando jantei e após a janta fui para o computador para fazer o que tinha em pendência para hoje, mas acabei vencido pelo cansaço e fui dormir.

Hoje ao chegar à clínica atendi uma paciente da qual já comentei em outros posts, o diagnostico dela está relacionado a uma das áreas da fonoaudiologia que mais detesto que é motricidade orofacial. Acontece que a atendi com quinze minutos de atraso, ou seja, fiquei uns vinte minutos com ela na minha sala fazendo terapia e depois a liberei sem saber o que iria acontecer.

Fui atendendo os meus pacientes normalmente até que minha supervisora entrou na minha sala e começou a questionar algumas coisas referentes ao paciente e também me deu aquela "mijadinha" básica de eu não ter feito à lista de palavras que daria para a paciente treinar em casa digitadas no computador ao invés de ter feito a caneta e deixou um sobre a viso de que queria conversar comigo.

Minha espinha gelou. Atendi o último paciente tentando disfarçar a preocupação e o medo de ser achincalhado na frente de todo o mundo.

Terminei o atendimento e me deu uma dor de estomago que me obrigou a ir ao banheiro. Quando cheguei à sala de supervisões, já tinha uma cadeira do lado da supervisora a minha espera e aí fiquei sabendo que aquela paciente havia ligado furiosa pelo fato de eu tê-la atendido com quinze minutos de atraso e a ter liberado um pouco antes do horário previsto para a sessão terminar.

A supervisora me cobrou na frente de todo mundo e disse que ficaria na minha cola e isso fez com que me sentisse muito mal, tive que me segurar para não chorar na frente de todos. Permitam-me usar uma expressão de baixo calão: Foi foda!

Fui sabatinado com perguntas sobre os pacientes e acabei me embananando para responder devido ao nervosismo. Foi punk a coisa!

A vontade que tinha era de sair daquela sala e me esconder e assim que terminou a supervisão voltei para o consultório pra terminar de preencher as pastas dos pacientes, mas do jeito que estava nem conseguia escrever direito.

Meu colega me convidou para almoçar e de primeira recusei o convite, na segunda vez ele disse que não ia adiantar ficar daquele jeito e aí fomos almoçar.

Era visível o meu constrangimento, não sabia nem onde enfiar a minha cara de tanta vergonha ao passar pelas colegas que presenciaram tudo.

Agora estou aqui e logo mais aula de LIBRAS à noite. Nem estou com vontade de ir, mas não posso faltar. O jeito é tentar erguer a cabeça e seguir em frente.

Abraço a todos!

Um comentário:

  1. Oi Ikki.
    essa sua professora não foi nada ética, podia ter coxixado essa questão contigo, e não divulgaria o ocorrido pra todos os seus colegas de sala.
    eu sei como vc se sente,
    e eu se estivesse no teu lugar, teria feito muito esforso pra não chorar, mais na maioria das vezes eu não aguento, e acabo chorando.

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