sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Pouco tempo e muitas preocupações

O tempo anda tão escasso que já não tenho mais como comparecer sempre neste espaço e dividir idéias, sentimentos e situações que acontecem na minha vida. Tantas coisas aconteceram nestes dias em que estive ausente no blog, coisas boas, coisas ruins, enfim. Nada é perfeito, nada acontece como a gente quer.

Estou sentindo-me triste e acredito que a origem desta tristeza está em alguns pontos importantes, se não vejamos: O tratamento psicopedagógico que não está evoluindo, os estágios em que atendo dez pacientes e o TCC I que é uma dor de cabeça.

Venho tentando me remobilizar para tudo, mas não consigo. A psicopedagoga que está me tratando chamou o meu pai e minha madrasta para conversar e era até para eu ir junto, só que não consegui porque tinha pastas de pacientes para atualizar.

Fico imaginando o teor dessa conversa... bem, acontece que a única evolução que sinto é em relação ao psicólogo que está me ajudando muito na parte motivacional, de me colocar "pra cima".

Acontece que a psicopedagoga a meu ver está entrando na área da psicologia comigo, ou seja, estou tratando com ela desde junho ou julho e o que fazemos até este exato momento foi conversar sobre o meu histórico de aprendizagem e duas atividades que visassem a trabalhar o raciocínio lógico. De tudo que tive com ela foi mais conversar do que terapia, seria mais ou menos eu chegar no meu paciente de gagueira ou desvios (trocas de letra na fala) e ao invés de aplicar a terapia especifica para caso resolvesse conversar como se fosse um psicólogo. Nem deveria escrever a respeito porque eu também tentei "dar uma" de psicólogo com uma das minhas pacientes e minha professora com toda razão disse que se quisesse futuramente poderia me especializar nesta área, mas neste momento é preciso que eu haja como um fonoaudiólogo.

Preocupo-me com o que talvez escute ao chegar em casa porque tudo o que menos quero é me incomodar, pois de problemas eu já estou cheio nesta vida.

E os meus estágios, tenho oscilado momentos e o meu pior inimigo tem sido o nervosismo porque ao passar os exames a limpo acabo errando três vezes no mínimo. Hoje aconteceu uma situação de tensão. Atendi dois pacientes, uma menina que tinha começado semana passada a fazer a avaliação do processamento auditivo na qual teria que dar continuidade e um paciente que a partir de segunda-feira será atendido por uma das minhas colegas.

O processamento auditivo compreende as habilidades que temos para descriminar sons, compreender o que se houve, envolve muito a questão da atenção e quando alguns testes de processamento auditivo não dão o resultado esperado, vemos no paciente alguns déficits relacionados a esta "bateria de testes".

Estava nervoso porque não tenho domínio sobre esses testes, é preciso que você deixe o audiometro na configuração certa, dê a ordem para o paciente e preste atenção em como o paciente irá executar casa teste. Para mim é complicado fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, isso me deixa "atacado" e quando vejo que não estou fazendo certo me frustro ainda mais.

A preocupação com esses testes era tanta que rezei pra Deus pedindo que esta paciente não viesse, mas no fim acabou vindo e não tive outro jeito a não ser fazer os testes, pedi ajuda para um colega e de tempo em tempo ele ia me auxiliar até porque estava praticando, estudando o exame de EOA (Emissões Otoacústicas). Fiz dois testes e liberei a paciente.

O outro paciente pensei que seria mais tranquilo porque domino bem os equipamentos, tanto o audiometro e o imitânciometro. A minha dificuldade está quando na audiometria uma orelha "responde" pela outra e aí preciso fazer o uso de um método que na fonoaudiologia é o mascaramento, só que é preciso saber fazer e eu me atrapalho na hora de saber a quantidade de ruído que devo colocar na orelha testada. Voltando a este paciente, fiz a audiometria normal e aí mostrei para a professora e ela disse que precisaria mascarar uma frequência, pensei e agora! Bateu um pavor! Coloquei o vibrador ósseo no paciente e rezei que ele respondesse o estimulo no mesmo limiar da via área e ao mostrar novamente o exame para a professora disse que não foi preciso mascarar porque havia retestado uma frequência, perguntei se tinha alguma coisa de errado, porque talvez ela pudesse duvidar de mim e ela disse que confiava em mim.

Terminado este exame passei por outra situação. Ao fazer a imitanciometria fiquei na dúvida porque não conseguia enxergar e tão pouco saber sobre alguns números. Já estou me aprofundando demais, vou ir para o fim da história, terminei a imitancio e mostrei a professora que olhou e depois entrou comigo na sala da audio e refizemos o exame a onde ela encontrou valores diferentes que encontrei.

Vendo aquilo fiquei chateado e triste, pensei que não poderia mais errar, pensei na nota que poderia tirar. Isso me preocupou.

Depois fui passar os exames a limpo e tive que fazer três vezes porque tinha errado nos laudos e no preenchimento e isso me deixou mais triste ainda.

À tarde tirei para atualizar as pastas dos pacientes que atendo na segunda e coletar avaliações e informações para colocar nos laudos, segunda-feira que vem teremos supervisão e precisaremos apresentar as avaliações realizadas, planejamento terapêutico, prognostico e evolução.

Já ia esquecendo de comentar a respeito do TCC, minha professora devolveu o TCC para que eu fizesse as correções e falou da possibilidade de outra professora me orientar e eu aceitei na hora sem desrespeitar minha atual orientadora e essa professora conhece muito de Voz, é uma de suas especialidades e creio que irei me acertar com ela.

Enfim escrevi bastante (queria que fosse assim com o TCC) e ainda faltaram outras coisas para comentar como o casamento do meu primo, minha tia que acabou desviando dinheiro do meu pai e eu perdoei. Há muito que escrever ainda...

Abraço a Todos!

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