sábado, 24 de março de 2012

A Falta de Compreensão e a Conversa com o Psicólogo

Ontem a noite aconteceu uma situação que me deixou mais triste ainda. Começarei contando que na última quarta-feira tive a idéia de abrir a CPU do computador para tirar a poeira, dar uma limpada. Como sou leigo em limpeza de computador peguei um pano levemente úmido, não encharcado e passei nas peças empoeiradas. Depois fechei o CPU e instalei, mas não esperava que fosse entregar.

Fiquei uns dois dias tentando arrumar o computador e como não conseguia resolver nada, chamamos um técnico de informática para ver se havia alguma solução. Ele abril o CPU, olhou e olhou e descobriu que havia dado um pequeno curto circuito e que uma das placas de memória havia sido queimada. Para resumir: não tinha mais concerto, pois sairia mais barato comprar um computador novo do que mandar arrumar este.

Bem, quem acompanha este blog, sabe perfeitamente os problemas deste blogueiro como a distimia e o déficit de atenção. Sou "muito desligado" e me distraio facilmente.

Acontece que ao abrir a porta para o técnico ir embora acabei esquecendo de desligar a luz do portão da rua e de fechar a porta da sala. Meu pai me chamou e pronto: Tive que ouvir pra variar.

Ele reclamou e chamou minha atenção pelo fato de ter esquecido de desligar a luz da rua e fechar a porta da sala, disse que paga a minha faculdade e minha madrasta lava as minhas roupas e que deveria pensar no que faço para ajudar os dois.

Ouvi tudo calado, estava muito deprimido devido ao somatório de tudo que venho passando nas últimas semanas.

Fui para o quarto e pensei em sair de casa, de noite e na chuva, mas vi uma caixa de Ritalina e pensei em ingerir todos os comprimidos, porém abortei a idéia e resolvi ligar para o psicólogo que me atendia.

Ele foi extremamente gentil, ficamos quase uma hora no telefone. Contei sobre como tem sido os meus dias e que tem sido difícil, que estou quase entregando os pontos; falei que da minha luta solitária também e firmei que tinha um compromisso com ele.

O psicólogo disse que não precisaria me preocupar em acertar as duas consultas que meu pai se nega a pagar, mas enfatizei que logo que começasse a ganhar o meu dinheiro iria pagá-lo e também continuar com o tratamento.

Não sei se estou me fazendo entender, a situação é que devo duas consultas para o meu psicólogo que meu pai insiste que ele está cobrando a mais. Acontece que tanto o psicólogo como a psicopedagoga iam uma vez que outra na faculdade em que estudo para falar com as professoras e coordenadoras psicopedagógicas e eu por ouvir meu pai reclamar pra mim dos gastos ficava com medo de pedir que ele desse R$ 50,00 a mais para acertar com ambos. Esta foi à história e se estou nesta situação é porque sou culpado.

Voltando a conversa com o psicólogo, ele me disse uma frase "erre, erre, erre, menos, menos, menos" na qual interpreto da seguinte forma: Eu estou errando de mais, dando chance para o azar quando que na verdade era para estar mais calmo mesmo com toda a pressão em cima de mim.

Quando desliguei o telefone estava mais tranquilo e conversar com psicólogo foi à melhor idéia que tive naquele momento.

Então o que tenho pra dizer é que tá muito difícil é preciso lutar e se não tentar não saberei se posso vencer.

Abraço a todos!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Chorei como a muito tempo não chorava

Ontem à tarde me encontrava na minha sala, olhando o movimento da rua. Ali do quarto andar pensava: “se tivesse coragem, me jogaria daqui de cima". Me sentia tenso e estava preocupado com a supervisão que teria hoje. Lembrei da bronca dada pela minha professora e isso me deixava mais angustiado ainda.

Sai da faculdade e fui caminhando a pé até o centro e aí senti meu peito oprimido e ensaiei um choro, mas me segurei.

Chegando ao centro sentia a necessidade de desabafar e colocar pra fora tudo o que tenho passado, a luta pra não cair em depressão, às dificuldades na clínica, nos atendimentos aos pacientes, as supervisões gerais e as disciplinas que ainda não consegui arranjar um tempo para poder estudar e uma série de coisas.

Então avistei uma igreja e entrei. Me ajoelhei no banco e comecei a chorar copiosamente colocando pra fora as minhas angústias e os meus medos. Fiquei mais ou menos uma hora ajoelhado e chorando sem cessar, pedi que Deus me perdoasse por ser um fraco e por fazer tudo errado sempre.

Alguns instantes começou a missa e eu me retirei da igreja, sentia-me um pouco mais leve e fui caminhando a pé até chegar em casa.

Procurei não demonstrar nada do que havia passado comigo para o meu pai e madrasta. 

Chorar me fez bem sim, mas hoje a professora teve uma conversa na qual não via só cobranças sobre os meus atendimentos, mas sim preocupação comigo.

Ela disse que poderia tê-la procurado ontem e nem respondi que a causa de não ter conversado com ela foi por causa do que passei semana passada e que estava muito constrangido.

Vejo que estou querendo me entregar, me falta vontade e empenho para cumprir todos os meus compromissos e talvez esteja me entregando a depressão.

Não vou prometer mais nada, pois como já escrevi em outros posts, dificilmente e infelizmente cumpro o que prometo, porém não custa tentar. Quem sabe eu possa renascer mais uma vez das cinzas?

terça-feira, 20 de março de 2012

Será que aguento tudo?

Hoje acordei sem vontade de acordar, sem querer me levantar, mas tive que me aprontar para mais um dia de luta, esta batalha que não finda. A tristeza quando vem, vem com tudo é só abrir a porta que ela se instala.

O sentimento de fraqueza se faz presente. A autoestima encontra-se lá embaixo e as tarefas mais simples para se realizar, tornam-se as mais difíceis. Me falta vontade!

Queria sumir por alguns dias, ficar sozinho, eu e a tristeza, o mau humor e a melancolia. Nem fui almoçar com o meu colega porque não queria despejar algumas lamurias como faço diariamente.

Me sinto só, mas o fato é que estou me isolando cada vez mais de todos.

A minha preocupação é imaginar: o que será que os outros pensam de mim? Começo a "viajar", pensando coisas absurdas que talvez não condiga com a realidade.

Depois de ter sido repreendido pela professora na frente dos outros, senti que a vergonha se apossou de mim porque estava acostumado a errar e ser cobrado nas supervisões de estágio, mas não daquela maneira. Ainda é difícil olhar e trocar palavras com as colegas da minha turma.

Amanhã terei intervenção fonoterapeutica, atenderei pacientes e estou tranquilo, porém se começo a pensar na quinta-feira na qual tenho supervisão com aquela professora, já começa a me dar um "frio" na barriga.

Minha cabeça está cheia de preocupações: é o tcc que ainda não consegui escrever, são os estágios de intervenção e de audiologia, as supervisões gerais, a disciplina de embriologia da qual sou repetente, a disciplina de LIBRAS e um projeto que me inseri para complementar as minhas horas no curso.

São tantas coisas que não sei se conseguirei aguentar. Preciso arranjar força para encarar tudo isso.


Preciso de paz!

domingo, 18 de março de 2012

A humilhação que passei

Depois do acontecido na sexta-feira passada me deprimi muito porque sei das minhas falhas, mas também sei que tenho qualidades e faço o possível para tentar acertar.

Faço muitas coisas erradas nos estágios como por exemplo deixar para última hora para elaborar a terapia, ou não saber explicar o que determinado paciente tem.

O erro que cometi foi ter atrasado o atendimento em dez minutos e ter liberado a paciente dez minutos antes de terminar a sessão. Nunca faltei desta forma e do jeito que foi a coisa, parece que já havia cometido várias vezes este tipo de vacilo.

Como esquecer a forma que a professora falou comigo na frente de todos os colegas. O jeito que me olhava e dizia que "hoje eu tou com a macaca" e enquanto isso todos olhavam aquela cena na qual me senti um lixo. Foi humilhante demais! Compreendo a situação, sei que errei só que precisava me xingar na frente de todo mundo?

Depois daquele momento tenso, fui para o Campus I aonde tinha aula de LIBRAS, caminhando e pensando naquela cena, naquele "espetáculo". Foi muito triste.

Na sexta-feira nem queria ir para a faculdade e se não fosse estágio faltaria com certeza. Olhar para o rosto das minhas colegas ainda é difícil para mim, tenho que fingir que está tudo bem, mas não é bem assim.

Precisarei levantar a cabeça por mais complicado que possa ser e seguir em frente.

quinta-feira, 15 de março de 2012

O Dia que quero esquecer

Nem sei por onde começar estou me sentindo muito triste pelo que ocorreu hoje de manhã. Curioso que às vezes tudo sai como a gente quer, tudo dá certo e em outros momentos quando é pra dar errado, dá tudo errado.

Todas as segundas, quartas e quintas-feiras tenho atendimento na clínica. Nos dois primeiros sou supervisionado por uma professora e na quinta-feira sou supervisionado por outra. Essa outra é a coordenadora do curso, minha ex-orientadora, uma pessoa "faca na bota" que se tiver que dar uma "mijada" num estagiário faz sem hesitar.

Tentarei contar o começo da incomodação que tive, talvez me alongarei de mais.

Ontem, cheguei em casa às 20h00min, estava suado e cansado. Estava preocupado em aprontar as terapias dos pacientes para hoje, mas no fim tive que dar uma de técnico em informática e tentar solucionar um problema referente ao Outlook Express do meu pai que não estava enviando e nem recebendo mensagem.

Enquanto tentava solucionar o problema, o meu nervosismo e preocupação só aumentavam porque precisava terminar uma avaliação de um paciente e deixar tudo pronto para atender os meus pacientes.

Minha madrasta me chamou para jantar e eu com a roupa do corpo e todo suado disse que não iria jantar, pois tentaria solucionar o problema e que estava bastante atucanado (cheio de coisas, tcc, pacientes, avaliações...).

Depois o meu pai venho me perguntar por que o alarme de casa estava dando dois apitos quando passávamos na sala (nossa casa tem alarme e um dos sensores fica na sala). Respondi que talvez fosse a central que precisasse trocar uma peça ou bateria. Depois outra coisa que achei surpreendente é que o som da sala ligava sozinho. Meu pai mais uma vez perguntou o que seria e eu fiquei sem saber o que responder. Estava impressionado porque o computador do meu pai estava com problema no Outlook, no teclado, o som ligava sozinho e outro computador estava travando. Tudo ao mesmo tempo!

Pra tentar resumir, liguei para um conhecido que deu umas coordenadas e provavelmente deve ter ido hoje lá em casa para resolver o "abacaxi".

Era umas 22h30min mais ou menos quando jantei e após a janta fui para o computador para fazer o que tinha em pendência para hoje, mas acabei vencido pelo cansaço e fui dormir.

Hoje ao chegar à clínica atendi uma paciente da qual já comentei em outros posts, o diagnostico dela está relacionado a uma das áreas da fonoaudiologia que mais detesto que é motricidade orofacial. Acontece que a atendi com quinze minutos de atraso, ou seja, fiquei uns vinte minutos com ela na minha sala fazendo terapia e depois a liberei sem saber o que iria acontecer.

Fui atendendo os meus pacientes normalmente até que minha supervisora entrou na minha sala e começou a questionar algumas coisas referentes ao paciente e também me deu aquela "mijadinha" básica de eu não ter feito à lista de palavras que daria para a paciente treinar em casa digitadas no computador ao invés de ter feito a caneta e deixou um sobre a viso de que queria conversar comigo.

Minha espinha gelou. Atendi o último paciente tentando disfarçar a preocupação e o medo de ser achincalhado na frente de todo o mundo.

Terminei o atendimento e me deu uma dor de estomago que me obrigou a ir ao banheiro. Quando cheguei à sala de supervisões, já tinha uma cadeira do lado da supervisora a minha espera e aí fiquei sabendo que aquela paciente havia ligado furiosa pelo fato de eu tê-la atendido com quinze minutos de atraso e a ter liberado um pouco antes do horário previsto para a sessão terminar.

A supervisora me cobrou na frente de todo mundo e disse que ficaria na minha cola e isso fez com que me sentisse muito mal, tive que me segurar para não chorar na frente de todos. Permitam-me usar uma expressão de baixo calão: Foi foda!

Fui sabatinado com perguntas sobre os pacientes e acabei me embananando para responder devido ao nervosismo. Foi punk a coisa!

A vontade que tinha era de sair daquela sala e me esconder e assim que terminou a supervisão voltei para o consultório pra terminar de preencher as pastas dos pacientes, mas do jeito que estava nem conseguia escrever direito.

Meu colega me convidou para almoçar e de primeira recusei o convite, na segunda vez ele disse que não ia adiantar ficar daquele jeito e aí fomos almoçar.

Era visível o meu constrangimento, não sabia nem onde enfiar a minha cara de tanta vergonha ao passar pelas colegas que presenciaram tudo.

Agora estou aqui e logo mais aula de LIBRAS à noite. Nem estou com vontade de ir, mas não posso faltar. O jeito é tentar erguer a cabeça e seguir em frente.

Abraço a todos!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Os meus pacientes

Desde que comecei a atender pacientes na clínica da universidade em que estudo, sempre esbarrei em algumas dificuldades como: lidar com o paciente e fazer a terapia dar certo.

O ser humano é um "bicho" complicado de se lidar. Um exemplo que dou é de um paciente que atendo um ano com o diagnóstico de desvio fonológico, ou seja, troca de sons na fala, e até agora vem sendo complicado trabalhar a questão de que o mesmo perceba que a palavra que ele acha que está certa está errada, outro caso é de uma paciente que comecei a atender no intensivo, o seu diagnóstico é o de deglutição atípica que está relacionado ao mau posicionamento da língua quando a pessoa deglute. Em outras palavras o seu problema está relacionado a uma das áreas da fonoaudiologia que eu tenho pavor: motricidade orofacial.

Já na segunda-feira atendo uma criança de seis anos com o diagnóstico de desvio fonológico moderado severo. Sua fala é bastante ininteligível e é preciso ter muita paciência para lidar com este paciente porque é uma criança agitada que não para quieta. Suspeito que seja hiperativa, mas não cabe a eu diagnosticá-la com hiperatividade, mas sim um neurologista, um psiquiatra. E além do mais não controla o esfíncter (usa fraldas). Já o encaminhei para avaliação psicológica e pretendo encaminhá-lo para um neuro também.

Os pacientes não têm culpa de ter tais problemas porque se eles procuram a fono é porque vem que ali está a solução para o que os afligem.

Os casos que citei são daqueles em que não gostaria de atuar como terapeuta, mas, entretanto tenho pacientes com os quais me identifico e que gosto de atender. Citarei dois.

A primeira é uma senhora de 61 anos com o diagnostico de gagueira. A gagueira é interessante, não tem origem, é multifatorial e além do profissional da fonoaudiologia, esse problema também pode ser tratado em conjunto com um psicólogo ou psiquiatra porque lida muito com o emocional do paciente e eu de certa forma tentei ser um pouco psicólogo desta paciente. Minha professora disse uma vez e com razão:

- Não somos psicólogos, mas sim fonoaudiólogos. E depois que tu se formar quem sabe pode fazer algo ligado psicologia e aproveitar depois da fono.

Casualmente hoje enquanto conversávamos a professora, meu colega e eu, ela disse:
- Já falei para o....... que depois que ele terminar o curso de fono, vai fazer psicologia.

A verdade é que gosto de conversar com os meus pacientes, principalmente quando não estão bem animicamente. Penso que nós profissionais da saúde temos que ter um pouco de psicologia para lidar com determinadas pessoas eu não descarto de um dia fazer psico.

Voltando a esta paciente, posso dizer é que ela vem melhorando, gosta de vir aos atendimentos e da minha parte tento fazer o melhor seja conversando ou fazendo terapia de gagueira.

O último paciente é um senhor de 78 anos que vinha sendo atendido a um bom tempo na clínica, ele tem o quadro de disfonia organufuncional (que é uma lesão estrutural benigna secundária ao comportamento vocal inadequado ou alterado. Geralmente, é uma disfonia funcional não tratada, ou seja, por diversas circunstâncias a sobrecarga do aparelho fonador acarreta uma lesão histológica benigna das pregas vocais.). Ao atendê-lo mantive a conduta adotada pelas estagiárias anteriores, mas com o tempo fui mudando a terapia e hoje vejo meu paciente com uma voz bem melhor, já não tão mais fragilizada. Conversando com minha professora sobre o paciente, ela me disse que se eu fizer os exercícios certos quem sabe dentro de 60 dias poderemos dar alta para ele. Fiquei muito feliz. É gratificante.

Preciso ainda aprender a lidar com determinadas situações, mas aos poucos eu vou conseguindo vencer algumas limitações.

Abraço a Todos!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Supervisão de Estágio e Outras preocupações.

Hoje o dia começou tenebroso para mim. Ontem à noite o Inter perdeu para o Santos na Libertadores, vi meu pai quebrar o seu celular e um copo de tanta raiva. Desliguei o computador (nós estávamos olhando o jogo pela internet) e deixei um bilhete no qual lembrava que hoje teria que acertar o valor e a assinatura de contrato com a produtora que irá organizar a minha formatura (se Deus quiser).

De manhã ele deu dois cheques, um para pagar a mensalidade da faculdade e outro para acertar com a produtora.

Fui pra parada de ônibus e peguei o caminho para a faculdade como faço todos os dias, mas ao chegar percebi que havia deixado em casa o pen-drive com os planos de sessão dos meus pacientes. Comecei a ficar preocupado porque não sabia ao certo o que fazer de terapia com cada um e também porque a professora que supervisiona esse dia do estágio é nada mais nada menos do que minha ex-orientadora, coordenadora do curso. Ela é bem legal, mas suas supervisões são tensas para mim.

A primeira coisa que fiz foi rezar e então peguei as pastas e decidi manter a conduta dos últimos atendimentos realizando as mesmas atividades com cada um, exceto uma que precisei fazer reavaliação de fala.

Durante o atendimento de um paciente com atraso simples de linguagem, minha professora entrou, me observou e orientou como deveria proceder com o paciente. Foi bem legal comigo.

Terminado os quatro atendimentos, ela foi me buscar porque estava no consultório preenchendo as pastas quando deveria estar na sala de reuniões da clínica.

Na brincadeira ela me conduziu até a sala e quando chegou a minha vez de falar dos pacientes foi então que a coisa apertou para o meu lado.

Ela começou a perguntar questões referentes a MOA (motricidade orofacial) porque atendo uma paciente com diagnóstico de deglutição atípica e desvio fonético.

Não conseguia responder algumas perguntas e para dar uma força meu colega disse:

- Cara, tu sabe as coisas. Vimos isso no intensivo.

Só respondi que não lembrava enquanto que em roda de mim havia quatro colegas e mais a professora me olhando. Queria sumir.

Isso de fato me deprimiu um pouco, mas enfim bola pra frente.

Fiquei na clínica e fiz a transcrição fonética de uma paciente, entreguei os certificados para comprovar horas complementares e depois fui para o prédio do Campus em que estava à produtora para assinar o contrato e ver questões pertinentes à formatura.

Meu colega e eu assinamos o contrato e ele meu carona até o Campus aonde faço aula de LIBRAS, mas decidi "matar" a aula porque não havia conseguido estudar os sinais e por ter pouco tempo de aula, sendo que começa as 18h00min e vai até as 19h00min, mas eu cheguei às 18h15min.

Esqueci de comentar que encaminhei um e-mail para a coordenadora de psicopedagogia da universidade no qual manifesto minha preocupação com a disciplina de embriologia da qual sou repetente pela quarta vez. Expliquei as dificuldades, o déficit de atenção e o sistema absurdo de avaliação da professora que só dará provas valendo 9,0 ou 10,0 e um ou dois trabalhinhos valendo 1,0. Tomara que ela me dê um bom retorno porque não quero reprovar de novo nesta cadeira.

Abraço a Todos!

A Conversa com o psicólogo

Muitas coisas aconteceram nestes dias, às postagens se tornaram escassas, mas a vontade de compartilhar momentos e situações continua a mesma de quando escrevia três a quatro posts por dia.

Na sexta-feira da semana passada ao fazer uma recarga para o celular encontrei o psicólogo que consultava. Ele é um profissional fora de série, mas devido a uma situação desagradável da qual sou culpado não consultei mais com ele.

Estava na fila de um hipermercado quando ouço alguém chamar o meu nome. Era o psicólogo, nos cumprimentamos e ele esperou que eu fizesse a recarga de cartão no celular. Paguei a caixa e saímos, fomos conversando e aí ele me convidou para ir até o seu consultório, disse que não precisava me preocupar com valores e que não iria me cobrar essa consulta inesperada.

Chegamos ao consultório e ele quis saber como estavam às coisas porque a última vez que consultei foi no mês de dezembro. Falei dos desentendimentos com o meu pai e da minha luta solitária para superar minhas dificuldades.

O psicólogo disse que eu estava conseguindo superar algumas coisas, usou uma colocação interessante para situação. Eu era como se fosse uma casa organizada, limpa, mas que agora estava empoeirada e por isso precisava de uma limpeza. Concordei com ele.

Falei o quão era difícil não ter com quem desabafar já que meu pai não me compreende, minha mãe não pode fazer nada, minha irmã tem a cabeça mais ou menos parecida com a do meu pai e minha madrasta que está passando por um momento familiar bem complicado.

Então a forma que tenho para desabafar é falar sozinho, comigo mesmo.

O psicólogo disse que esperava o meu retorno às consultas, mas novamente expliquei a situação e ele me aconselhou que esperasse o momento certo de conversar com minha madrasta porque ele faz "essa ponte" com o meu pai.

Naquele final de tarde sai do consultório me sentindo perfeitamente bem, parecia que estava renovado.

Ainda estou sozinho nesta luta, quer dizer, sou eu e Deus. Espero que ele possa me orientar, me guiar, me ajudar a achar o melhor caminho para lidar com os meus problemas.

Abraço a Todos!
O Guerreiro Solitário Está na Luta!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Um Sentimento Diferente

Lembro-me com saudades da época em que me formei no ensino médio, belos tempos, belos dias, doces recordações que ainda estão armazenadas em minha memória.

Como esquecer a volta por cima que dei no último ano do segundo grau quando deixei de ser aquela pessoa introspectiva, inibida para se tornar um dos palhaços da turma, como esquecer o dia em que fui eleito o orador da turma. Recordo-me que em meio aos preparativos para a formatura estava em recuperação e precisava passar. Meus colegas então vieram até mim e deram a maior força, ofereceram ajuda e disseram uma coisa que não esqueço: “nós queremos que tu se forme com a gente".

Talvez já deva ter escrito um post contando sobre essa passagem da minha vida, mas vocês entenderão o propósito deste texto.

Sendo o orador, uma das tarefas era escrever o texto no qual teria que homenagear a escola, os professoras, abordar a respeito da nossa cumplicidade e amizade. Se fosse preciso, um colocava a mão no fogo pelo outro.

Em menos de uma hora escrevi o texto, depois mostrei para minha colega que complementaria com a sua parte porque também era oradora.

A lembrança está viva ainda, tanto que recordo de alguns trechos do texto.

Quando fomos chamados para ler o texto, as colegas e as professoras se emocionaram, um colega veio até mim e me abraçou. Isso foi há seis anos.

Hoje tive a reunião de formatura com os colegas de curso em que conversamos questões sobre a produtora, prova de toga, fotos e escolhemos também a paraninfa, a juramentista e o funcionário homenageado.

Eu pensei em candidatar-me a orador, mas percebi que não estava desfrutando daquele sentimento que vivi em 2005. Em seguida abriu voto para juramentista o meu colega votou em mim, ele foi o único.

Perdi de goleada, mas não me frustrei até porque no meio de tanta mulherada fica difícil para os dois únicos homens do curso ter voz ativa.

Minha colega, presidente da comissão de formatura sugeriu que fizéssemos um abraço coletivo quando nos chamassem para receber o diploma mostrando a "união da turma". Aham, como se fossemos unidos de verdade.

Olha, se estou ainda no curso é pelo fato de o meu colega depois de um tempo ter retornado e com isso ganhei um amigo. Ele é super gente boa e uma coincidência: é casado com a minha amiga de infância.

Se não fosse por isso, acho que não iria até o fim.

Dessas colegas que estão aí posso contar nos dedos com quantas me relaciono bem.

Enfim, se realmente conseguir vencer esta batalha, ficarei feliz, mas não sentirei a mesma alegria, a mesma emoção que senti há seis anos.

Abraço a todos!

Scorpions - Dust in the wind

Mais uma música boa para ouvir. Esta letra fala que não somos eternos e que devemos deixar o orgulho de lado porque um dia partiremos e o que iremos levar desta vida?

Scorpions - Wind of Change