Uma leitora me
surpreendeu ao mandar um email no qual relatava o diagnóstico de distimia que
recebera de uma psicóloga. O que surpreendeu é que ela não aceitou esse rótulo,
ou seja, talvez eu use mesmo a distimia e o TDAH para justificar minhas
atitudes, os meus atos.
Tenho tentado ser forte e como todo mundo, às vezes também
sofro algumas quedas. Como sempre falo, estou lutando ainda mais agora que
procurei ajuda no CAPS. Consegui marcar uma nova consulta para dois de maio.
Preciso de algo que me impulsione, mas sozinho eu não
consigo. Na época que meu pai pagava psicólogo para mim pude sentir diferença
nas minhas atitudes, estava mais animado e interagindo mais com as pessoas, me
sentia mais motivado e hoje não estou mais assim.
Estar desempregado contribui e muito, somando-se o fato de eu
ter dificuldades para me relacionar com as pessoas a minha autoestima fica lá
embaixo.
Ninguém gosta de ser criticado. Essa leitora fez de uma forma
tão suave e já ia esquecendo que outro amigo que prestigia este espaço também o
fez.
Para muitos eu sou daquele tipo de pessoa que só lamenta,
posso dizer que também me vejo assim inúmeras vezes, pois como já disse aqui é
o meu "muro das lamentações".
Há momentos que estou tão mal que penso duas vezes antes de
escrever com medo das críticas que possam vir e isso é um grave defeito que
terei que trabalhar. Peço desculpas se sou chato. É que cansa mesmo só ler o
mais do mesmo.
Alguns leitores já disseram que o que escrevia ia de encontro
com o que estavam passando em suas vidas, outros diziam que poderia escrever um
livro. Se fosse escrever um livro, teria que rever tudo o que escrevi porque há
posts muito pesados e quem lê pode se deprimir também.
Há muito tempo criei o blog "Tocando em Frente" que
é o oposto desse aqui. Nele eu escrevia sobre o que estava passando, mas de
forma positiva sem ficar me queixando o tempo todo, embora que há nele alguns
posts do tipo que escrevo no "Encarando a Distimia".
Um leitor me perguntou quem me diagnosticou com a distimia.
Bem, esse diagnóstico se deu com um profissional que atua na área
psicossomática que segundo a Wikipédia é
uma ciência interdisciplinar
que integra diversas especialidades da medicina e da psicologia para estudar os
efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e
sobre o bem-estar das pessoas.
Com esse profissional pude identificar os sintomas como:
desmotivação, baixa ou nenhuma autoestima, sensação de falta de esperança,
pessimismo, desinteresse ou perda de prazer pela maioria de suas atividades,
isolamento, tenho poucos amigos e minha vida social é limitada, sentimento de
falta de capacidade, constante irritabilidade.
Então é preciso lidar com esses sintomas e se eu ficar parado
nada irá acontecer, por isso busco ajuda ao CAPS para tratar isso. Quero ter
uma vida normal como qualquer um, só que agora eu preciso de um empurrão.
Hoje à tarde pretendo ir à universidade em que estudei, pois
lá terá uma feira de oportunidades Feira de
Oportunidades na qual empresas estarão recebendo currículos e também haverá
orientação para elaboração ou atualização do currículo. Vou ver o que dá.
Complicado mesmo é não saber o
que fazer, dias vem e vão e não surge nada de trabalho. Nesta sexta-feira farei
um bico numa clínica para uma colega, mas não dá pra tirar muito como retorno.
É, acho que aceitei a pexa de
ser um distímico e um TDAH. Vou ter que trabalhar isso e quem sabe no CAPS
possa encontrar a ajuda necessária.
Abraço a todos!