segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A 1ª Consulta com o Psicólogo

Vocês perceberam como eu estava ansioso e preocupado. Ansioso por causa da consulta que transcorreu tudo bem e preocupado porque estou com "um chumbo" nas costas, ou seja, tenho que fazer onze cadeiras.

Fiquei até as 16h00min na faculdade "matando" tempo, queria olhar alguns vídeos no Youtube para me distrair, mas não deu porque a internet estava lenta e por isso resolvi escrever, mesmo que repetisse tudo que mencionei antes.

Peço desculpas para quem lê estas páginas virtuais e depara-se com repetições por vezes excessivas.

Atualmente vivo um drama que é à volta para o curso de fonoaudiologia e o número abusivo de cadeiras que terei que fazer.

Bem, sai da faculdade, peguei o ônibus e cheguei ao centro. Encontrava-me ansioso porque queria falar tudo que fosse possível já na primeira consulta, mas para quem estuda na área da saúde, sabe muito bem que a primeira consulta o profissional da área de saúde faz uma Anamnese (uma entrevista a onde pega todos os dados pessoais do paciente e o que levou a buscar o atendimento) e a partir daí começa-se a inteirar a respeito do paciente.

Cheguei ao consultório e aguardei até ser chamado, não tinha nenhuma recepção, nada. De repente sai uma paciente e o doutor Fábio me chamou. Se apresentou e me convidou para entrar no consultório.

Ele foi bem legal comigo, se mostrou bastante interessado em me ajudar, inclusive disse que se precisasse poderia ligar pra ele a qualquer hora.

Começamos a conversar e ele perguntou qual o problema que me afligia e aí falei tudo, contei de como ingressei na faculdade, dos desentendimentos que tive com o meu pai e outras coisas também, mas o que mais conversamos foi sobre o meu relacionamento com o meu pai e sobre o curso de fonoaudiologia.

Falei pro doutor que meu pai era uma pessoa bastante rígida e que tinha insegurança, ou melhor, medo dele pelo fato de ele ser uma pessoa bastante agitada e impertinente.

Comentei sobre a quantidade de cadeiras que terei que fazer e o doutor Fábio ficou chocado e até usou uma figura de linguagem mais ou menos assim: é como se eu tivesse duas armas apontadas para mim e fosse obrigado a fazer o que me fosse solicitado. Essas duas "armas" são a coordenadora do curso e o meu pai.

Conversamos bastante, mas o restante ficará para a próxima consulta quando o Doutor Fábio se situar ainda mais a meu respeito. Ele foi bem acessível quanto a valores. Geralmente ele cobra R$ 80,00 a consulta, mas como tenho plano de saúde pagarei apenas R$ 50,00 por consulta.

Então tenho que erguer as mãos para o céu e agradecer porque finalmente o meu pai está disposto em me ajudar, embora que esteja chateado por ter mentido a respeito das minhas reprovações. Não devo e nem posso tirar a razão dele, mas como escrevi inúmeras vezes, só resolvi mentir porque temia a sua reação.

Terminada a consulta liguei para a minha madrasta e conversei a respeito do psicólogo, de como ele era e também sobre as cadeiras que terei que fazer. Ela ficou apavorada e até chegou a comparar a minha professora com a sua porque ambas acham que a gente consegue se "matar" estudando.

O que me deixou satisfeito foi quando ela me disse que todas as pessoas mais próximas do nosso convívio estavam preocupadas comigo e que torciam muito por mim.

É uma injeção de ânimo saber que as pessoas estão do seu lado e te compreendem.

Terminei de falar com ela e fui dar uma volta no Shopping, embora à conversa com o Doutor Fábio tenha sido produtiva ainda estava bastante preocupado e tenso porque isso não se faz com nenhum acadêmico.

Voltei pra casa e ao subir a minha rua, pedi a Deus que tudo transcorresse bem e que meu pai não brigasse comigo e ele ouviu as minhas preces.

Entrei em casa, o cumprimentei e falei a respeito do preço da consulta e ele achou barato. Comentei a respeito do número de cadeiras e ele me disse que falará pessoalmente com a coordenadora porque isso que ela está fazendo é antipedagógico.

Amanhã irei pra uma das aulas e ele falará com a professora. Se meu pai conseguisse diminuir o número de disciplinas eu com certeza iria tentar me esforçar, ainda mais que estou indo no psicólogo e também logo, logo me chamarão na faculdade para ser atendido pelo núcleo de apoio psicopedagógico.

Tudo o que eu quero é me encontrar e me estabilizar. Creio que com a ajuda do doutor Fábio, eu possa conseguir isso.

Abraço a Todos!

Um Pouco de Ansiedade e Preocupação

Gosto muito de escrever, lembro que a melhor hora para escrever era à noite. Pegava o caderno, uma caneta e começava a escrever, não que eu seja um exímio escritor, até porque tenho muito que melhorar em relação a minha escrita.

A melhor hora oportuna para fazer isso era noite, sim, pois à noite eu apenas "escutava" o silêncio da noite e desta forma ia escrevendo, a maioria dos textos que fazia era referente à depressão e os meus tempos de colégio.

Estou enrolando, deixando o tempo passar. A verdade é que estou preocupado em relação ao número de disciplinas e também com o meu pai porque é ele que tem que pagar tudo. Imagina se eu reprovo!
O meu pai é do tempo do "epa", muito rígido e isso faz com que tenha medo dele, ou melhor, de suas reações.

Fico tenso só de pensar no que irá dizer que saber que terei que fazer onze disciplinas. Calculem só o que ouvirei.

Ele acha que não me sinto mal ao vê-lo desembolsar bastante dinheiro para pagar os meus estudos. E o pior de tudo isso é que ele tem outras despesas como a faculdade da minha irmã (que se forma final do ano), da minha madrasta (que se forma na metade do ano), as despesas do prédio que está reformando e as da casa.

Então todo dia o vejo reclamar ou falar de dinheiro e muitas vezes o ouço dizendo que R$ 100,00 não é nada pra ele, mas pra mim é.

O chato de tudo isso é se sentir culpado e eu me sinto assim. Infelizmente não consegui aprender a me defender sozinho e acho que essa culpa não é só minha.

Logo mais as 17h00min horas terei consulta com um psicólogo e espero conseguir relatar todos os meus problemas, procurarei falar tudo a respeito da minha vida pessoal, dos meus problemas, enfim, de tudo.

Comecei a escrever sobre uma coisa e agora termino falando de outra. Acho que é ansiedade mesmo. Hoje é segunda-feira e amanhã começa tudo de novo. Vou ver até onde aguento. Tomara que eu esteja errado e que consiga me superar porque não precisarei só das minhas forças para ir em frente, mas de toda ajuda que for possível. Já estou começando a rezar.

Estava esperançoso de que não precisasse fazer todas estas disciplinas, mas como meu pai falou:

- O que a professora falou terá que ser acatado.

Se tivesse continuado com a faculdade trancada com certeza teria que sair da casa do meu pai e morar com a minha mãe porque ele não iria aceitar um filho desempregado e ainda por cima que largou os estudos.

Bom, vou indo para a minha consulta.

Abraço a todos!

A luta está prestes a começar

A coordenadora do curso deve estar cheia de mim porque me matriculei em oito disciplinas das onze que tinha que fazer porque as três que faltavam não entraram no sistema.

Ela me explicou mais de uma vez, mas do jeito que sou não consigo registrar nada na memória. Bem como o meu pai fala às vezes: tem que fazer tudo anotadinho porque se não me esqueço.

Sou muito esquecido e só não me esqueço da cabeça porque ela está colada no pescoço.

Mandei um e-mail pra ela novamente, só que desta com todas as disciplinas que consegui me matricular, as três que faltaram nem sei como resolver, mas provavelmente tenha que ir no atendimento da faculdade.

O brabo de tudo isto é ter que fazer onze cadeiras. Isso é um "suicídio" e até pretendo ver com o meu psicólogo hoje como farei para conciliar tudo.

É um filme de terror. Estou amanhã toda olhando as cadeiras impressionado com tudo que terei que estudar. Nem consigo acreditar.

Logo mais a tarde consultarei com o psicólogo e tomara que tudo dê certo e que este tratamento me ajude porque do jeito que estão não dá mais.

Temo bastante em reprovar, sei que estou sendo pessimista, aliás, a minha irmã fala isso, diz que sou negativo de mais. As pessoas dizem.

Quero começar a acreditar que sou capaz, de lutar e de me reerguer. Encarar isso não é fácil, mas tenho que tentar e depois, bem depois vamos ver o que acontece.

Ainda nem almocei devido à preocupação com a minha matricula, meu estomago está vazio e daqui a pouco comerei algo.

É a luta vai começar. Preciso ser forte.

Abraço a todos!

De Volta para a Fono

Hoje pelas 08h30min me reuni com a coordenadora do curso de fonoaudiologia, comuniquei que havia voltado atrás na minha decisão e que estava disposto a dar prosseguimento aos estudos, porém ressaltei as dificuldades que já comentei diversas aqui. Falei também que o fato de não faltar muito para me formar também pesou (me faltam 17 cadeiras para me formar) e que algumas pessoas me aconselharam também.

Ela por sua vez saudou o meu retorno se colocando a disposição para qualquer dificuldade que encontre durante o percurso.

Conversamos a respeito das disciplinas e terei que fazer todas que ela me indicou. Depois desta conversa vim direto para o laboratório de informática para verificar as cadeiras que terei que fazer no semestre. Até fico preocupado porque conforme ela me indicou preciso fazer 10 disciplinas, mas estou pensando em fazer o seguinte: seguindo a grade de cadeiras que a professora mandou, acredito que não precise fazer 10 cadeiras (um número absurdo) porque das dez, duas são disciplinas básicas que abre para qualquer curso da área da saúde e assim ao invés de fazer dez cadeiras farei oito e no próximo semestre daí sim farei estas duas que me faltam porque se não "cortarei os pulsos fora".

Imagine só ter que fazer tudo isso num só semestre ainda mais para quem tem sérias dificuldades como eu. Aí complica mesmo.

Então vou passei um e-mail tentando sensibilizá-la para que eu faça somente oito cadeiras. Tomara que consiga porque vai ser difícil de mais, acho que nem com acompanhamento psicológico e o núcleo de apoio psicopedagógico da faculdade conseguiria vencer tudo.

Espero que ela se sensibilize e me autorize a fazer somente as outras cadeiras do curso que estão pendentes.
Estou no aguardo porque tenho que solicitar o reingresso no curso e me matricular também.

Bom, vou comer alguma coisa e daqui a pouco retorno para o laboratório de informática para ver se obtive resposta ou não.

Abraço a todos!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A Semana Termina Diferente de Como Começou

A semana toda foi de muita correria, muitas coisas aconteceram. Tranquei a faculdade e comecei a ir atrás de emprego. Começava assim a viver uma nova realidade diferente daquela na qual já estava habituado. Me senti estranho como referi anteriormente. Esses dias foram de tormenta para mim, pois mal estou falando com o meu pai e a depressão chegou num estágio bem elevado. Acho que fazia tempo que não me sentia tão abatido.

Ao passar por essa "turbulência" pude contar com algumas pessoas que me apoiaram bastante desde a prima da minha madrasta, a dona e a gerente da loja em que trabalhei (aliás, hoje voltei a fazer locução). Sendo amparado por essas pessoas amigas, comecei a pensar e refletir a respeito de tudo, tanto que cheguei à conclusão de que a depressão que tenho não se deve ao curso de fonoaudiologia, mas sim a infelicidade que tenho na vida pessoal.

Eu passei pelos dois lados da moeda e posso dizer muito bem o que é isso. Tive depressão, mas consegui vencê-la na época do ensino médio e após isso tudo voltou porque estava isolado de Deus e o mundo (modo de falar).

A convivência muda às pessoas. Foi assim no ensino médio quando deixei de ser mal humorado e tímido para me tornar uma pessoa engraçada e extrovertida. Depois venho à faculdade e aí passei a conviver com outros tipos de pessoas que não eram aquelas com quem me relacionava tão bem no colégio.

Senti muito esta mudança e a partir daí voltei para a depressão só que num estágio moderado, porém prolongado. E aí que entra a distimia.

Então voltarei para o curso e com uma excelente novidade: começarei a ir ao psicólogo já na semana que vem e acredito que os professores também irão me auxiliar a "driblar" as dificuldades que se impõem no meu caminho.

Muitas vezes escrevi frases do tipo: "Acho que agora vejo uma luz no fim do túnel" ou coisas do tipo. Desta vez posso dizer que estou começando a enxergar uma saída para os meus problemas.

Nesta sexta-feira fiz locução na loja em que trabalhei no mês de dezembro e digo que ao chegar lá estava completamente abatido, tentei disfarçar a tristeza que era iminente.

Ao ligar equipamento (microfone, caixa de som e dvd) pude sentir "aquele frio na barriga". Fiquei um pouco ansioso temendo se iria conseguir ou não falar no microfone.

As primeiras palavras foram saindo até que me senti bem, como se já fizesse isso há bastante tempo. As vendedoras também foram legais como sempre, a gerente e a dona da loja conversaram bastante comigo e isso já fez com que me sentisse a vontade e seguro.

Quando o dia estava terminando nem parecia que havia ficado triste durante a semana. Sai da loja completamente diferente de como comecei o dia, ou seja, sai mais animado e amanhã estarei lá novamente para fazer a minha locução.

Abraço a todos!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Coisas que estão fazendo com que mude de idéia

Ao retornar pra casa recebi a ligação da minha mãe. Ela perguntou como eu estava, disse que hoje me sentia melhor, um pouco mais animado.

Conversamos a respeito da faculdade e ela me falou algo que fez eu pensar ainda mais no meu retorno ao curso de fonoaudiologia. Os professores fizeram uma reunião de colegiado para definir algumas diretrizes para esse semestre e o assunto principal dessa reunião era a respeito dos alunos que já haviam reprovado e que também tinham dificuldades.

Segundo a minha mãe os professores não iriam deixar que eu reprovasse e que dariam trabalhos para recuperar notas se fosse necessário.

Isso tudo estaria num e-mail que meu pai recebeu da coordenadora.

Então resolvi agendar um horário com a professora, mandei um e-mail pra ela explicando que talvez tenha me precipitado e que gostaria de conversar com ela novamente para saber se realmente poderei contar com essa "ajuda". Pelo que sei, parece que tem mais uma colega que tem dificuldade e por isso eles (os professores) estariam interessados em ajudar ainda mais que o curso está em extinção e só tem mais uma turma de fono. A última se formou em janeiro.

Voltando a ligação da minha mãe, conversamos mais um pouco e ela falou que se isso for verdade vale mais do que apena voltar a estudar e terminar as dezessete cadeiras que me restam.

Agora estou esperando uma resposta da coordenadora, possivelmente se for amanhã, vai ser difícil porque estarei na loja. Terei que ver até que horas ficarei lá já que só farei locução.

Ah, ao sair do Campus I da universidade a onde estava minha madrasta mandou um SMS perguntando como é que eu estava. Mandei outro de volta dizendo que estava melhor, mas com receio de voltar pra casa porque meu pai ultimamente tem sido ríspido comigo. Também falei da conclusão que cheguei a respeito do meu comportamento em relação ao curso (abordei isso no post anterior) e caso retornasse a fazê-lo teria que ser com acompanhamento psicológico devido às dificuldades e a depressão.

Não deu muito tempo e ela me retornou o torpedo dizendo que meu pai vai sim pagar um tratamento para mim (finalmente, aleluia irmãos).

E ao voltar pra casa repeti uma frase que talvez nunca tenha dito: eu vou ser fonoaudiólogo. Foi engraçado ainda mais para quem sempre se queixou a respeito do curso.

Penso que se conseguir ter essa ajuda dos professores e de um(a) psicólogo(a) creio que não sofrerei mais tanto a cada final de semestre.

Enfim as coisas parecem estar querendo se ajeitar e se tudo der certo vou conseguir encarar o curso até o final e mais do que isso espero também conseguir vencer esta maldita depressão.

Abraço a todos!

Farei "Bico" Como Locutor

Recebi uma ligação que nem esperava. Era a gerente da loja na qual trabalhei no mês de dezembro me convidando para fazer locução amanhã no sábado. Fiquei sem reação, mas agradeci, disse que "já estou lá".

Não é nem pelo dinheiro, mas sim pelo fato de ocupar a minha mente e esquecer os problemas. Além do mais lá é um excelente ambiente de trabalho, me dou bem com todo mundo.

Tomara que consiga fazer a locução sem nenhum problema, pois como não tenho experiência nisso, posso dizer que estou "meio enferrujado", mas enfim, sou brasileiro e não desisto nunca.

Abraço a todos!

Sem Radar - LS JACK

Esta música reflete o momento pelo qual estou passando.



Sem Radar - LS JACK


É só me recompor
mas eu não sei quem sou
me falta um pedaço teu

Preciso me achar
mas em qualquer lugar estou
rodando sem direção eu vou

Morcego sem radar
voando a procurar
quem sabe um indício teu

Queimando toda fé
seja o que Deus quiser eu sei
que amargo é o mundo sem você

Você me entorpeceu
e desapareceu
vou ficando sem ar
O mundo me esqueceu
meu sol escureceu
vou ficando sem ar
esperando você voltar

É só me recompor
mas eu não sei quem sou
me falta um pedaço teu

Queimando toda fé
seja o que Deus quiser eu sei
que amargo é o mundo sem você

Você me entorpeceu
e desapareceu
vou ficando sem ar
O mundo me esqueceu
meu sol escureceu
vou ficando sem ar
esperando você

Escrevendo minha própria Lei
Desesperadamente eu sei
tentando aliviar
tentando não chorar
por mais que eu tente esquecer
memórias vem me enlouquecer
minha sentença é você

Você me entorpeceu
e desapareceu
vou ficando sem ar
O mundo me esqueceu
meu sol escureceu
vou ficando sem ar
esperando você voltar

Repensando Tudo

Desde ontem à tarde tenho pensado, pensado e pensado a respeito do meu futuro, da fono, se demoraria para arranjar emprego. Várias coisas se passavam pela minha mente.

Sei que é cansativo abordar o mesmo assunto, mas confesso que estou indeciso, "balançado". Não sei se vocês conseguirão me compreender.

Comecei a viver outra realidade quando fui nas agências de emprego porque vi pessoas que também buscavam uma oportunidade e há pouco tempo eu só estudava e estudava.

Admito que sempre fui um chato, um mala por vir aqui várias vezes reclamar do curso de fonoaudiologia. Muitas vezes utilizei este espaço para me queixar e lamentar a respeito das minhas dificuldades em relação ao curso e, no entanto, agora, parece que estou pendendo a voltar a cursar o curso que tanto reclamei.

Como escrevi no outro post, estava me sentindo "estranho". Comentei isso com a minha irmã e ela falou que isso era porque eu havia me acostumado com um tipo de rotina, ou seja, todo dia acordava às seis e meia da manhã, me arrumava e ia para a faculdade. Fui obrigado a concordar com ela.

De repetente tudo mudou para mim, tranquei a faculdade e comecei a "correr" atrás de emprego.

Ontem a tarde estava bem deprimido, sai do Campus I e resolvi cortar o cabelo para tentar melhorar a minha aparência porque se dependesse de mim eu deixaria cabelo e barba crescerem.

O barbeiro me perguntou se ainda estava estudando, disse que não e que estava atrás de emprego. Ele percebeu o meu abatimento e até me convidou para que fosse num culto com ele. Educadamente agradeci o convite e disse que não poderia ir, mas quem sabe outra hora.

Depois que cortei o cabelo fui para o Shopping e lá fiquei por um tempo e em seguida peguei o rumo de casa. Na verdade nem estava a fim de retornar porque meu pai continua chateado e ríspido comigo.

A única coisa que tenho coragem de dizer pra ele é: "bom dia", "oi". Só essas coisas.

E como a minha madrasta estuda de noite daí a coisa piora porque é só o meu pai e eu em casa. Então ao chegar em casa o cumprimentei e ele rispidamente me respondeu. Fui tomar o meu banho e após isso fui para o quiosque, coloquei a rede e fiquei lá deitado.

Me sentia mal por causa desta distância entre mim e ele, mas do jeito que estava não tinha coragem de conversar com ele, inclusive a conversa que meu pai teve comigo se deveu a minha madrasta que o acalmou.

Deitado na rede fiquei pensando se a decisão que havia tomado era certa ou não, me lembrei das aulas de uma professora que gostava tanto e de como a gente se divertia, comecei a imaginar a minha formatura e também um relacionamento com uma menina de olhos azuis claros (escrevi até poemas pra ela). Tudo imaginação é claro! Esta guria nem imagina que fui afim dela, mas também acho que nem faço o seu tipo.

Pensando essas bobagens todas cheguei a seguinte conclusão: ao terminar o ensino médio (a melhor fase da minha vida) comecei a entrar em depressão porque não via mais os meus amigos com frequência, não tinha mais as rodas de violão, as brincadeiras, o futebol no recreio (quando a gente improvisava uma lata de refrigerante como bola), aquela convivência diária. Perdi isso tudo. Inevitavelmente as coisas tinham que mudar. Ingressei na faculdade e estava "rodeado" de mulheres, me sentia deslocado pelo fato de ser o único homem e não ter com quem conversar.

Essa tristeza que sempre senti acabei direcionando para o curso, quando que na verdade a minha infelicidade era pelo fato de ter me tornado uma pessoa sozinha, longe dos amigos, colegas de colégio.

Pode ser que não seja isso que escrevi, mas uma coisa eu posso dizer: como sinto falta dos meus amigos, quem sabe se não tivesse me afastado totalmente e tivesse buscado manter contato as coisas não seriam diferentes agora.

Apenas uma reflexão que tive ontem à noite.

Esqueci de comentar, a minha irmã me perguntou como estava me sentindo e eu respondi que me sentia "anestesiado", que não estava feliz e nem triste por ter cancelado o curso. Ela me falou que a coordenadora passou um e-mail para o meu pai dizendo que se eu quisesse voltar atrás, teria mais duas semanas para decidir e que os professores dariam uma atenção especial para os alunos que já reprovaram.

Pensando nas cadeiras que estudei e nas que faltavam para terminar e fazer colação de grão, confesso que fiquei balançado porque me faltaria apenas 17 disciplinas para estudar e assim me formar.

A partir disso comecei a me indagar várias vezes: o que eu faço? Mandei um SMS pro meu pai, já que não tinha coragem de nem puxar assunto com ele. Pedi um tempo para pensar.

Estou pensando em conversar novamente com a coordenadora, ela foi bem acessível comigo. Pretendo abordar mais uma vez as minhas dificuldades e também a respeito desta indecisão que está me consumindo à semana toda. Porque se voltar a estudar, com certeza precisarei de apoio e isso quero deixar claro para minha professora, pois sozinho eu não consigo.

Hoje falei com a prima da minha madrasta, contei a respeito da minha indecisão e ela falou que deveria conversar com a minha coordenadora, trocar uma idéia, quem sabe fazer mais um semestre já que não falta muito e depois ver o que acontece.

Estes dias um amigo que estudou comigo também falou a mesma coisa e seriamente estou pensando nisso, ainda não cheguei a nenhuma conclusão a respeito.

Bom, é complicado de mais, tento imaginar se não tivesse esta maldita depressão, será que teria mais facilidade para tomar decisões?

Vou ficando por aqui.

Abraço a todos!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O Apoio Que Estou Recebendo

Está dando uma chuva fina em Novo Hamburgo. O tempo mudou drasticamente porque pela manhã fazia sol e calor.

Ao acordar de manhã me senti melhor e isso tudo por causa da conversa que tive com a prima da minha madrasta. O fato de estar recebendo apoio tem sido muito importante para mim, inclusive vou abrir o jogo aqui com vocês de algo que aconteceu à tarde.

Há alguns meses resolvi criar mais um blog, só que ao invés de usar "Nick", iria usar o meu nome e também colocaria a minha foto.

Diferentemente deste espaço do qual estou habituado, confesso que me senti estranho e se o fiz foi porque queria mostrar qual o tipo de pessoa que eu sou de verdade, queria que as pessoas que estão ao meu redor me conhecessem de fato.

Levei tempo para escrever. O primeiro post foi em meados de setembro e recentemente acabei escrevendo alguns posts só que tomando o devido cuidando para preservar as pessoas que geralmente cito por aqui como é o caso do meu pai.

E hoje ao abrir meus e-mails, a minha tia pediu que eu passasse o meu número de celular por e-mail e acabei fazendo, já desconfiando de soubesse que havia trancado o curso.

Acontece que a minha prima descobriu "este meu outro blog" e ficou preocupada com o que escrevi a respeito da depressão que estava tomando conta de mim, tanto ela como a minha tia comentaram o post.

Minha tia ligou e conversou bastante comigo, meu a maior força, disse que poderia contar com ela e com os meus primos que também estavam preocupados e que sabia que a convivência com o meu pai não era fácil e que estava do meu lado.

Fiquei emocionado e sensibilizado com esta demonstração de carinho porque isto mostra que mesmo estando desempregado e com a faculdade trancada, posso contar com o carinho e a compreensão não só da minha tia, mas também da minha mãe, irmã e também da esposa do Eraldo que ontem foi como uma psicóloga para mim.

Então, hoje de manhã mais uma vez fui pra luta e assim vai ser até que consiga um emprego. Depois vim até o Campus I da universidade em que estudei, a sorte é que ainda consegui passar o meu cartão na catraca e entrar, inclusive estou digitando direto do laboratório de informática.

Enfim meus amigos é isso. Vou dar uma olhada nos classificados e continuar na busca incessante de um lugar ao sol.

Abraço a Todos!
Obrigado Pela Força!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Conversa Mais Que Agradável

A prima da minha madrasta (viúva do Eraldo, grande amigo que carrego dentro do coração) me ligou a tarde querendo conversar comigo porque ficou sabendo do cancelamento do meu curso e também porque estava preocupada comigo.

Primeiramente era para ir até a firma dela, mas depois marcou comigo no apartamento em que mora com os seus dois filhos.

Era estranho estar indo no seu apartamento, digo isso porque fui apenas duas vezes lá e em ocasiões diferentes. Numa era porque o Eraldo estava de aniversário, (não tem como não lembrar do Campeão, ainda mais pela consideração e carinho que sentia por mim) e na outra era páscoa.

Entrei na rua e comecei a procurar o edifício, nem me lembrava a cor porque nas vezes em que fui lá era noite. Pois bem, deu a coincidência de chegarmos juntos. Entramos no apartamento, cumprimentei as crianças e aí fomos para cozinha conversar.

Contei mais ou menos parte da minha história, de como entrei no curso, falei também da depressão e dificuldade que tenho para prestar atenção e por aí vai.

Ela por sua vez me aconselhou e encorajou para que eu fosse à luta, que acreditasse mais em mim porque capacidade eu tenho, mas não consigo enxergar e isso está atrapalhando.

Disse que meu pai está pensando pagar um tratamento para mim (finalmente!). Conversamos bastante, pude ser transparente, contei tudo e recebi muito apoio para lutar e ir atrás dos meus objetivos.

Depois que cheguei em casa me lembrei que o Eraldo queria muito conversar comigo, mas infelizmente não deu tempo, mas hoje era como se estivesse não só a sua esposa, mas ele me recebendo com um abraço e com aquele sorriso.

Tenho dificuldade de armazenar coisas, queria ter a memória de um computador, mas o que posso dizer é esta conversa serviu para afirmar que eu posso e que sou capaz de ir atrás dos meus objetivos.

Vou lutar porque como diz a música: Eu vou seguir sempre. Acreditar que sou capaz e lutar uma vez mais. Ou essa aqui: Nunca deixem que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem, ou que seus planos nunca vão dar certo ou que você nunca vai ser alguém. Tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar, mas eu sei que um dia a gente a prende se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo. Quem acredita sempre alcança!

Então meus amigos, amanhã é um novo dia, vou atrás, vou pra luta e vou conseguir.

Abraço a todos!

Uma Outra Realidade

A minha vida mudou e agora tenho que me habituar com uma nova realidade. Estive pensando em todos os posts que escrevi até aqui e cheguei à conclusão que 90% do que escrevia era para reclamar da faculdade.

Após ter tomado esta atitude de trancar o curso vi que muita coisa iria mudar, como o fato de não estar estudando e tendo que ir atrás de emprego, mas sabem de uma coisa? Não descarto de um dia terminar o curso, nem que seja em outra universidade. Porque escrevi isso? Bem, tenho pensado bastante em tudo e cheguei à conclusão que as minhas principais dificuldades são decorrentes da minha instabilidade emocional, ou seja, da depressão. Por isso sempre defendi que se pudesse consultar com um analista, psiquiatra, psicólogo, sei lá, eu consultaria porque ajudaria muito a entender as coisas que se passam comigo.
É tão complicado quando a gente não sabe o que quer e pior é de tudo é não ser compreendido.
Comecei a minha luta hoje de manhã, meu pai foi me acordar as 07h00min, dizendo que agora tudo seria diferente. Já tinha levantado e já estava me arrumando para sair.

Desci pra cozinha e minha madrasta disse que queria me mostrar um e-mail que meu pai recebeu da coordenadora do meu curso e que repassou pra ela.

Nesta mensagem ficou claro o porquê de ter cancelado o curso. Mesmo que todos os professores fizessem um trabalho especial comigo e mais algumas colegas como foi dito, penso que dificilmente iria conseguir passar nas disciplinas ainda mais deprimido e apático do jeito que estou.

Confesso que deveria estar feliz, mas não. Sinto apenas um vazio que nem sei como explicar.

Tenho corrido bastante, indo atrás de emprego. Desde manhã cedo estou caminhando e distribuindo currículos, nem tenho me alimentado direito. Já perdi cinco quilos em uma semana.

Logo que cheguei na AME (Agência Municipal de Empregos) vi que tinha várias pessoas procurando emprego. Antes estudava e não trabalhava e agora não estudo e não trabalho.

Minha madrasta me contou que meu pai não está bravo comigo, mas sim muito, mas muito chateado pela escolha que fiz e preocupado porque ele não consegue vislumbrar futuro pra mim.

Tenho que ir atrás porque como falei para os mais próximos, não vou ficar parado. Quero muito trabalhar e talvez o tempo me mostre se fiz bem ou não em trancar este curso.

Vou indo. Agora vou sacar uns trocados da minha poupança e almoçar. Depois pretendo refazer o meu curriculo.

Abraço a todos!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Recapitulando Tudo

Em 2006 iniciei na faculdade, recém havia me formado no segundo grau, estava feliz por ter conseguido aprovar em todas as matérias e me formar com a turma 23A. Nós sempre falávamos que nunca iria existir uma turma tão unida e tão amiga quanto foi a nossa.

Nesta época havia tornando-me uma pessoa feliz deixando de lado aquele adolescente rabugento e mal humorado que se isolava de todos.

Comecei a me "soltar" justamente no último ano de ensino médio, virei um palhaço, gostava de imitar alguns professores e também alguns artistas como Sílvio Santos, o Gil Gomes. Os alunos das outras séries às vezes me abordavam pedindo que fizesse a imitação clássica do homem do baú. Posso dizer que não era popular no colégio, mas algumas vezes me sentia como se fosse.

Era engraçado, os professores pedindo para que eu os imitasse e eu constrangido relutava em fazer e no final acabava imitando.

O que ficou na minha memoria foi à viagem que fizemos para Porto Seguro, nem todos puderam ir, mas os que foram (incluindo eu) criaram um vínculo maior de união e amizade.

Quando voltamos da viagem já estávamos a poucos meses da formatura e em dezembro de 2005 estava passando por sérias dificuldades nas disciplinas de física, química e matemática e o mais legal disso tudo é que a minha turma me deu a maior força dizendo que eu tinha que me formar junto com eles e que também conseguiria passar nas matérias.

Nesta "turbulência" fui convidado por um professor que alguns anos atrás estava louco pra me reprovar para ser o narrador do teatro de natal que o colégio estava organizando. Relutei bastante porque tinha receio de que não daria conta e também pelo fato de estar bastante preocupado em relação às matérias que precisava passar, mas no final aceitei, fizemos o ensaio.

O teatro se deu no ginásio do colégio, estava com as arquibancadas cheias, ninguém me via porque estava atrás de um pano preto.

Lembro que no inicio estava nervoso, mas depois fui me acalmando na medida em que lia o texto e após encerrarmos as apresentações comecei a receber os abraços da diretora e dos de mais professoras que se faziam presentes.

Um dos abraços me deixou emocionado. A professora de matemática venho me cumprimentar pelo teatro e também por ter conseguido passar na matéria dela.

Sai do ginásio correndo de felicidade. Estava passado e iria me formar junto com a minha turma, com os meus amigos. Que emoção!

Na formatura fui escolhido para ser um dos oradores e como de praxe também relutei por causa da timidez de ter que falar em público, mas no final encarei o desafio.

Embora tremesse de nervosismo, mais uma vez dei conta do recado. A alegria estava presente em todos nós.

Depois da formatura do ensino médio a minha vida mudou e muito. Meu pai e minha irmã haviam escolhido o curso de fonoaudiologia e na época acabei aceitando fazer para ver o que iria acontecer. Não tinha nenhuma opinião a respeito do curso.

Logo no inicio estranhei bastante pelo fato de as turmas das disciplinas serem só de mulher. No começo havia mais dois homens junto comigo. O primeiro fez um semestre e depois mudou para história e o segundo trancou a faculdade por não ter condições de conciliar o negócio que tinha com os estudos e eu acabei por ficando como o bem dito fruto entre as mulheres.

Sentia-me mau por não ter assunto para conversar com as meninas, ainda mais sendo tímido do jeito que sou. A minha timidez, tem um limite, se eu conheço uma pessoa com quem me dou bem, já viro extrovertido, começo a falar bobagens e fazer palhaçadas.

Este processo acabou desencadeando uma depressão, pois me afastei dos colegas de colégio e eles de mim, não tinha mais aquela rotina escolar e sim uma nova realidade, uma nova situação na qual não estava conseguindo me habituar.

O primeiro semestre foi de novidade para mim porque estava iniciando a vida acadêmica. Fiz quatro cadeiras e acabei reprovando em uma. Contei para o meu pai e ele ficou "de cara" comigo e a partir daí comecei a me tornar mentiroso porque tinha receio de dizer a verdade e medo das reações do meu pai porque ele sempre foi muito enérgico comigo desde que eu era criança.

Fui levando a coisa como dava. Passava em três cadeiras e reprovava numa e ia mentindo. Cada semestre que passava ia aumentando ainda mais o meu desânimo, pois percebia que não conseguia "acompanhar" a minhas colegas e também pelo fato de não ter com quem conversar alguém para estabelecer uma amizade, enfim.

Após vários semestre o meu pai resolveu averiguar a minha situação acadêmica e isso só aconteceu por causa da minha madrasta que incutiu isso na cabeça dele e a partir daí a minha mascara começou a cair.

Ele entrou em contato com a minha coordenadora, trocaram alguns e-mails e ela falou do meu aproveitamento e de que havia se reunido com os demais professores, numa reunião de colegiado de curso, no qual se falou dos alunos que estavam repetindo disciplinas. Com isso deixou bem claro de que não tinha apenas uma reprovação, mas sim outras.

Não tenho nada a reclamar da coordenadora do meu curso. Foi transparente e mostrou-se preocupada com a minha situação.

Depois da conversa de ontem que meu pai teve comigo passei a pensar incessantemente sobre gostaria de fazer. Preciso tomar uma decisão, estou na prensa e tenho que decidir logo porque como meu pai falou as coisas vão ser diferentes: não poderei dormir até as 08h30min, terei de acordar cedo, mesmo que não tenha compromisso e por aí vai.

De manhã ele perguntou o que havia decidido e eu respondi que iria trancar a faculdade e que estava pensando em optar por um curso de informática. O que o meu pai queria é que eu não fosse subordinado por ninguém e trancando o curso isso iria mudar porque terei que ir atrás de trabalho e também passarei a ter chefe.

Após ter trocado umas palavras com o meu pai, sai e fui caminhando a pé até o centro. No caminho ia pensando a respeito do meu futuro e o que deveria fazer.

Fui pra parada de ônibus, a minha mãe ligou e contei a novidade pra ela, depois me retornou mais tarde dizendo que minha irmã também havia ficado feliz por mim e também me aconselhou de como deveria agir com o meu pai.

O ônibus chegou e eu comecei a fazer o mesmo trajeto no qual me acostumei a fazer quase todos os dias. Cheguei na clínica e esperei um pouco porque a minha professora (coordenadora do curso) estava em aula. Neste meio tempo fiquei pensando no que iria dizer até que ela me chamou. Entrei na sala, tinha mais umas colegas minhas, ela já ia abordar a respeito das disciplinas que precisaria fazer quando falei que gostaria de conversar em particular com ela.

Fomos para a outra sala da clínica e lá externei pra ela a respeito das minhas dificuldades em relação ao curso, falei da minha depressão, de que não conseguia "acompanhar" as minhas colegas em aula. Fui transparente, ela nem esperava que eu fizesse isso, de largar o curso, mas foi bem compreensível.

Disse que a gente tem que fazer aquilo que gosta e me deu o nome de um lugar para procurar em Porto Alegre a onde oferecem curso de locução.

Agradeci e nos despedimos.

Procurei deixar bem claro que não estaria descartando a possibilidade de um dia voltar pra fono, mas que agora precisaria de um tempo para avaliar se a decisão que havia tomado teria sido certa ou não.

Sai da clínica sem saber o que estava sentindo. Resolvi escrever recapitulando mais ou menos tudo que aconteceu até chegar a este desfecho, desde o último ano de ensino médio até este exato momento em que estou cancelando o curso.

Espero poder me "achar", me "encontrar" e ser feliz, apenas isso.

Abraço a todos!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O que eu não esperava aconteceu

Esta última semana foi muito difícil para mim porque como contei anteriormente, o meu pai quase me agrediu pelo fato de ter gritado no telefone com a minha irmã e também porque descobriu algumas reprovações minhas.

A minha cabeça está um nó, espero conseguir contar as coisas como elas realmente aconteceram porque ando muito esquecido, talvez seja um dos sintomas da depressão, sei lá.

Ontem perambulei pelo centro, caminhando sem direção alguma. Minha mãe e minha irmã me ligaram convidando para que ficasse na casa delas e eu aceitei, até porque na casa do meu pai o ambiente estava "pesado" de mais para mim, não estava me sentindo bem.

Hoje pela manhã meu pai me ligou as sete e pouca da manhã, dizendo que estava trazendo um casal pra limpar o terraço da casa da minha mãe com lava a jato deixando-o pronto para que após alguns dias fizessem a impermeabilização a fim de solucionar as infiltrações na cozinha e na área de serviço que ocorre quando dá aquelas chuvas fortes.

Meu pai mal falou comigo e o rapaz que venho fazer o serviço disse que ele estava muito bravo comigo por causa das minhas reprovações.

Sai da minha mãe preocupado com a reação do meu pai quando eu chegasse em casa. Peguei o ônibus para o centro e voltei a pé pra casa. Geralmente quando caminho na rua tenho como costume, cantar, mas sem que ninguém perceba e, no entanto pelo estado que me encontro estou sem vontade.

Cheguei em casa e antes de abrir o portão de entrada fiz o sinal da cruz, entrei e cumprimentei a minha madrasta que estava no pátio cortando alguns galhos e podando os pingos de ouro. Em seguida entrei na sala, meu pai estava no gabinete, dei um oi com apenas um fio de voz e ele secamente respondeu.

Fui para o quarto e comecei a arrumar um pouco a minha bagunça, desinstalei o karaokê, dobrei algumas roupas pensando como seria o dia de amanhã quando o meu pai me chamou para que fosse à cozinha. Ao me chamar percebi que não estava nervoso e desci. Ele chamou a minha madrasta e aí começamos a conversar a respeito de tudo que ocorreu.

Meu pai falou dos gastos que tem todo mês em ter que pagar a receita federal, as despesas com a faculdade da minha madrasta, da minha irmã e a minha, de algumas contas que está pagando em atraso porque não quer mexer no que tem no Banco. Foram muitas coisas que até nem lembro direito (pode uma coisa dessas?).

O que mais surpreendeu foi que ele me indagou se iria querer continuar estudando a faculdade de fonoaudiologia. Eu nem respondi, estava muito abatido, só sei que num dado momento falei o quanto me cobrava por não saber o que quero da vida, qual carreira seguir.

Já escrevi várias vezes, cheguei a um estágio que eu já nem sei mais o que quero pra mim e isto meus amigos é muito ruim.

Casualmente estava pensando hoje, tem pessoas que nascem sabendo o que querem e outras que se "perdem" como eu.

Porque tem que ser assim? Tantas noites tenho "rolado" na cama pensando, pensando e pensando sem chegar a nenhuma conclusão. Confesso que me sinto frustrado por não ter um "norte", não saber qual o melhor caminho para seguir.

Voltando a falar do meu pai, a atitude dele me surpreendeu, acho que a minha madrasta foi o ponto de equilíbrio porque ficou junto, sentada na mesa e quem sabe se não fosse por isso ele não teria se exaltado.

Agora tenho que pensar seriamente, se bem que tenho definido que não quero fazer esta faculdade. Meu pai pediu uma resposta logo porque assim ele não precisará pagar as parcelas da mensalidade.

Amanhã terei uma conversa com a coordenadora possivelmente comunicando o meu desligamento do curso.

É, o que fazer? Bom, agora posso ir atrás de emprego, ganhar o meu dinheiro.

Então preciso me decidir, por que o meu futuro está em jogo e esta não é uma decisão nada fácil, mas pelo menos terei a chance de escolher o que quero.

É isso. Acho que omiti algumas informações, enfim ando meio esquecido mesmo.

Abraço a todos!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Não sei o que me espera e nem o que posso esperar

Estou "anestesiado". É assim que começo escrevendo, talvez já tenha usado esta palavra algumas vezes aqui no blog.

Não me preocupo e tão pouco me importo com o que possa vir a me acontecer. Digo isso em relação ao curso e também a minha vida.

Ando abatido e melancólico, as pessoas "de fora" devem perceber claramente quando olham para mim e veem um rapaz triste, cabisbaixo e deprimido.

Ontem passei o dia inteiro fora, vadiando por aí, batendo perna na rua e fazendo tempo para voltar pra casa. Cheguei mais ou menos umas 21h00min, cumprimentei a filha da minha madrasta e ela até brincou dizendo que eu estava desaparecido. Conversei mais um pouco com ela e subi.

Fui direto para o quarto. Meu pai estava no computador e nem o cumprimentei, a minha madrasta depois foi para o outro computador e nem sequer me procurou para conversar a respeito da situação que havia ocorrido.

Tomei banho, estava tomado pelo cansaço e em seguida me tranquei no quarto. Estava me sentindo estranho, aliás, nem me sentia a vontade naquela casa que também é minha.

Sempre costumo comparar que na casa do meu pai às vezes me dá receio de fazer algo ou pegar alguma coisa que eu queira, já na da minha mãe me sinto tão a vontade que até posso andar de cueca, ou fazer xixi com a porta aberta (elas não me vêm urinando).

Voltando ao assunto, fiquei trancado no quarto, liguei para a minha mãe e conversei um pouco com a minha irmã também. Elas estavam preocupadas comigo. Conversamos uns vinte minutos e depois fiquei no escuro do quarto olhando pras paredes.

Foi então que meu pai surtou quando recebeu o e-mail da coordenadora do meu curso. Neste e-mail que fiquei sabendo do conteúdo só mais tarde a professora falava a meu respeito, das vezes que me procurou, mas que eu não mostrei disponibilidade para conversar com ela, das cadeiras que preciso fazer e também da previsão do término do curso.

Ficou evidente neste e-mail a minha falta de interesse, pois sempre procurei fazer as cadeiras que estivessem de acordo com as minhas possibilidades, visto que apresento sérias dificuldades de aprendizagem e ainda tenho que lutar contra a distimia que agora está indo para uma depressão mesmo.

Então meu pai me acordou hoje e falou a respeito do e-mail que recebera, perguntou em quantas disciplinas havia reprovado, na hora nem soube responder e acabei falando que em quatro ou cinco quando que na verdade reprovei em dez. Imaginem só.

E aí ele começou a dar uns sermões, disse que eu estava fazendo chantagem emocional ao ligar para minha mãe e irmã e que as coisas não aconteceram da forma como eu penso e por aí vai e mandou que fosse até a faculdade para conversar com a coordenadora e me matricular nas disciplinas que faltam.

Cheguei na faculdade e a coordenadora não estava, conversei com a secretária do ICS (Instituto de Ciências da Saúde) e ela me recomendou que mandasse um e-mail para a professora ou que a procurasse na semana que vem quando as aulas se iniciam.

Sai do ICS e fui direto para o laboratório de informática, passei um e-mail para o meu pai falando a respeito da conversa que tive com a secretária e também encaminhei o meu histórico acadêmico com todas as cadeiras que fiz e as que ainda me restam para concluir o curso.

Espero que ele me retorne porque francamente isto é um assunto que prefiro nem conversar e sim fazer por escrito porque acabo me desgastando ainda mais.

Sei que errei ao omitir as minhas reprovações e dizer que havia aprovado nestas cadeiras, mas se fiz o que fiz foi por medo e insegurança de ser repreendido, já que meu pai é muito severo e rígido. Ele não entende e tão pouco me compreende, nunca viu às vezes em que me trancava no quarto e tentava estudar, mas não conseguia por causa da falta de vontade. Sofri e sofro bastante com isso.

Enfim não sei o que me espera, mas tudo o que posso dizer é que falarei com a coordenadora contando tudo e deixando claro o porquê de estar fazendo o curso. Ela não poderá fazer nada por mim e tão pouco se meter na minha vida, mas pelo menos irá entender a minha apatia em relação ao curso de fonoaudiologia.

Abraço a todos!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cagando e Andando

Permitam com que utilize a expressão: "Cagando e andando". Por que pouco me importa o que possa me acontecer ainda mais em relação à faculdade, se o ditador (o meu pai) descobrir o número de cadeiras que já reprovei em todo curso.

Após ter publicado o post "Caminhando Sem Rumo" recebi a ligação da minha irmã. Ela pediu desculpas e se mostrou preocupada pelo fato de o meu pai ter quase me agredido por uma coisa tão banal, ainda mais que eu não tinha nada a ver com a história e aí vem à expressão que utilizei para começar o post.

Estou "cagando e andando" se o meu pai me expulsar de casa porque se isso acontecer irei largar esta porcaria de faculdade e procurarei trabalho.

Me sinto "anestesiado" devido ao meu grau de abatimento.

Sempre costumo comparar o estado emocional das pessoas como uma jarra de água que vai enchendo até transbordar e eu estou transbordando neste exato momento.

Como eu queria que as coisas fossem diferentes, que o meu pai fosse menos rígido (até os filhos da minha madrasta tem medo dele) e mais acessível. Ele só quer que as pessoas prestem atenção nele e geralmente quando a minha madrasta ou eu falamos uma palavra errada, corrige na frente dos outros sem se importar com o nosso constrangimento.

Ontem à noite fiquei pensando, se um dia tiver filhos procurarei ser um pai rígido quando precisar, mas, porém serei um pai amoroso e acima de tudo AMIGO dos meus filhos fazendo o que puder para vê-los felizes. Penso desta forma.

Não sei ainda o que me espera porque estou meio perdido em relação a minha vida. Acho que o cara das mensagens desistiu de mim. Melhor assim porque não sou do tipo de profissional que ele precisa.

Continuarei procurando e vendo possibilidades de trabalho. A luta continua.

Não me importo com mais nada, até porque estou de saco cheio, inclusive falei para a minha mãe que não admitiria que ninguém pisasse em cima de mim e que isso servia tanto para o meu pai como para a minha irmã.

Cansei.

Abraço a todos!

Caminhando Sem Rumo

Fui dormir tarde da noite, devia ser mais ou menos umas dez pras duas da manhã quando preguei os olhos. Ao acordar pelas 09h00min horas percebi que o meu pai e minha madrasta haviam saído e só estava a Júlia (filha dela) e eu.

Tratei de me arrumar e peguei o caminho do centro, não queria nem ficar naquela casa depois da situação que passei ontem de quase ter apanhado por nada.

Quero deixar bem claro que sempre fui uma pessoa educada que jamais desrespeitou alguém e se o fiz foi apenas para me defender como foi o caso de ontem ao ouvir minha irmã gritando comigo pelo telefone me chamando de covarde e "cagão".

Não poderia ter ficado quieto e o que fiz foi por impulso, gritei e mandei-a pra aquele lugar como escrevi no post anterior.

Ajo desta forma, ou seja, costumo tratar as pessoas do jeito que sou tratado. Apenas isso.

Dito isso, caminhei a pé até o centro porque não tinha dinheiro para pegar o ônibus. Fui até o banco para pegar a senha do meu cartão da poupança e também para sacar uns trocados, pois estava “liso”.

Depois dei mais algumas voltas e agora estou na faculdade esperando as horas passarem.

A minha mãe me ligou e contei pra ela o que havia acontecido depois que falei com a minha irmã ontem. Ela disse que xingou a minha irmã dizendo que eu não tinha nada a ver com o negócio do boleto da faculdade e do cheque que o meu pai havia dado para ela pagar a matricula.

Provavelmente a minha irmã irá me ligar de noite para conversar e como não sou de guardar magoas acabarei relevando como sempre faço.

Minha mãe até me convidou para que morasse com ela, só que daí meu pai teria que ajudar a me bancar. Eu apenas disse que não sei.

O meu pai é uma pessoa muito autoritária e rígida, só ele sabe, só ele é que está certo. A minha irmã tem a mesma personalidade dele, já a minha mãe é ansiosa, nervosa e fala de mais, sem se dar conta ela pode provocar uma briga entre o meu pai, minha irmã e eu.

Se eu pudesse iria morar sozinho, talvez muitos vão dizer "ele não sabe o que está escrevendo", mas realmente pra mim seria muito bom poder ser dono de mim, fazer o que gosto, enfim.

Bom, vou ficando por aqui. Daqui a pouco darei as minhas caminhadas e de noite olharei o jogo do Inter pela Libertadores trancado no meu quarto.

Abraço a todos!

Quase Apanhei do Meu Pai

A história é meio complicada de contar, mas tentarei mesmo tendo que enfrentar esses "bloqueios" que me dá de vez em quando.

Já estamos no dia 16/02/2011, escrevo nestas primeiras horas dividindo o que aconteceu comigo até algumas horas atrás.

Ontem meu pai pediu que entregasse um cheque para a minha irmã referente a matricula dela na faculdade, mas, contudo ela teria que pagar o boleto só depois das 17h00min.

Combinamos de nos encontrar no shopping e lá eu dei o cheque pra ela. Dei mais umas voltas no centro e depois retornei pra casa a pé.

Lá pelas 20h30min sentei com o meu pai na sacada de casa e aí ela me ligou. Com o meu pai do lado atendi o celular sem nada de mais. Até aí tudo bem só que quando ela falou que não conseguiu pagar o boleto na faculdade o meu pai pirou e começou a reclamar e ela ouviu tudo, inclusive sobrou pra mim.

Começou a reclamar do fato de eu não ter atendido o celular longe do meu pai e outras coisas tanto que ele quase arrancou o celular da minha mão.

Botei o aparelho no silencioso e ela me ligou novamente, me tranquei no banheiro e tentei conversar com calma, mas não adiantou. Acabei ouvindo que sou um covarde, um cagão e mais alguns impropérios, ainda mais ela gritando comigo no telefone não tive como não me irritar e por isso gritei mando-a para aquele lugar.

Nisso meu pai venho correndo e berrou que eu abrisse a porta do banheiro, já tinha percebido a mancada que tinha feito e por mais que tentasse me justificar não iria adiantar porque o meu pai é daquele tipo de pessoa que só ele tem razão.

Ele perguntou se era eu que tinha dado aquele grito acabei respondendo que sim e aí ele me jogou contra a parede do banheiro dizendo que não era para eu ter berrado daquele jeito e que não iria admitir isso.

Apenas virei a minha cabeça para o espelho e não falei nada. Acredito que se o meu pai tivesse bebido mais um pouco com certeza a coisa seria bem pior e ele teria me agredido ainda mais.

Depois disso tudo meu pai voltou para a sacada, eu, bem, me senti humilhado, um lixo. Imaginem um rapaz de 23 anos que sempre foi educado, gentil e cortez quase apanhar do pai por causa disso.

Como escrevi acima, sei muito bem que posso ter errado, mas agi por impulso e por não conseguir aguentar as ofensas e o jeito que a minha irmã estava se referindo a mim.

Ele voltou para a sacada e eu botei uma roupa, calcei o tênis e sai a caminhar a pé de noite pelo centro. Na hora estava com tanta raiva e aí comecei a chorar de frustração e de tristeza. Porque tudo tem que ser assim?

No primeiro momento pensei em sumir, nem queria voltar pra casa e tão pouco ir na minha mãe e dar de cara com a minha irmã.

Nesta caminhada pensei em muitas coisas até em suicídio coisa que ainda não tenho coragem de cometer. Pensei nos meus colegas de colégio que estão praticamente com a vida feita, estudando, trabalhando e namorando enquanto que eu estou apenas fazendo um curso que não gosto.

Sinto-me perdido e sem saber o que quero da vida, que rumo devo tomar? São várias as indagações que faço a respeito da vida.

Resolvi voltar pra casa. Cheguei era mais ou menos umas 23h30min. Passei uma água na cabeça, tomei um café com leite e resolvi postar.

Não sei como será daqui algumas horas. Logo que acordar penso em ir ao banco sacar alguns trocados da poupança e passar o dia fora.

Como eu queria que a minha sorte mudasse porque se isso acontecesse à primeira coisa que faria seria comprar um apartamento, assumir a minha vida e me tratar e depois realizaria outras coisas porque como sempre digo: sonhar não custa nada.

Enfim meus amigos é isso. Comecei escrevendo este post a 00h00min e estou terminando as 00h50min. Vou pra cama agora sem saber o que me espera daqui algumas horas. Não é fácil.

Abraços a todos!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

No momento menos abatido e mais leve

Desde ontem a tarde é que comecei a me sentir triste, deprimido e melancólico. Tive um domingo normal como outro qualquer, mas acontece sempre de num determinado momento, do nada, de eu me deprimir sem motivo algum e aí são os "altos e baixos" que menciono tantas vezes neste espaço.

A preocupação com a faculdade e ansiedade em ter que fazer as mensagens fonadas ao vivo me perturba um pouco como já escrevi no post anterior.

Os dias passam depressa como uma Ferrari a 200 km/h. É impressionante e assustador ao mesmo tempo. Tenho que estar preparado quando começar as aulas. Esse semestre tentarei me esforçar mais, de alguma forma ou outra tenho que tirar forças para estudar mesmo que não goste do curso.

Espero conseguir arranjar um emprego meio turno, mas confesso que é extremamente difícil. Se estudasse de noite talvez seria bem menos complicado e aí vem uma frase que meu pai diz sempre:

- Estudar e trabalhar não é fácil.

E não é mesmo. Ele trabalhava de dia e a noite estudava. Minha mãe conta que de manhã cedo quando ia para o trabalho a pé, o meu pai sempre ia lendo um livro no caminho.

Hoje de manhã acordei umas 08h30min, percebendo que meu pai e minha madrasta não estavam em casa, voltei pra cama e dormi mais uma meia hora.

Acordei e levantei, fui pra cozinha comer algo e depois dei uma lida no jornal. Ainda me sentia abatido, mas estava dando graças a Deus que estava sozinho.

Fui para o computador, dei uma navegada em alguns sites, mas estava sem vontade e enjoado. Resolvi sair.

Almocei a carne do churrasco de ontem e a maionese e em seguida me arrumei. Não queria ficar em casa, pois o tédio estava me corroendo e a tristeza me abatendo.

Caminhei a pé até o centro indo até o shopping para me aliviar do calor. Caminhei lá por dentro, vi todas as vitrines e após isso me dirigi até o SINE (Sistema Nacional de Emprego) e a AME (Agência Municipal de Emprego) para ver se não tinha alguma oportunidade de emprego que se encaixa no meu perfil. Não achei nada porque a maioria das ofertas de trabalho é pra turno integral.

Pensei na Microlins, pois eles estavam atrás de pessoas sem experiência, mas o, porém disso tudo é que é pra trabalhar com telemarketing a coisa fica mais difícil porque se tem coisa pior do que operador de telemarketing eu não sei. Digo isso porque não é fácil vender e a pessoa que trabalha sofre bastante pressão para conseguir alcançar a meta da empresa.

Desisti da idéia e voltei a dar minhas caminhadas no centro. Resolvi ir ao cemitério visitar o túmulo do Eraldo, o tio que eu queria ter tido e que foi um grande amigo, uma grande pessoa.

Vocês podem me chamar de louco, mas rezei um pai nosso e sentei na ponta do túmulo ao lado e comecei a "conversar" com ele. Desabafei todos os meus problemas e de como sofria com isso até que comecei a chorar. Precisava disso, talvez tenha ficado quase uma hora num lugar incomum para uma pessoa ir.

A única coisa que posso dizer é que quando sai do cemitério, passei a me sentir mais leve e isto sempre acontece nas vezes em que vou lá visitar o meu amigo.

Sai de lá, dei mais umas voltas, retornei ao shopping e depois peguei o caminho de volta pra casa. O Cristian não ligou, mas amanhã quem sabe ele ligue, se bem que estou pensando em largar este negócio de fazer mensagens ao vivo porque penso que não seja capaz de dar conta do recado.

Só pra vocês terem uma idéia, o locutor que faz mensagens ao vivo tem que saber como interagir com as pessoas como se as conhecessem principalmente a quem receber a homenagem e isso pra mim não é nada fácil.

Já a locução de loja já é diferente porque eu faço as chamadas dos produtos, das ofertas sem precisar me dirigir especificamente a alguém.

Por hora é isso meus amigos. Vou dormir daqui a pouco porque amanhã será mais um dia e tomara que seja bem melhor.

Abraço a Todos e Obrigado Pela Força de Sempre