quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Um dia difícil

O inicio como profissional recém-formado não é nada fácil e isto estou vendo na prática. Hoje foi um daqueles dias em que me senti muito triste. Não estou muito a fim de escrever, mas quero dividir o que estou vivendo como fonoaudiólogo.
Há duas semanas mais ou menos fui entrevistado por uma fonoaudióloga, uma pessoa muito boa e muito humana. Ela gostou de mim, da forma como vinha a nossa profissão e de como via os pacientes que atendia. A principio ela marcou algumas audiometrias para eu realizar (como contei nos posts anteriores) e isso me deixou muito contente pelo simples fato de estar exercendo a minha profissão e colocando em prática o que aprendi esses anos todos como acadêmico.
Passei por situações de nervosismo ao realizar a as audiometrias na unidade móvel da empresa e resumindo a história, ontem a fonoaudióloga me ligou e disse que a empresa havia se queixado da minha demora e que estava desmarcando os dias que havia marcado para eu realizar as audiometrias ocupacionais por enquanto. Ela, prestativa se colocou a disposição para me "treinar", pegar a prática, o pique.
Essa ligação me deixou profundamente chateado, mas não comentei que hoje de manhã realizaria as audiometrias na medicina do trabalho, substituindo uma colega, pois esta fono que gerencia digamos assim os fonoaudiógos que realizam as audiometrias neste lugar.
Acordei cedo e tomei o meu rumo para a empresa, botei o jaleco, liguei o audiômetro e começaram a chegar pessoas para realizar exames. Peguei as guias de cada um e entrei na sala para preencher o cabeçalho dos audiogramas. Na medida em que ia fazendo isso, chamava um por um e fazia a audiometria.
Num dado momento entrou uma mulher na sala, era uma fonoaudióloga. Expliquei que estava substituindo a nossa colega e ela saiu. Depois vi três chamadas não atendidas no celular e de repente a luz do telefone começou a piscar, pois havia deixado o aparelho no silencioso, era esta colega que estava substituindo. Ela então numa boa explicou que a fonoaudióloga (nossa chefe) havia mandado outra fono para realizar as audiometrias no meu lugar porque iria ter dificuldade de dar conta da demanda devido a minha falta de prática.
Acontece que na faculdade "tive muita barbada", ou seja, tínhamos poucos pacientes em Audiologia Ocupacional, dois por semana para cada um e com isso não tinha como treinar a questão de agilidade na qual peco muito para fazer os exames.
Outra coisa totalmente diferente é forma de realização dos exames, na faculdade preenchíamos os pareceres clínicos de uma forma, já em determinadas empresas é bem diferente.
Enfim, não foi um dia fácil, nem escrever direito eu consigo. Digo isso em termos de concordância, pontuação e português. Amanhã terei uma entrevista de emprego e isso estou colocando nas mãos de Deus.
Abraço a todos

3 comentários:

  1. Prezado Ikki,
    Li alguns posts de seu blog e suas confissões me tocaram, pois sinto, desde criança, sintomas como os relatados por você. Sempre fui avesso ao convívio social, a festas; de vez em quando, uma melancolia exacerbada (tomava) toma conta de mim. Quando ficava em crise, colocava culpa nas pessoas, no trabalho, em meus pais (seu pai me fez lembrar do meu em vários aspectos! ) e em qualquer coisa que aparecesse e não satisfizesse meu mundo particular. Até que um dia, aos 30 anos, me deu um insight: conquistei tudo que achava que me traria a tal almejada paz de espírito e continuo sendo o mesmo m* de sempre... Tenho que procurar ajuda! Foi quando comecei a pesquisar sobre transtornos psiquiátricos, ler sobre remédios etc., mas o que me impediu de efetivamente procurar psiquiatras foi o medo de tomar remédios. Foi quando me sugeriram meditação! Eu, que sou "meio" ateu, desdenhei porque não queria ter aquela cara de Buda zen, mas resolvi insistir e comprei o livro "8 Mínutos de Meditação" (de Victor N. Davich). Esse livro mudou efetivamente minha vida. Há 2 anos pratico meditação em casa, sem nenhum tipo de ligação religiosa, e me sinto bem forte mentalmente, mais confiante em relação ao convívio social, por exemplo. Atualmente as crises são menos intensas e menos frequentes, e quando aparecem, sinto-me como se pudesse me distanciar de mim mesmo e esperar a "loucura" passar. E o mais importante: não ponho mais a culpa em ninguém, pois sei que é a minha mente que sai dos trilhos. Então, te recomendo fortemente esse livro e a meditação. Ela não me curou, mas me deu um caminho para fortalecer os trilhos do meu cérebro. Outra coisa: esse problema que tive (tenho menos hoje!) não me deixou para trás em nada, pois conquistei tudo que queria: formatura, emprego, esposa etc.; pelo que li, com você tem sido assim também, certo? Parabéns a nós dois, então! Um abraço e tudo de bom! P.S.: achei seu blog pesquisando sobre a doença porque na quarta e na quinta estava meio para baixo, sem motivo (adivinha quem era que estava fazendo isso?), só que também estava muito mais confiante, forte, mentalmente equilibrado. P.S.2: se resolver começar a praticar meditação, por favor, não interrompa qualquer tratamento médico que estiver fazendo!

    ResponderExcluir
  2. Oi ikki. estou torsendo para que você passe na entrevista, e leia mesmo mais de uma vez o comentário a cima, e pense que acontessa o q acontecer, um dia a sua hora de brilhar vai chegar, e ninguém vai tirar de vc, aquilo que É TEU, SÓ TEU.

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.