quarta-feira, 24 de abril de 2013

A Distimia e o TDAH Como Rótulos.


Uma leitora me surpreendeu ao mandar um email no qual relatava o diagnóstico de distimia que recebera de uma psicóloga. O que surpreendeu é que ela não aceitou esse rótulo, ou seja, talvez eu use mesmo a distimia e o TDAH para justificar minhas atitudes, os meus atos.

Tenho tentado ser forte e como todo mundo, às vezes também sofro algumas quedas. Como sempre falo, estou lutando ainda mais agora que procurei ajuda no CAPS. Consegui marcar uma nova consulta para dois de maio.

Preciso de algo que me impulsione, mas sozinho eu não consigo. Na época que meu pai pagava psicólogo para mim pude sentir diferença nas minhas atitudes, estava mais animado e interagindo mais com as pessoas, me sentia mais motivado e hoje não estou mais assim.

Estar desempregado contribui e muito, somando-se o fato de eu ter dificuldades para me relacionar com as pessoas a minha autoestima fica lá embaixo.

Ninguém gosta de ser criticado. Essa leitora fez de uma forma tão suave e já ia esquecendo que outro amigo que prestigia este espaço também o fez.

Para muitos eu sou daquele tipo de pessoa que só lamenta, posso dizer que também me vejo assim inúmeras vezes, pois como já disse aqui é o meu "muro das lamentações". 

Há momentos que estou tão mal que penso duas vezes antes de escrever com medo das críticas que possam vir e isso é um grave defeito que terei que trabalhar. Peço desculpas se sou chato. É que cansa mesmo só ler o mais do mesmo.

Alguns leitores já disseram que o que escrevia ia de encontro com o que estavam passando em suas vidas, outros diziam que poderia escrever um livro. Se fosse escrever um livro, teria que rever tudo o que escrevi porque há posts muito pesados e quem lê pode se deprimir também.

Há muito tempo criei o blog "Tocando em Frente" que é o oposto desse aqui. Nele eu escrevia sobre o que estava passando, mas de forma positiva sem ficar me queixando o tempo todo, embora que há nele alguns posts do tipo que escrevo no "Encarando a Distimia".

Um leitor me perguntou quem me diagnosticou com a distimia. Bem, esse diagnóstico se deu com um profissional que atua na área psicossomática que segundo a Wikipédia é uma ciência interdisciplinar que integra diversas especialidades da medicina e da psicologia para estudar os efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e sobre o bem-estar das pessoas.

Com esse profissional pude identificar os sintomas como: desmotivação, baixa ou nenhuma autoestima, sensação de falta de esperança, pessimismo, desinteresse ou perda de prazer pela maioria de suas atividades, isolamento, tenho poucos amigos e minha vida social é limitada, sentimento de falta de capacidade, constante irritabilidade.

Então é preciso lidar com esses sintomas e se eu ficar parado nada irá acontecer, por isso busco ajuda ao CAPS para tratar isso. Quero ter uma vida normal como qualquer um, só que agora eu preciso de um empurrão.

Hoje à tarde pretendo ir à universidade em que estudei, pois lá terá uma feira de oportunidades Feira de Oportunidades na qual empresas estarão recebendo currículos e também haverá orientação para elaboração ou atualização do currículo. Vou ver o que dá.

Complicado mesmo é não saber o que fazer, dias vem e vão e não surge nada de trabalho. Nesta sexta-feira farei um bico numa clínica para uma colega, mas não dá pra tirar muito como retorno.

É, acho que aceitei a pexa de ser um distímico e um TDAH. Vou ter que trabalhar isso e quem sabe no CAPS possa encontrar a ajuda necessária.

Abraço a todos! 

2 comentários:

  1. oi ikki. bom, eu não sei se vc é distímico ou não, mais eu alego que em muitas sircunstânsias, tentamos justificar o motivo da nossa tristeza, da nossa desmotivação, do nosso problema em questão, só que poxa se a gente não acreditar em diagnósticos construidos por proficionais, como é que faremos? eu sempre fui depreciva, e não foi só "uma psicóloga que disse, mas sim várias" eu não sei se aceitei isso ou não. eu sei que em muitos momentos da vida, eu creio muito nisso, e em outros momentos, eu me acho bém o suficiente, e vejo a minha tristeza como uma frescura mediante aus problemas ou às sircunstânsias pelas quais eu passo diariamente. mas quem sabe? o lanse é se ocupar e se tratar. bjs

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  2. Ola ikki
    Concordo com a Dorinnha!
    O segredo é fazer o tratamento e ocupar a mente e o fisico, seja trabalhando, estudando, passeando, etc...
    A vida tem altos e baixos mesmo, e alguns capotes feios... infelizmente.
    Mas temos que provar pra nos mesmos que somos vencedores... e não desistir...
    os momentos de felicidade, pelo que aprendi com a vida, são imperceptiveis e raros...
    Ahh e sobre o amor...
    um dia ele vem, pois se esta demorando muito pra chegar é pq qdo chegar pode ser muito especial..
    Força! Abraços!

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