quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Boas novas


Os últimos dias não foram nada fáceis pra mim. A todo o momento me deprimia mais e mais e não parava de me lamentar. Quando você está pra baixo é difícil se levantar, é preciso muita força e determinação para conseguir superar essas adversidades.
Acessando o blog, vi comentários que fizeram com que pensasse um pouco, pois querendo ou não a pessoa que está deprimida acaba se colocando como vítima sem querer.
Foram vários dias em que fiquei mal humorado e extremamente pra baixo, mas agora estou me sentindo muito bem, mais alegre e disposto.
No último domingo fui à festa de aniversário de três anos da neta da minha madrasta, antes da festa estava bastante deprimido, mas ao chegar lá me diverti e ri bastante, coisa que não fazia há tempos.
Nesta festa me interessei por uma garota, amiga da filha da minha madrasta. Essa garota terminou recentemente um namoro de um ano e meio, está solteira. Me senti atraído por ela e resolvi investir: primeiro procurei a filha da minha madrasta e perguntei a respeito da sua amiga e ela disse que a mesma está solteira e deu o número do celular para que eu ligasse pra ela.
Bem, não tenho como ligar porque mal conversamos. Domingo fiquei sabendo que ela trabalha numa lanchonete no centro da minha cidade. 
Comecei a pensar, mas refleti que não posso me iludir, preciso ter calma, muita calma. Só pra terem uma idéia, fui descobrir aonde essa moça trabalha, passei algumas vezes até que a vi, ela me viu e eu a cumprimentei com um sorriso e um abano de braço e ela correspondeu.
Adicionei ela no facebook e tinha muita vontade de conversar com ela, dizer que quando a vi no domingo fiquei encantado, mas que devido à timidez não me atrevi de puxar assunto. Diria que gostaria de conhecê-la e que a convidaria para sair sem compromisso algum. Estou pensando em fazer isso. Vou me arriscar!
Mudando de assunto, recebi a ligação de uma ex-colega da faculdade pedindo a gentileza de substituí-la na clínica e realizar audiometrias. Fiquei muito feliz! Conversamos bastante sobre a nossa profissão e ela disse que irá me indicar assim que precisarem de um fonoaudiólogo.
Já estamos na quarta-feira. Depois das audiometrias tenho consulta com um cirurgião plástico para tirar uma verruga pequena que tenho perto do nariz e depois penso em passar na lanchonete em que essa moça trabalha e ver o que acontece. Preciso tomar uma atitude. Torçam por mim!

Abraço a todos!


sábado, 26 de janeiro de 2013

Triste e Desorientado


Desde que fiquei desempregado a tristeza tomou conta de mim. Tenho estado muito abatido e ultimamente vinha postando no Facebook as minhas lamentações, as minhas tristezas e com isso estava me expondo publicamente numa rede social e isso não é o certo, pois muitas pessoas me conhecem, inclusive colegas de profissão.
O fato de estar fazendo isso é porque quero chamar atenção, "estou aqui, prestem atenção em mim", mas esta não é a forma certa.
Na última quinta-feira o psicólogo que me atendia ficou preocupado comigo devido ao teor de minhas postagens no Facebook e conversamos a respeito disso. E uma coisa que ele falou com toda razão é que Facebook não é o melhor lugar para expor questões pessoais, por isso que desde quinta-feira não escrevi mais nada lá. 
A questão é que o Facebook havia tomado o lugar deste blog que sempre foi o meu muro das lamentações, este espaço no qual sempre escrevi o que bem entendia. 
Essa tristeza que me consome parece não ser passageira. Tenho me isolado bastante, pois quero ficar sozinho, o meu pai me chamou pra ficar na cozinha com ele, sua esposa e seu enteado, mas não me sentia bem estando com eles e volta e meia subia pro meu quarto e meu pai me chamava pra ficar com eles.
Num dado momento ele me questionou porque não ficava com eles e eu retruquei que não tinha assunto pra conversar (e pra falar a verdade não estava a fim de conversar com ninguém). Meu pai não entende o que eu entendo.
Sou uma pessoa de 25 anos que não aprendeu a viver e que não sabe o que é ser feliz. Vejo colegas de escola com a vida constituída, alguns estão casados, namorando e tem um bom trabalho. Tudo isso faz eu pensar que não consigo dar a volta por cima. Como posso querer que alguém goste de mim se eu não me aceito? Me acho inferior e sou totalmente complexado.
Penso que nasci para ser sozinho e que nunca saberei o que é ser feliz. Dói demais ter que dizer isso, mas é mais pura verdade.
Quando tinha os meus 18 anos pensava e sonhava com o dia em que tivesse alguém que me chamasse de meu amor e passado todo esse tempo nada mudou.
O que fazer? Essa é a pergunta que tenho me feito todo os dias. Já não sei para onde mandar currículos, pesquiso no Google tentando achar solução, mas não encontro e me desespero.
Me sinto perdido, totalmente desorientado.

Abraço a todos!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Preciso Arranjar Emprego


Aqui estou novamente, em busca de palavras para expressar como tem sido esses dias de profunda monotonia em minha vida. Estar desempregado é uma das piores coisas quando você já deveria ter certa estabilidade na vida.
Quando você se encontra nessa situação vêm à tristeza e o desânimo. Estou desanimado com a minha profissão, não sei o que fazer.
As clínicas que trabalham com fonoaudiólogos já têm os seus profissionais contratados, fora que se você trabalha numa clínica particular precisa sublocar salas, dividir despesas e eu não tenho como fazer isso.
O meu pai não fala, mas dá pra ver que não me aguenta ver em casa. Hoje de manha ao acordar tive a sensação de que ele estava falando com a minha madrasta a respeito da minha situação e pelo que percebi meu pai acha que estou inerte, parado, esperando que as coisas aconteçam, mas não é assim.
Logo depois que me formei tive a idéia de propor palestras a algumas escolas, mas desanimei, pois dificilmente iriam aceitar, só se eu não cobrasse para palestrar.
Até semana passada tinha R$ 325,00 na carteira. Esse valor usei para pagar minha anuidade no conselho de fonoaudiologia e agora estou sem dinheiro.
De manhã fui à agência de empregos, mas não encontrei nenhuma vaga na minha área, pedi que a atendente (a moça que me atendeu) visse vagas para o comércio e ela fez uma carta de encaminhamento para duas empresas para trabalhar como promotor de vendas.
Sai da agência e fui numa das empresas, falei com a recepcionista e ela disse que deveria trazer o meu currículo. 
Agora preciso pensar, porque não tenho experiência alguma como promotor de vendas e não tem como colocar isso no meu currículo. Talvez o mais certo seja eu levar o currículo que tenho no qual consta as minhas qualificações como fonoaudiólogo e aí quem sabe eu implore por uma oportunidade.
Vou ver o que faço.

Abraço a todos!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Lutando Contra o TDAH

Com o passar do tempo passamos por mudanças que a vida nos impõe, seja mudança de condição social, afetiva, comportamento, etc. Sempre fui uma pessoa calma que dificilmente se exaltava a não ser quando pisavam nos meus calos aí me descontrolava um pouco.
O fato é que passei por muitas situações complicadas e desde pequeno sofri por ser uma pessoa "desligada", desatenta que ficava "viajando" em sala de aula e que tinha dificuldades de reter informações e cumprir ordens complexas. Por muitas vezes fui reprendido por não conseguir fazer algo que parecia tão simples de forma correta. Sofri bastante, foi doloroso!
Ouvia tudo e ficava calado, me sentia incompreendido e só, mas pelo menos algumas pessoas conseguiam me compreender e até ficavam com pena de mim.
Quando estava na pré-escola precisei ficar mais um ano, pois não estava apto para ingressar na primeira série devido à dificuldade motora (me fugiu a palavra). Tinha dificuldade para abotoar casaco e amarrar os tênis. Fiquei mais um ano e então passei para a primeira série.
Na primeira série tive que lidar com a dificuldade de escrever, escrevia muito devagar e não conseguia acompanhar os demais colegas. A professora era um anjo, pois sempre me tratava com muito carinho e ficava depois da aula copiando o dever de casa no meu caderno.
Na segunda série era a mesma professora e esta sempre se colocou ao meu lado me ajudando e com muito esforço passei para a série seguinte.
A minha vida escolar foi dramática, quem sabe contrate um desses escritores para fazer a minha biografia, pois escrever é diferente de falar e ao escrever acabo deixando de lado muitas coisas relevantes que aconteceram.
O que posso dizer é que nunca rodei de ano, mas passava com "as calças nas mãos" e olhe lá. Sempre fazia as aulas de reforço que a escola disponibilizava até que comecei a me tratar com uma psicopedagoga e um psicomotricista que foram de grande valia para que conseguisse melhorar nos estudos. Eles eram as muletas que auxiliavam a caminhar e graças aos dois terminei o segundo grau e iniciei a faculdade.
A faculdade também não foi nada fácil e por muito tempo precisei lutar sozinho, tirando forças não sei da onde para continuar. Quantas aulas escutava os professores explicando a matéria e nada me entrava na cabeça enquanto isso tinha colegas que iam bem nas aulas, participavam e eu no meu canto calado tendo que lutar contra a minha dificuldade e contra mim mesmo.
Até então eu já presumia que poderia ter transtorno de déficit de atenção, mas sem hiperatividade. As características batiam com as situações vivenciadas por mim.
Os sintomas de TDAH que me acometem são: dificuldade para manter atenção nas tarefas, dificuldade para terminar tarefas, dificuldades de organização, distração e problemas de memória.
Na faculdade tive diversas reprovações que escondia do meu pai por medo. Eu "maquiava" as minhas notas e depois fazia novamente as cadeiras até que um dia a minha "mascara" caiu. O meu pai descobriu tudo e tivemos uma séria discussão e ele perguntou o que iria fazer e eu respondi que trancaria a faculdade.
Durante duas semanas tranquei a faculdade e fui atrás de emprego sem saber que meu pai estava "costurando" o meu retorno à faculdade, mais precisamente ao curso de fonoaudiologia.
Estava atrasado em relação aos demais colegas de curso e por isso precisei fazer 8 cadeiras no semestre. Na época pensei que conseguiria passar no máximo em 4. 
Comecei a consultar com um psicólogo e uma psicopedagoga. Fiz algumas avaliações que levaram ao diagnóstico de transtorno do déficit de atenção e iniciei o tratamento.
Tudo ia bem até que por medo do meu pai e infantilidade da minha parte deixei de passar o valor que os profissionais cobravam para fazer visita à faculdade e falar com os meus professores.
E assim acabei perdendo a ajuda que tinha até então e passei a lutar sozinho, estava me entregando à depressão quando pensei: Ou me entrego à depressão, ou me apego a Deus. Optei pela segunda opção e me dei bem.
Foi uma batalha voraz, por tudo que tive que passar, mas consegui me formar em fonoaudiologia. Às vezes paro pra pensar e não acredito que consegui passar por tudo isso.
Atualmente não tenho condições de me tratar, mas assim que tiver vou lutar e muito para melhorar. Sei que tenho capacidade e vou conseguir.

Abraço a todos!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A maldita distimia


          O meu lado distímico está bem aflorado e cada vez eu percebo isso pelo simples fato de não conseguir me relacionar com ninguém. Ao entrar no Facebook deparo-me com a janela de bate-papo em que aparecem os meus conhecidos que estão online, só que ao invés de procurá-los para conversar eu fico esperando que eles me procurem.
        Antes da noite de ano novo mandei mensagens desejando feliz ano novo para algumas pessoas e o legal é que obtive um retorno destas em especial a uma mulher. Essa mulher com cara de menina é baixa, loira e tem olhos azuis, muito simpática e trabalhou na clínica-escola de fonoaudiologia da universidade em que estudei.
         Ela sempre me chamou atenção por sua simpatia e também por ser uma pessoa espirituosa, mas na época era comprometida e aí não teria como ter um relacionamento com ela.
           Hoje pelo que sei está solteira e o mais legal é que ela me respondeu a mensagem que mandei no facebook. Me agradeceu por ter lembrado dela e desejou o dobro de coisas que havia desejado pra ela e me chamou de querido. O fato de ter me chamado assim não quer dizer nada, mas que eu fiquei "bobo" da forma como ela me respondeu fiquei. 
           Comecei a pensar em como conversar com ela no face, perguntar como está, dizer que tinha saudades dos nossos tempos lá na clínica, porém animicamente logo me desestabilizei: Como alguém pode olhar para uma pessoa como eu? Como?
          Tenho tentado lutar, mas está difícil. Eu não vou tomar nenhuma atitude drástica, só o que posso dizer é que estou cansado e não aguento mais. Tudo o que mais quero é ficar sozinho, o meu pai fica o dia todo em casa e aí eu não tenho privacidade nem pra pensar e ele não entende os meus sentimentos.
         A situação é: como posso gostar de alguém se eu não gosto nem de mim mesmo, além do mais o meu humor é inconstante.
       Eu tinha vontade de gritar pra todo mundo, postar no face algumas coisas que escrevo aqui, mas preciso me preservar e mostrar que não há nada de errado e que está tudo bem.

Abraço a todos!

Estou me sentindo perdido


Na vida passamos por momentos bons e ruins e lidar com situações adversas não é nada fácil ainda mais para uma pessoa recém-desempregada como é o meu caso. São tantas coisas que passam pela minha cabeça que de certa forma me perturbam, me fazem rolar na cama.
A perspectiva de que as coisas deem certo pra mim não são nada boas, pois não tenho consultório e não tenho pacientes.
Se fosse abrir um consultório teria que locar uma sala e o aluguel mais barato gira em torno de R$ 600,00 mais ou menos, também teria que mobiliá-lo e gastar com despesas referentes à condomínio que no momento é inviável pra mim.
Trabalhava na clínica de uma fonoaudióloga e não precisava gastar com sublocação de sala e nada, pois ela que me contratou, atendia os pacientes pelo SUS e recebia o meu salário, mas e agora o que fazer? Não sei.
Estou pesquisando clínicas que precisem de fonoaudiólogo, mas não encontrei nenhuma. Acessei sites como Catho e Manager para cadastrar currículo, só que estes depois de sete dias querem cobrar uma taxa para manter o currículo no site deles.
Hoje olhei sites de concursos públicos, mas na minha região ainda não tem. 
Enfim, não sei mais o que escrever. Vou comer alguma coisa e depois verei o que fazer.

Abraço a todos e obrigado pela força!

domingo, 6 de janeiro de 2013

Frustrações e Tristezas

Olá, como começar é a pergunta que faço. Desapareci desde a última postagem que fiz na qual relatava que havia sido demitido.
Esses dias que passaram não foram nada fáceis pra mim. A tristeza venho com tudo, com toda força pra me derrubar. Ainda não me conformo, penso nos erros que possa ter cometido, penso em tantas coisas que já nem sei.
Na véspera do ano novo fui comunicado via email que tinha sido demitido, a fonoaudióloga que me contratou disse que me esforço e dedicação foram visíveis nos dois meses em que trabalhei na clínica, mas que não havia conseguido atingir todos os objetivos.
Sinto-me frustrado e não paro de me indagar: onde foi que eu errei. Será que errei com os meus pacientes e estes foram reclamar a meu respeito? Não sei.
Mandei um e-mail há duas semanas mais ou menos para a fonoaudióloga agradecendo a oportunidade que me foi dada, pedi desculpas se cometi algum erro e pedi uma carta de referência e até hoje ela não me retornou o email.
Na última sexta-feira fui ao escritório do contador da clínica para assinar a recisão e receber o meu pagamento e para minha surpresa vi no escritório o meu material de terapia e o jaleco que usava na clínica.
Achei a atitude dela de tamanha frieza, pois acredito que poderia ter conversado comigo numa boa. Todos nós temos qualidades e defeitos e nem sempre acertamos em tudo.
Então tenho pensado muito no que fazer agora porque não é fácil achar clínicas que precisam de fonoaudiólogo. Nesta em que trabalhava dois dias por semana atendia quase 40 pacientes para ganhar um salário mínimo. Se pararmos pra pensar: a consulta de um fonoaudiólogo particular geralmente sai por R$ 50,00, se cobrasse paciente por paciente teria um ganho de R$ 2000,00 por mês. A demanda era grande.
Comentei a respeito da minha demissão para o meu amigo, também fonoaudiólogo e este me disse que se trabalhasse nesta clínica também não daria conta de atender essa quantidade de pacientes.
O meu horário era das 07h45min às 18h30min, sendo que de meio dia tirava quarenta minutos para almoçar. Era puxado!
Como escrevi antes, preciso pensar e achar um caminho, seguir uma direção. Vocês podem pensar que estou me precipitando nas coisas, mas acontece que penso muito lá na frente, preciso me estabilizar ainda mais na idade que me encontro, ou seja, tenho 25 anos e não posso ser dependente para resto da minha vida. O meu pai não é eterno.
Hoje à tarde me deu uma tristeza muito grande. Estou com sérios problemas emocionais, quem acompanha o blog sabe muito bem as minhas dores e as minhas angústias. Dessa vez não é nada com o meu pai, ele está até me apoiando. O que me aflinge é a solidão e a tristeza. Não consigo me aproximar das pessoas.
Geralmente entro no facebook, mas não consigo e não me atrevo a puxar assunto com ninguém e isto está acabando comigo. Sei que preciso ser diferente, só que é difícil. Não sei se dá pra compreender o que sinto.
Talvez a palavra que me resuma é frustração por ser do jeito que sou. Desculpe-me se me porto desta forma, mas é que começo a pensar no tempo. Tenho 25 anos de idade, nunca namorei, nunca beijei, nunca transei e não tenho amigos que me convidem para sair. Sou um animal sentimental, dependente de carinho e afeto. Apenas isso! Como eu queria ser feliz!
Abraço a todos!