sábado, 29 de dezembro de 2012

Fui Demitido

Nem sei como começar, estou muito triste. Hoje à tarde acessei o meu email e vi que havia chegado uma mensagem da fonoaudióloga, dona da clínica em que trabalho comunicando que seria liberado dos meus serviços, uma forma elegante de dizer que estava me demitindo.
Ela disse que o meu empenho e dedicação foram visíveis, mas que não havia conseguido atingir a todos os objetivos.
Esse foi o meu primeiro emprego de carteira assinada e essa é a primeira vez que tomo conhecimento desse sentimento de ser demitido. Não consigo nem achar as palavras certas para escrever.
Durei um mês nesta clínica, atendendo pacientes pelo SUS, tentei fazer o meu melhor, mas não consegui fazer o melhor. Me sinto um fracassado.
Sabe que até penso que só me formei porque a faculdade extinguiu o curso e as professoras não queriam me reprovar.
Enfim, a tristeza me consome. As coisas estavam calmas aqui em casa entre o meu pai e eu e agora não sei como vai ser.
Vou refazer o meu curriculum e ir à luta novamente.
Desejando um feliz ano novo à todos,
 
Com um abraço!
 
Ikki

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Um novo recomeço

Há muito tempo que ansiava em voltar a me tratar, pois preciso lidar com duas situações na vida: a distimia e o transtorno de déficit de atenção. Desde janeiro estou com o tratamento suspenso porque houve um mal entendido causado por mim a respeito dos valores que deveriam ser pagos aos profissionais que me atendiam.
Como vocês bem sabem, precisei escalar a "montanha" sozinho. Sofri muito neste período em que lutei para terminar a faculdade, passei por situações constrangedoras, mas isso não fez com que desistisse de lutar mesmo sem acreditar que poderia chegar à vitória.
Na última quinta-feira recebi o meu primeiro salário com carteira assinada e passei por uma situação complicada. A fonoaudióloga, dona da clínica em que trabalho foi acertar o meu pagamente e conversou comigo sobre dois pacientes. Sobre o primeiro, ela me cobrou o fato de ter dito para a mãe de meu paciente que tem três anos que o menino teria a hipótese diagnóstica de autismo. Parecia que eu havia diagnosticado o menino com autismo, mas não foi assim. Eu como profissional talvez peque pelo excesso, pois nas minhas observações e avaliações o paciente apresenta autismo e eu comentei com a mãe do menino sobre o que ele poderia ter,  mas eu não diagnostiquei o menino com esse transtorno e o encaminhei para o neurologista a fim de traçar o diagnóstico. No segundo caso a fonoaudióloga me cobrou o fato de minha paciente, uma senhora de 82 anos estar querendo largar a terapia e que a mesma não teria vindo fazer a audiometria.
Tentei me justificar a respeito deste caso, conversamos mais um pouco e ela foi embora. Saí da sala e fui para o banheiro chorar. Me recompus e voltei pra sala. Pensei e tomei a decisão: mandei uma mensagem para a psicopedagoga que me atendia e ela foi super gentil comigo. Disse que desejava retornar ao atendimento dada às dificuldades que enfrentei e que vinha enfrentando e ela marcou comigo para hoje às 15h00min.
Cheguei no inicio da tarde ao seu consultório e ela disse que acompanhou a minha luta pelas palavras que eu postava no Facebook, me parabenizou pela vitória. Conversei com ela a respeito das minhas dificuldades, das humilhações que passei na faculdade e ela disse que eu era uma pessoa muito forte para ter suportado tudo e que muitos no meu lugar não aguentariam a pressão que tive que passar.
O trabalho dela consistirá em trabalhar as minhas qualidades e o que tenho de bom e não os meus defeitos. Ela acredita que dentro de cinco anos possa ter a minha clínica e estar numa situação melhor.
Estou com esperanças de que as coisas andem agora e para melhor.
No momento não tenho como retornar ao psicólogo porque se não iria estourar o meu orçamento, mas o que importa é que eu vou tratar esse déficit de atenção e isso já é um começo.
Abraço a todos!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A Tristeza Voltou

A tristeza voltou. Fazia tempo que não me sentia assim tão triste, mas afinal de contas que motivos teria para ficar triste? Solidão! Acho que esse é um dos principais motivos e ainda há outros, mas ficarei neste.
O ano de 2012 foi um ano de superação, pois terminei a faculdade e comecei a trabalhar. Se me perguntassem em janeiro se conseguiria me formar provavelmente responderia que não.
Todos sabem a minha luta e as batalhas que tive que enfrentar, mas o problema é que sou uma pessoa problemática, cheia de conflitos, totalmente carente.
É difícil estar com 25 anos de idade e nunca ter namorado, nunca ter beijado uma mulher. Sou uma pessoa totalmente frustrada em relação a isso.
Há pouco acessei o Facebook e vi que um colega da época de colégio havia se tornado noivo. Fico feliz por ele, mas admito que fiquei com inveja.
Ser sozinho, sem amigos e uma pessoa totalmente carente é algo complicado. Há momentos que não me aguento, preciso ficar sozinho recluso num canto.
Eu me apeguei muito a Deus e estava bem até alguns dias, acredito que minha fé diminuiu e eu precise conversar com Deus.
Amanhã irei trabalhar e confesso que estou sem vontade de ir pra clínica. Tenho pensado tantas coisas e não sei se conseguirei dar conta da demanda de pacientes que atendo pelo SUS.
Pra vocês terem uma idéia, vêm pacientes de todos os tipos e há alguns casos que nunca atendi enquanto era estagiário.
Semana passada fui fazer uma coleta de fala com uma menina de seis anos e ela começou a chorar e pediu a mãe, tentei acalmá-la e optei por chamar a mãe da menina. Amanhã precisarei avaliá-la, mas não me sinto seguro.
Voltando a falar de tristeza e solidão, acho que a distimia apareceu mesmo. Vamos ver como estarei amanhã.
Abraço a todos!

Muito Trabalho Pela Frente.


Fiquei um bom tempo longe do blog, não é novidade quando deixo de dar as caras aqui é porque estou sem criatividade e sem vontade de escrever, embora precise e muito externar o que passa comigo.
Este espaço é o meu melhor amigo, pois nele eu posso confiar de verdade.
Como começar? O que contar? Bem, vamos por partes:
Minha irmã e eu continuamos brigados. Não vou procurá-la, porque penso que ela errou e muito comigo. Sei que ela fala de mim pelas costas como se eu fosse um incapaz. A questão é que se fizermos as pazes tudo será diferente e ela vai ter que aprender a me respeitar, pois eu não fico falando dela pelas costas.
Sobre o meu trabalho, digo que tem sido maçante mentalmente. Tenho chegado em casa cansado. Trabalho dois dias por semana, pego às 07h45min e largo às 19h00min. Minha agenda de pacientes não está fechada ainda, mas atendo 40 pacientes pelo SUS nestes dois dias.
Os pacientes que atendo são de todos os tipos: gagueira, afásicos (pessoas que tiveram AVC), crianças com problemas fonológicos, adolescentes problemáticos com dificuldades de aprendizagem, crianças com atraso de linguagem, etc.
Talvez já tenha comentado que todo o profissional da saúde tem os pacientes que se identifica mais e os que não se identifica, mas não podemos escolher pacientes e sim atender o que vêm para nós.
Ontem minha chefe comentou que como havia só realizado 85 atendimentos no mês de novembro, teria que tirar do seu próprio bolso para me pagar e pelo que sei não ganharei um salário esse mês, mas apenas uma parte. Fiquei só ouvindo e fiquei com vontade de dizer: "mas que culpa eu tenho se os pacientes não comparecem e desistem dos atendimentos?". Juro que me deu vontade de perguntar isso, porém como estou apenas um mês trabalhando lá preferi me resguardar e uma coisa eu digo: mesmo que você ache que seu chefe não tem a razão, concorde com ele.
Ontem ganhei novos pacientes, estou com quase vinte na terça-feira e quinze na quinta-feira. É bastante trabalho!
O meu dia hoje está voltado para preparar as terapias pra manhã. Tenho muita coisa pra fazer.
Abraço a todos!