domingo, 24 de fevereiro de 2013

O que eu quero é ser feliz

Estava pensando que mais uma semana se inicia e eu me encontro triste e desmotivado (pra variar). Fico pensando em como vai ser, será que serei chamado para alguma entrevista de emprego, será que surgirá uma oportunidade para mim.

A tristeza é um sentimento que me acompanha ao longo da vida, praticamente eu não conheço o significado da palavra felicidade. Esse sentimento de melancolia é uma constante, já o de alegria só senti mesmo quando viajei para Porto Seguro com os colegas do segundo grau, quando na nossa formatura fui um dos oradores. 

Na faculdade, todos sabem o quanto sofri, mas quando colei grau foi um dos dias mais felizes da minha vida.

Depois que me formei passei a viver outra realidade, corri atrás de emprego, fiz audiometrias ocupacionais substituindo algumas colegas, fui contratado para trabalhar numa clínica conveniada a prefeitura da minha cidade na qual fiquei dois meses e depois fui demitido e retomei a luta por uma oportunidade no mercado de trabalho.

O problema de tudo é que sinto um vazio enorme! Não consigo fazer as coisas com ânimo e não é porque quero, é porque sou distímico. Já escrevi outras vezes que a pessoa que sofre de distimia apresenta os seguintes sintomas como: perda da esperança, pouco ou muito sono, baixa energia ou fadiga, baixa autoestima, perda ou aumento do apetite e pouca concentração.

Há muito tempo que lido com a distimia e não sabia, só tomei conhecimento quando um profissional me diagnosticou e me falou dos sintomas. Muitos vão se perguntar sobre o tratamento, pois bem, comecei um tratamento que durou poucos meses e não lembro a razão de ter desistido. Parei com os remédios e tive que lidar sozinho contra essa maldita depressão crônica que só me prejudicou ao longo da vida.

Neste período lutava com todas as minhas forças, mas não conseguia evitar algumas reprovações que escondia do meu pai por medo, até que ele descobriu tudo. Com muita insistência da minha madrasta meu pai aceitou pagar um acompanhamento psicológico e psicopedagógico pra mim. Fui submetido a algumas avaliações que constaram que eu tinha o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade). 

No meu caso não sou hiperativo, diria que sou água morna.

Acontece que não aguento mais a solidão e essa dificuldade de me aproximar das pessoas. Nunca namorei, nunca beijei e vou dizer uma coisa: Já falaram que sou bonito e eu não me acho uma pessoa feia, talvez o problema esteja na distimia.

Preciso pensar no que fazer. Estou com 25 anos, me sinto sozinho, carente, deprimido e sem esperanças. 

Terei que buscar uma alternativa sem precisar do apoio do meu pai. Ele pra essas coisas é um pouco racional e como estou na pindaíba, o jeito é recorrer ao SUS, nosso glorioso Sistema Único de Saúde.

As coisas não podem mais ficar desse jeito. Se não fizer nada a distimia arruinará a minha vida completamente. 

Tudo o que mais quero é viver, quero amar e ser amado. O que eu mais quero é ser feliz. Apenas isso.

4 comentários:

  1. Uma dica, falando do SUS: procure por um CAPS (Centro de Atenção
    Psicossocial) na sua cidade. Lá tem psicológo e psiquiatra.

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  2. Olá Ham-ham,

    Hoje acordei com esse pensamento. No centro da minha cidade tem uma unidade do CAPS. Irei até lá para me informar se há alguma burocracia pra ser atendido.

    Abraços!

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  3. Ikki,
    dizem que a felicidade esta nas pequenas coisas sabe... estou tentando aos poucos ver isso no meu dia a dia..
    O importante é não desistirmos nunca!
    Vamos lá!
    boa sorte!

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  4. vc vai ser amado e vai amar. mais 1º ikki, antes de mais nada, vc tem que se amar. vc não deve ser feio, ( isso eu nunca vou poder responder pq cega la sabe de beleza física? não). mais vc é inteligente, é corajoso, apesar das lutas não desiste, é umn vensedor. e muitas mulheres admiram isso num homen. deixe que as suas qualidades se sobreponham a distimia. vc sabe que consegue.

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