sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Não sei o que me espera e nem o que posso esperar

Estou "anestesiado". É assim que começo escrevendo, talvez já tenha usado esta palavra algumas vezes aqui no blog.

Não me preocupo e tão pouco me importo com o que possa vir a me acontecer. Digo isso em relação ao curso e também a minha vida.

Ando abatido e melancólico, as pessoas "de fora" devem perceber claramente quando olham para mim e veem um rapaz triste, cabisbaixo e deprimido.

Ontem passei o dia inteiro fora, vadiando por aí, batendo perna na rua e fazendo tempo para voltar pra casa. Cheguei mais ou menos umas 21h00min, cumprimentei a filha da minha madrasta e ela até brincou dizendo que eu estava desaparecido. Conversei mais um pouco com ela e subi.

Fui direto para o quarto. Meu pai estava no computador e nem o cumprimentei, a minha madrasta depois foi para o outro computador e nem sequer me procurou para conversar a respeito da situação que havia ocorrido.

Tomei banho, estava tomado pelo cansaço e em seguida me tranquei no quarto. Estava me sentindo estranho, aliás, nem me sentia a vontade naquela casa que também é minha.

Sempre costumo comparar que na casa do meu pai às vezes me dá receio de fazer algo ou pegar alguma coisa que eu queira, já na da minha mãe me sinto tão a vontade que até posso andar de cueca, ou fazer xixi com a porta aberta (elas não me vêm urinando).

Voltando ao assunto, fiquei trancado no quarto, liguei para a minha mãe e conversei um pouco com a minha irmã também. Elas estavam preocupadas comigo. Conversamos uns vinte minutos e depois fiquei no escuro do quarto olhando pras paredes.

Foi então que meu pai surtou quando recebeu o e-mail da coordenadora do meu curso. Neste e-mail que fiquei sabendo do conteúdo só mais tarde a professora falava a meu respeito, das vezes que me procurou, mas que eu não mostrei disponibilidade para conversar com ela, das cadeiras que preciso fazer e também da previsão do término do curso.

Ficou evidente neste e-mail a minha falta de interesse, pois sempre procurei fazer as cadeiras que estivessem de acordo com as minhas possibilidades, visto que apresento sérias dificuldades de aprendizagem e ainda tenho que lutar contra a distimia que agora está indo para uma depressão mesmo.

Então meu pai me acordou hoje e falou a respeito do e-mail que recebera, perguntou em quantas disciplinas havia reprovado, na hora nem soube responder e acabei falando que em quatro ou cinco quando que na verdade reprovei em dez. Imaginem só.

E aí ele começou a dar uns sermões, disse que eu estava fazendo chantagem emocional ao ligar para minha mãe e irmã e que as coisas não aconteceram da forma como eu penso e por aí vai e mandou que fosse até a faculdade para conversar com a coordenadora e me matricular nas disciplinas que faltam.

Cheguei na faculdade e a coordenadora não estava, conversei com a secretária do ICS (Instituto de Ciências da Saúde) e ela me recomendou que mandasse um e-mail para a professora ou que a procurasse na semana que vem quando as aulas se iniciam.

Sai do ICS e fui direto para o laboratório de informática, passei um e-mail para o meu pai falando a respeito da conversa que tive com a secretária e também encaminhei o meu histórico acadêmico com todas as cadeiras que fiz e as que ainda me restam para concluir o curso.

Espero que ele me retorne porque francamente isto é um assunto que prefiro nem conversar e sim fazer por escrito porque acabo me desgastando ainda mais.

Sei que errei ao omitir as minhas reprovações e dizer que havia aprovado nestas cadeiras, mas se fiz o que fiz foi por medo e insegurança de ser repreendido, já que meu pai é muito severo e rígido. Ele não entende e tão pouco me compreende, nunca viu às vezes em que me trancava no quarto e tentava estudar, mas não conseguia por causa da falta de vontade. Sofri e sofro bastante com isso.

Enfim não sei o que me espera, mas tudo o que posso dizer é que falarei com a coordenadora contando tudo e deixando claro o porquê de estar fazendo o curso. Ela não poderá fazer nada por mim e tão pouco se meter na minha vida, mas pelo menos irá entender a minha apatia em relação ao curso de fonoaudiologia.

Abraço a todos!

2 comentários:

  1. Oi Ikki.
    às vezes é melhor falarmos a verdade, pq depois q discobrem, enfrentamos um problemão daqueles.
    mais eu te aconselho a ir em busca de um psicólogo, pois pelo q vc diz, está muito deprecivo, e precisa se tratar antes que as coisas compliquem mais.
    leve em conta o q eu te disse, e veja se eu não tenho razão.....

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  2. Oiiii, tudo bem ???
    Bom, obrigada pelo comentário no meu Blog... se quiser me add no msn: giselle_mar88@hotmail.com

    Beijoooos

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